COLUNA DO ADAÍ ROSEMBAK

Antevendo o Perigo Iminente




“O Estado é a negação da humanidade.”


“Assim, sob qualquer ângulo que se esteja situado para considerar esta questão, chega-se ao mesmo resultado execrável: o governo da imensa maioria das massas populares se faz por uma minoria privilegiada. Essa minoria, porém, dizem os marxistas, compor-se-á de operários. Sim, com certeza, de antigos operários, mas que, tão logo se tornem governantes ou representantes do povo, cessarão de ser operários e põr-se-ão a observar o mundo proletário de cima do Estado; não mais representarão o povo, mas a si mesmos e suas pretensões de governá-lo. Quem duvida disso não conhece a natureza humana.”

Mikhail Aleksandrovitch Bakunin (1814-1876), teórico político russo e anarquista.



Os aforismos de Bakunin, embora expressados no século 19, se adequam perfeitamente às situações que vivenciamos em nossos dias.
Após sermos brindados com o fim do BET no início deste Ano Novo, temos de colocar nossas barbas de molho pois, embora não desejemos ser profetas do Apocalipse, antevemos momentos nada alvissareiros à nossa frente.
A reforma ministerial prevista para janeiro de 2014, pelo que nos é informado por colunistas políticos de diversos periódicos , foi transferida para março ou abril.
As notícias nos dizem que, em princípio, o único ministério que permanecerá intocado será o da Fazenda. Possívelmente, o Ministério do Planejamento também não passará por nenhuma reforma.
Muitos poderiam perguntar o que tais mudanças ministeriais têm a ver com os interesses dos aposentados e pensionistas das EFPCs, principalmente os do Plano 1 da PREVI.
Diríamos que tudo !!
Sem querer passar pelo tão traiçoeiro papel de futurólogos, mas baseados na realidade em que vivemos e nas ameaças que pairam no horizonte nada nos leva a crer que venhamos a ter agradáveis surpresas.
Se o Ministro da Previdência Social for mudado, certamente, como de praxe, todos os superintendentes daquela pasta também o serão e, dentre esses , o mais cotado para ser primeiramente decapitado, certamente é o Sr. José Maria Rabelo, Superintendente da PREVIC, que declarou que não aceitará mais qualquer protelação por parte da PREVI para o estabelecimento do teto para o cálculo de benefícios dos estatutários, que venceu em 02.12.2013, sem que a PREVI o tenha cumprido.
O Sr. José Maria Rabelo declarou que tomará uma medida drástica contra a PREVI, possivelmente uma intervenção, que é uma iniciativa corajosa e dura, e que contraria as diretivas dos Ministérios do Planejamento e da Fazenda, que estão sob o âmbito do PT.
Antevemos que, nesse caso, o Governo nomeará um novo Ministro da Previdência afinado com os Ministérios do Planejamento e da Fazenda e que, com uma simples canetada nomeará outro Superintendente da PREVIC bem ao seu gosto, dócil, maleável, um verdadeiro fantoche não comprometido com quaisquer promessas ou acordos de seu antecessor, sem melindres para desrespeitar regras dos fundos de pensão, e que agirá de acordo com as diretrizes emanadas do Ministério da Fazenda.
Esses ministérios (Planejamento e Fazenda) não aceitam que a diferença entre o valor considerado correto pela atual direção da PREVIC que é R$ 30.000,00 (90% do salário do mais alto posto de carreira – R$ 37.000,00 – menos impostos) e o que os estatutários do BB consideram como correto, seja coberto pelo patrocinador (BB) mas que seja pelo Plano de Benefícios da PREVI, o que é uma ilegalidade, por envolverem valores não previstos naquele plano, e que constituem o chamado “empilhamento”.
Entende-se que o BB pode pagar o quanto quiser aos seus dirigentes mas, nesse caso, quando de suas aposentadorias, o que exceder ao que é estabelecido no Plano de Benefícios. corre às expensas do BB, e não às custas do Plano de Benefícios que tem suas regras estabelecidas de forma uniforme para todo o quadro de funcionários aposentados do Banco do Brasil.
Corre-se o risco de , se a PREVI for obrigada a cobrir tais “empilhamentos”, contrariando o que dispõe seu Plano de Benefícios, a Justiça venha a estender tais regalias descabidas, por isonomia, para os demais aposentados e pensionistas do BB.
Seria a instituição da ilegalidade e o caos para o equilíbrio das finanças da PREVI.
Um detalhamento mais aprofundado do assunto, que é extenso e envolve várias nuances, está bem explicitado no artigo “Teto de contribuição e benefícios de dirigentes estatutários do Banco permanecem irregulares”, de 01.10.2013, da Colega Célia Larichia, na Coluna Antenado, no site da AAFBB.
Essa é apenas uma das frentes com as quais nos defrontamos.
Temos outros sérios contenciosos a combater.
O maior deles continua a ser a sobejamente conhecida, denunciada e combatida Resolução CGPC 26, de 29.09.2008, que é uma ilegalidade e uma afronta ao Congresso Nacional e ao Poder Judiciário e que contraria as Leis Complementares 108 e 109, de 29.05.2001, que são dispositivos legais superiores.
Em razão dessa malfada resolução, deixamos de ter nossos benefícios reajustados, fomos obrigados a dividir nosso patrimônio com o patrocinador e passamos a receber o BET, que chegou ao fim.
Outro desafio é a Resolução CGPC nr. 11, de 21.08.2002, que promove a retirada do patrocínio do BB à PREVI, com o saque paralelo de metade de seu patrimônio.
E ainda continuamos a ser permanentemente ameaçados por projetos faraônicos por parte do Governo, de longo e difícil retorno.
Enfim, a sequência de ameaças é aterradora.
Essa ação orquestrada do Governo leva-nos a perguntar se o intuito governamental é liquidar com o sistema de fundos de pensões no Brasil, que são as maiores alavancas de impulso da iniciativa privada e do progresso nos países desenvolvidos.
O que está ocorrendo no Brasil é um verdadeiro retrocesso.
O Governo está dando um tiro no pé.
Dessa forma vai matar a galinha dos ovos de ouro.
É preciso deixar claro que os fundos de pensão são entidades de caráter privado e independentes e cujos capitais tem de serem muito bem aplicados nas áreas mais rentáveis e seguras, no Brasil ou no exterior, para garantir aposentadorias condignas aos seus participantes e assistência aos seus dependentes.
Os fundos de pensão não são instituições de caridade e as suas reservas financeiras não são originárias de impostos que podem ser disponibilizados (e desperdiçados ou desviados), a bel prazer do governo de plantão, e sim, são frutos das contribuições de seus afiliados, por décadas , como garantias de suas aposentadorias para não ficarem dependentes das vergonhosas esmolas do INSS.
Esse tipo de intrusão e assalto, por parte do Governo, ao patrimônio dos trabalhadores, não acontece nos países mais avançados e mais estruturados, onde existe o império da lei, e que contam com marcos legais efetivos, que impossibilitam ao Governo tomar iniciativas ilegais e promover saques em cima de fundos de pensão, dilapidando seus patrimônios que não são do Governo mas pertencem única e exclusivamente a categorias profissionais, cujos membros contribuíram durante toda a sua vida para ter uma vida digna ao se aposentarem.
Assim, é uma falácia proclamar que o Brasil é uma democracia.
Do jeito que as coisas estão, podemos classificar este país como uma cleptocracia.
À Vossa Reflexão, Senhores !!!

Adaí Rosembak
Associado da AAFBB e ANABB







O apoio da Mídia.

“A imprensa é a arma mais poderosa no nosso Partido.”
Joseph Stalin – Ditador da ex-União Soviética

“Se você não cuidar, os jornais farão você odiar as pessoas que estão sendo oprimidas, e amar as pessoas que estão oprimindo”.
Malcolm X – Líder negro norte-americano



 
Diariamente, ao lermos as notícias em grupos na internet, em blogs e sites relacionados aos assuntos da categoria dos aposentados, e particularmente da PREVI e do BB, defrontamo-nos com um grande número de comentários sobre assuntos que já são de conhecimento geral.
 
Ao analisar alguns desses escritos sempre ocorre de nos depararmos com algum aspecto inusitado e de extrema importância de um assunto que já considerávamos uma matéria de debate praticamente esgotado.
 
Foi o que ocorreu em relação à nota “Teto de Benefícios na Mídia”, em que a protagonista foi a Colega Isa Musa de Noronha, Presidente da FAABB.
 
Recebemos o artigo via e-mail pelos Companheiros Ebenézer W.A. Nascimento e Eliana F. M. Meneghetti, através do grupo Yahoo “olharcorujabb@yahoogrupos.com.br.
 
Sempre dedicamos especial atenção a qualquer nota partida de Isa Musa de Noronha, pois tudo que é parte da lavratura dessa líder é impactante e importante na defesa de nossas causas.
 
Fiz uma leitura dinâmica do artigo e coloquei a cópia da nota dentro do livro “Banco – Um Inimigo do Povo”, do colega Ebenézer W. A. Nascimento, cuja leitura estava finalizando e fui tratar dos meus afazeres.
 
Mas, apesar da rápida leitura, aquele arrazoado me deixou inquieto pois havia algo de grande relevância naquela publicação que eu não conseguia discernir com precisão.
 
Pela manhã, fui andar para me desligar daquele enigma.
 
Ao inspirar uma lufada de oxigênio minha mente se aclarou e o motivo que me deixava angustiado aflorou de forma nítida.
 
Até aquele momento, toda minha atenção estava focada na exposição bem elaborada e objetiva de Isa Musa de Noronha, mas aquela era uma rara situação em que um fato não abordado transcendia o conteúdo do texto.
 
O embate de Isa Musa de Noronha no artigo “Teto de Benefícios na Mídia” foi magnífico e, indiretamente, revelou uma falha importantíssima em nossa estratégia de luta em defesa dos interesses dos aposentados e pensionistas do BB e de outras categorias de trabalhadores.
 
Talvez como nunca antes, ficou evidente o nível de primarismo e desconhecimento, no trato das matérias relacionadas a fundos de pensão e aposentados, por parte da chamada “grande imprensa”.
 
Os artigos do jornal “O Estado de São Paulo”, do jornal “Valor Econômico” e do informativo da Bolsa de Valores sobre a questão dos altos salários dos executivos do BB e seus reflexos sobre o Plano de Benefícios 1 da PREVI, revelaram o nível de desinformação e alienação dos articulistas daqueles importantes veículos de mídia em relação à matéria abordada.
 
Essa constatação do extremo despreparo da imprensa é algo tão absurdo para os nossos líderes e representantes bem como para os aposentados e pensionistas, que se chegou a levantar a hipótese, a qual sempre nos recusamos a admitir, de que haveria um conluio entre representantes da PREVI e do BB com os representantes daqueles veículos de comunicação.
 
O que existe de fato é, única e exclusivamente, um extremo nível de despreparo e ignorância, por parte dos profissionais da grande imprensa, em relaçao aos temas fundos de pensão e aposentadoria.
 
A culpa não é desses representantes da mídia mas sim da limitação na formação desses articulistas.
 
Os assuntos relativos à economia em geral, à área empresarial e à atuação governamental, são intensa e profundamente abordados nos cursos de jornalismo, em cursos de pós-graduação e reciclagem, e nos cursos de administração e economia.
 
Existem colunistas que vivem em constante atualização nessas matérias e que dominam com perfeição tais temas na mídia e em suas colunas especializadas.
 
Alguns se tornam autores consagrados de livros que abordam essas áreas.
 
Mas, absurdamente, é extremamente escasso o que existe no Brasil em termos de formação e informação sobre fundos de pensão e aposentadoria.
 
Nos USA existem cursos especializados de alto nível sobre esses assuntos em renomados centros universitários daquele país.
 
A carência de formação avançada nessas áreas no Brasil é tão flagrante que muitos dos mais importantes fundos de pensão brasileiros mandam seus melhores quadros para cursos de aperfeiçoamento no exterior para se aprimorarem nesses campos.
 
Essa limitação não ocorre quando a grande imprensa se centra nas diversas matérias de interesse governamental e da iniciativa privada.
 
Nesses casos, os eventos são promovidos em imensos auditórios dos mais caros e luxuosos hotéis do país, e são convidados os mais renomados expoentes internacionais de cada área específica, sem medir custos.
 
Os grandes grupos empresariais enviam seus executivos para tais encontros e também não medem gastos.
 
Evidentemente, essa não é a nossa realidade.
 
Para a solução desse problema , sugerimos alternativas de ação.
 
Primeiramente, devemos voltar a implementar rodadas e fóruns de discussões e debates sobre os assuntos de interesse dos aposentados e pensionistas do BB .
 
Muitos desses simpósios, de pleno sucesso, já foram promovidos nos Auditórios da AABB-Rio, da AAFBB-Rio e na sede da AAFBB em Xerém-RJ. Outros foram realizados em sedes de associações em outros estados.
 
A FAABB, encabeçada pela sua Presidente Isa Musa de Noronha, foi uma das principais promotoras desses profícuos encontros.
 
Mas parece que houve um arrefecimento na promoção desses simpósios e justamente em um momento em que assuntos tão críticos, tão importantes e tão prementes precisam ser discutidos.
 
O que deveríamos fazer e que não fizemos até o presente momento, foi convidar e preparar representantes da grande imprensa para esses eventos e darmos plena assistência a esses profissionais da mídia em relação a esses temas tão relevantes para nossa categoria.
 
Cremos que, com essa iniciativa, venhamos a angariar por parte da mídia uma maior receptividade para nossos problemas e para nossa defesa frente às ameaças que pairam sobre nossos interesses.
 
Entendemos que o custo desses encontros é alto, principalmente para às associações de menor porte, em termos de transporte, alojamento e alimentação de seus representantes, mas o assunto é de tão alta relevância que consideramos que parte do dispêndio financeiro em atividades de caráter social, cultural e desportivo poderia ser desviado para essa área prioritária das associações de funcionários aposentados do BB.
 
Para lazer e áreas social, cultural e desportiva, já contamos com as AABBs.
 
Da mesma forma que não é do perfil das AABBs se dedicar a debates e estudos sobre fundos de pensão e aposentadoria, não é prioridade das associações de funcionários aposentados dar destaque às áreas social, cultural e desportiva em detrimento dos assuntos relativos a fundos de pensão e aposentadoria que deve ser o foco de suas atenções.

Acreditamos que, se seguirmos por esse caminho, contribuiremos para um maior esclarecimento de nossa categoria sobre os problemas que nos afligem, chegaremos a soluções e acordos que atendam de forma mais efetiva aos nossos pleitos e criaremos uma nova geração de representantes e líderes bem preparados para lutar em defesa de nossos interesses.
 
O segundo aspecto do artigo “Teto de Benefícios na Mídia”, foi que, com sua arguta argumentação , e seu domínio profundo da matéria, Isa Musa de Noronha desmascarou e colocou às claras toda a falsidade que permeia as argumentações dos dirigentes das PREVI e do BB.
 
Ela desmentiu , ponto a ponto, todas as aleivosias e argumentos levantados pelos representantes dessas instituições na defesa de suas inaceitáveis benesses e “empilhamentos” quando de suas aposentadorias na qualidade de estatutários, melhor diríamos “marajás”, que afrontam o Plano de Benefícios 1 da PREVI.
 
Nos encontros com os representantes de nossa categoria, os discursos e as argumentações que nos são apresentados divergem diametralmente das entrevistas prestadas aos veículos de informação acima citados.

O artigo “Teto de Benefícios na Mídia” , embora já seja de amplo conhecimento da categoria, é tão marcante e importante, que o reproduzimos mais uma vez para releitura e reflexão por parte de todos os colegas aposentados e pensionistas do BB, bem como para aposentados de outras categorias profissionais, e de interessados e estudiosos do tema.
Deixamos registrado mais uma vez nossa imensa gratidão e reconhecimento pela incansável e brilhante atuação da admirável colega Isa Musa de Noronha, Presidente da FAABB.

Adaí Rosembak
Associado da AAFBB e ANABB



Antevendo o Perigo Iminente


“O Estado é a negação da humanidade.”

“Assim, sob qualquer ângulo que se esteja situado para considerar esta questão, chega-se ao mesmo resultado execrável: o governo da imensa maioria das massas populares se faz por uma minoria privilegiada. Essa minoria, porém, dizem os marxistas, compor-se-á de operários. Sim, com certeza, de antigos operários, mas que, tão logo se tornem governantes ou representantes do povo, cessarão de ser operários e põr-se-ão a observar o mundo proletário de cima do Estado; não mais representarão o povo, mas a si mesmos e suas pretensões de governá-lo. Quem duvida disso não conhece a natureza humana.”

Mikhail Aleksandrovitch Bakunin (1814-1876), teórico político russo e anarquista.

 

Os aforismos de Bakunin, embora expressados no século 19, se adequam perfeitamente às situações que vivenciamos em nossos dias.
 

Após sermos brindados com o fim do BET no início deste Ano Novo, temos de colocar nossas barbas de molho pois, embora não desejemos ser profetas do Apocalipse, antevemos momentos nada alvissareiros à nossa frente.
 

A reforma ministerial prevista para janeiro de 2014, pelo que nos é informado por colunistas políticos de diversos periódicos , foi transferida para março ou abril.
 

As notícias nos dizem que, em princípio, o único ministério que permanecerá intocado será o da Fazenda. Possívelmente, o Ministério do Planejamento também não passará por nenhuma reforma.
 

Muitos poderiam perguntar o que tais mudanças ministeriais têm a ver com os interesses dos aposentados e pensionistas das EFPCs, principalmente os do Plano 1 da PREVI.
 

Diríamos que tudo !!
 

Sem querer passar pelo tão traiçoeiro papel de futurólogos, mas baseados na realidade em que vivemos e nas ameaças que pairam no horizonte nada nos leva a crer que venhamos a ter agradáveis surpresas.
 

Se o Ministro da Previdência Social for mudado, certamente, como de praxe, todos os superintendentes daquela pasta também o serão e, dentre esses , o mais cotado para ser primeiramente decapitado, certamente é o Sr. José Maria Rabelo, Superintendente da PREVIC, que declarou que não aceitará mais qualquer protelação por parte da PREVI para o estabelecimento do teto para o cálculo de benefícios dos estatutários, que venceu em 02.12.2013, sem que a PREVI o tenha cumprido.
 

O Sr. José Maria Rabelo declarou que tomará uma medida drástica contra a PREVI, possivelmente uma intervenção, que é uma iniciativa corajosa e dura, e que contraria as diretivas dos Ministérios do 

Planejamento e da Fazenda, que estão sob o âmbito do PT.
 

Antevemos que, nesse caso, o Governo nomeará um novo Ministro da Previdência afinado com os Ministérios do Planejamento e da Fazenda e que, com uma simples canetada nomeará outro Superintendente da PREVIC bem ao seu gosto, dócil, maleável, um verdadeiro fantoche não comprometido com quaisquer promessas ou acordos de seu antecessor, sem melindres para desrespeitar regras dos fundos de pensão, e que agirá de acordo com as diretrizes emanadas do Ministério da Fazenda.
 

Esses ministérios (Planejamento e Fazenda) não aceitam que a diferença entre o valor considerado correto pela atual direção da PREVIC que é R$ 30.000,00 (90% do salário do mais alto posto de carreira – R$ 37.000,00 – menos impostos) e o que os estatutários do BB consideram como correto, seja coberto pelo patrocinador (BB) mas que seja pelo Plano de Benefícios da PREVI, o que é uma ilegalidade, por envolverem valores não previstos naquele plano, e que constituem o chamado “empilhamento”.
 

Entende-se que o BB pode pagar o quanto quiser aos seus dirigentes mas, nesse caso, quando de suas aposentadorias, o que exceder ao que é estabelecido no Plano de Benefícios. corre às expensas do BB, e não às custas do Plano de Benefícios que tem suas regras estabelecidas de forma uniforme para todo o quadro de funcionários aposentados do Banco do Brasil.
 

Corre-se o risco de , se a PREVI for obrigada a cobrir tais “empilhamentos”, contrariando o que dispõe seu Plano de Benefícios, a Justiça venha a estender tais regalias descabidas, por isonomia, para os demais aposentados e pensionistas do BB.
 

Seria a instituição da ilegalidade e o caos para o equilíbrio das finanças da PREVI.
 

Um detalhamento mais aprofundado do assunto, que é extenso e envolve várias nuances, está bem explicitado no artigo “Teto de contribuição e benefícios de dirigentes estatutários do Banco permanecem irregulares”, de 01.10.2013, da Colega Célia Larichia, na Coluna Antenado, no site da AAFBB.
 

Essa é apenas uma das frentes com as quais nos defrontamos.
 

Temos outros sérios contenciosos a combater.
 

O maior deles continua a ser a sobejamente conhecida, denunciada e combatida Resolução CGPC 26, de 29.09.2008, que é uma ilegalidade e uma afronta ao Congresso Nacional e ao Poder Judiciário e que contraria as Leis Complementares 108 e 109, de 29.05.2001, que são dispositivos legais superiores.
 

Em razão dessa malfada resolução, deixamos de ter nossos benefícios reajustados, fomos obrigados a dividir nosso patrimônio com o patrocinador e passamos a receber o BET, que chegou ao fim.
 

Outro desafio é a Resolução CGPC nr. 11, de 21.08.2002, que promove a retirada do patrocínio do BB à PREVI, com o saque paralelo de metade de seu patrimônio.
 

E ainda continuamos a ser permanentemente ameaçados por projetos faraônicos por parte do Governo, de longo e difícil retorno.
 

Enfim, a sequência de ameaças é aterradora.
 

Essa ação orquestrada do Governo leva-nos a perguntar se o intuito governamental é liquidar com o sistema de fundos de pensões no Brasil, que são as maiores alavancas de impulso da iniciativa privada e do progresso nos países desenvolvidos.
 

O que está ocorrendo no Brasil é um verdadeiro retrocesso.
 

O Governo está dando um tiro no pé.
 

Dessa forma vai matar a galinha dos ovos de ouro.
 

É preciso deixar claro que os fundos de pensão são entidades de caráter privado e independentes e cujos capitais tem de serem muito bem aplicados nas áreas mais rentáveis e seguras, no Brasil ou no exterior, para garantir aposentadorias condignas aos seus participantes e assistência aos seus dependentes.
 

Os fundos de pensão não são instituições de caridade e as suas reservas financeiras não são originárias de impostos que podem ser disponibilizados (e desperdiçados ou desviados), a bel prazer do governo de plantão, e sim, são frutos das contribuições de seus afiliados, por décadas , como garantias de suas aposentadorias para não ficarem dependentes das vergonhosas esmolas do INSS.
 

Esse tipo de intrusão e assalto, por parte do Governo, ao patrimônio dos trabalhadores, não acontece nos países mais avançados e mais estruturados, onde existe o império da lei, e que contam com marcos legais efetivos, que impossibilitam ao Governo tomar iniciativas ilegais e promover saques em cima de fundos de pensão, dilapidando seus patrimônios que não são do Governo mas pertencem única e exclusivamente a categorias profissionais, cujos membros contribuíram durante toda a sua vida para ter uma vida digna ao se aposentarem.
 

Assim, é uma falácia proclamar que o Brasil é uma democracia.
 

Do jeito que as coisas estão, podemos classificar este país como uma cleptocracia.
 

À Vossa Reflexão, Senhores !!!

Adaí Rosembak
Associado da AAFBB e ANABB









Entre o Mar e a Rocha


“A Política é como uma Nuvem. Você olha e ela está de um jeito.

Olha de novo e ela já mudou.”

José de Magalhães Pinto, político mineiro

“É muito perigoso ter razão nos assuntos em que as autoridades

estão completamente equivocadas.”

Voltaire, filósofo francês


A cada vez que nos debruçamos sobre os assuntos pertinentes aos interesses dos aposentados e pensionistas da PREVI somos surpreendidos por notícias nada alvissareiras que nos levam a refazer nossas perspectivas de ação e de luta.


Já é de conhecimento público a disputa entre o Ministério da Previdência, ao qual a PREVIC está subordinada e os Ministérios da Fazenda e do Planejamento, que mandam no BB.


Nesse choque, a PREVI está sendo submetida ao mesmo tipo de pressões que estão levando a Petrobrás ao fundo do poço com o impedimento do reajuste do preço de combustíveis nas bombas em razão de uma pretensa contenção inflacionária.


A sequência de medidas governamentais que abalam o patrimônio da PREVI, desrespeitam direitos adquiridos e afrontam a lei , provêm da mesma origem.


A Resolução CGPC 26 , a Resolução CNPC 11, a não cobertura dos compromissos do BB com o Grupo Pré-67 e agora esse problema com as aposentadorias nababescas dos estatutários são exemplos dessa pressão injusta e ilegal por parte do Governo.


Nada é poupado e todos os limites são transgredidos. O Governo comporta-se como um trator que esmaga sem critérios, justiça, ou ética todos os nossos direitos adquiridos e saqueia nosso fundo de pensão sem a mínima consideração e respeito por um patrimônio que não lhe pertence.


Na Audiência Pública no Senado Federal sobre Fundos de Pensão e Dignidade Humana, promovida pelo Senador Paulo Paim (PT-RS), de 04.11.2013, o Senhor José Maria Rabelo, Superintendente da PREVIC, declarou que não tomaria nenhuma medida de força contra o BB ou a PREVI em relação ao problema dos estatutários, que contraria a regulamentação do Plano de Benefícios.


Este articulista redime-se da crítica à declaração do Superintendente da PREVIC na nota “Mudança de Rumos”, de 04.12.2013, em razão da evolução dos acontecimentos.


O novo prazo dado pela PREVIC à PREVI para estabelecer o teto para o cálculo de benefícios dos estatutários venceu em 02.12.2013, sem que a PREVI o tenha cumprido.


O Senhor José Maria Rabelo declarou que não aceitará mais qualquer protelação desse assunto, o que implicaria em desmoralização da PREVIC e aplicará uma punição contra a PREVI caso o problema não seja definido.


O Senhor José Maria Rabelo declara que tomará uma medida drástica contra a PREVI, ou seja, colocará sua própria cabeça no cadafalso nessa luta da PREVIC contra a PREVI e o BB, ou mais claramente, entre o Ministério da Previdência (PMDB) e os Ministérios do Planejamento e da Fazenda (PT).


Resta-nos esperar o desenrolar dos acontecimentos e ver se o Sr. José Maria Rabelo cumprirá com sua palavra pois uma tomada de atitude corajosa como essa é um gesto muito raro no universo da burocracia governamental.


Um associado chegou a dizer que votaria no Sr. José Maria Rabelo se ele se candidatasse a um cargo político.


Este articulista acompanha o voto do associado se o Sr. José Maria Rabelo cumprir o que promete.


No meio dessa luta titânica entre forças e atores que fogem ao nosso controle, nós, os aposentados e pensionistas da PREVI, somos uma mera massa de manobra, somos os mariscos entre o mar e a rocha.


E, ainda mais chocante, com tantas ameaças pairando sobre nossas cabeças, estamos divididos, desnorteados, brigando uns com os outros por mesquinharias, por vaidades, por disputas de egos, em meio a insultos e agressões pessoais, como se fossemos seres infantilizados sem o mínimo senso de discernimento.


Esse comportamento irracional, estúpido e degradante torna muito mais fácil para os nossos opressores nos vencer e alcançar seus objetivos.


Temos de superar urgentemente nossas divisões e arregimentarmos nossas forças senão seremos esmagados sem a mínima piedade e sem contemplação.


Em uma de nossas associações – a ANABB - a Comissão de Ética acabou de decidir pela pertinência da denúncia de desvio de recursos na área de seguros. Esperamos que a conclusão do processo seja a mais rápida possível para que aquela associação volte a lutar em toda sua plenitude pelos nossos interesses.


Em relação à eleição na AAFBB, consideramos que esse é um assunto encerrado.


A Comissão Eleitoral não apurou qualquer irregularidade e os processos na Justiça contra a Chapa “Independência e Solidariedade”, eleita por aclamação em 12.11.2013, não obtiveram êxito.


Assim, resta às chapas concorrentes colaborar com a chapa vencedora e fazer uma oposição e críticas construtivas para o bem da associação. Essa é a atitude sensata e digna.


Não podemos perder tempo e o tempo não pára.


Chega de picuinhas e divisões.


Temos de ser realistas e nos unir contra o inimigo comum.


Para sobrevivermos só temos o direito a duas opções: “Vencer ou Vencer!!”

Adaí Rosembak
Associado da AAFBB e ANABB








Mudança de Rumos

  "Precisamos de muita pouca coisa. Só uns dos outros."
   Carlito Maia, Publicitário mineiro


A Novembrada, um movimento em espaço público, provocou questionamentos quanto à sua condução e organização.
 
Lembrou, mal comparando, os agitados encontros sindicais promovidos em meio a greves por aumentos salariais e outras demandas, em grandes recintos tal como o Maracanazinho, aos quais muitos dos presentes na Novembrada compareceram no passado.
 
O número de aposentados atingiu a marca de cerca de 170 pessoas mas poderia ter sido muito maior.
 
O tempo, extremamente frio e chuvoso, conspirou contra um maior comparecimento de participantes.
 
Fui ao evento sob o efeito de medicação anti-gripal e anti-alérgica.
 
Com certeza, muitos outros colegas afetados pelos mesmos problemas não puderam ir ao encontro.
 
Outro motivo que contribuiu contra um maior número de presentes à Novembrada foi a denúncia de supostas irregularidades ocorridas nas trocas de seguradoras e corretoras na ANABB. Vários companheiros não foram à Novembrada por terem atendido à convocação do Presidente do Conselho Deliberativo da ANABB para reunião em Brasília a fim de discutir o assunto.
 
Assim, podemos considerar que, pelas motivos acima expostos, o número de presentes à Novembrada foi um sucesso.
 
O movimento teve um mérito inquestionável.
 
Serviu para a atual administração da PREVI receber a comissão organizadora e aquilatar o nível de descontentamento dos associados em relação à condução dos assuntos relativos ao PB1.
 
Muitas ameaças pairam sobre nosso fundo de pensão, tais como a retirada do patrocinador (Resolução CNPC nº 11, de 13.05.2013), fim do BET (Resolução CGPC (atual CNPC) 26, de 29.09.2008), problema dos estatutários, não comprometimento do BB com o pagamento de benefícios do grupo pré-97 ,entre outros assuntos de extrema relevância.
 
Até a realização da Novembrada, muitos não acreditavam que os representantes da PREVI se dignariam a receber a comissão organizadora, da mesma forma que não mandaram nenhum representante à Audiência Pública no Senado Federal sobre Fundos de Pensão e Dignidade Humana, promovida pelo Senador Paulo Paim (PT-RS) e transmitida ao vivo pela TV Senado às 10.00h de 04.11.2013.
 
Naquele evento, o Senador Paulo Paim (PT-RS) fez uma crítica direta ao Sr. Dan Conrado, Presidente da PREVI, por sua ausência.
 
A Presidente da FAABB, Isa Musa de Noronha, também foi enfática ao criticar a atitude da PREVI que, em respeito ao Senado, poderia ter mandado um representante em lugar de seu presidente.
 
Ainda no que se refere àquele encontro, fiquei pasmo com a declaração do Superintendente da PREVIC, Senhor José Maria Rabelo , de que não tomaria nenhuma medida de força contra o BB ou a PREVI, no sentido de cumprir decisão da própria PREVIC sobre o assunto.
 
O Sr. José Maria Rabelo, no mínimo, deveria ter esclarecido aos presentes naquele simpósio as razões da postergação da solução desse assunto de vital interesse dos pensionistas e assistidos da PREVI , e que contraria a regulamentação do Plano de Benefícios.
 
Outra intervenção que ficou fora de foco naquela audiência foi a fala do Senador José Wellington Barroso de Araujo Dias (PT/PI).
 
A argumentação do ilustre parlamentar de que a defesa dos beneficiários de fundos de pensão não atendia aos interesses de grande parte dos congressistas é assunto sobejamente conhecido e o objetivo daquele encontro era justamente reverter esse processo.
 
Novamente me rendo à fibra da Presidente da FAABB, Isa Musa de Noronha.
É preciso ter nervos de aço para lutar contra tais oponentes e se manter impávida na luta.
A Novembrada trouxe outras lições.
 
Os próximos encontros devem ser promovidos em grandes auditórios, com número suficiente de cadeiras para todos os participantes, organização mais esmerada e mesa com debatedores cuidadosamente escolhidos e que compareçam aos eventos a fim de não serem expostos ao vexame de críticas como ocorreu na Audiência Pública no Senado Federal sobre Fundos de Pensão e Dignidade Humana.
 
Encontros dessa natureza já foram promovidos no auditório da AABB-Rio e foram muito bem sucedidos.
 
A lição maior que a Novembrada nos deixou é que não podemos nos entregar a essa luta fratricida, a essa disputa egolátrica descabida.
 
Isso vai contra nossos interesses e só beneficia nossos oponentes.
 
A causa é comum e estamos todos no mesmo barco.
 
Por isso temos de estar unidos para a consecução de nossos objetivos.

Adaí Rosembak
Associado da AAFBB e ANABB



Esclarecimentos Finais

“A maior das injustiças é parecer ser justo sem o ser.”
Platão, filósofo grego

“Nossas obrigações são os direitos dos outros sobre nós.”
Friedrich Nietzsche, filósofo alemão

“Quase todos os homens são capazes de suportar adversidades, mas se quiser
pôr à prova o caráter de um homem, dê-lhe poder.”
Abraham Lincoln, político e presidente norte-americano





As eleições na AAFBB deveriam ser um assunto aplanado e sem problemas.

Mas uma série de questões estão sendo levantadas em relação àquele sufrágio que colocam o assunto sob críticas.

Temos de ser sinceros e reconhecer as falhas em relação à atuação das chapas não classificadas.
 
Perdeu-se um tempo excessivo e vital em uma divisão intestina e em conchavos e indecisões que, no final, levaram a uma divisão no que deveria ter sido uma frente única para lutar contra as forças organizadas que dominam a situação na AAFBB.
 
Para completar esse quadro negativo , ainda surgiu uma greve nos Correios que só veio complicar a situação.
 
O resultado de tudo isso já é do conhecimento de todos.
 
Mas é preciso frisar que o problema mais sério está focado em relação às iniciativas tomadas pela “Chapa Independência e Solidariedade” no uso da estrutura da AAFBB diretamente junto às 32 representações no Brasil para a captação de votos favoráveis para sua classificação.
 
Inquestionavelmente, esse é um procedimento de caráter absolutamente antiético e que deveria ser analisado com rigor pela Comissão Eleitoral em razão de ser um fator decisivo para a não classificação das demais chapas.
 
Afinal de contas, o Estatuto da AAFBB deve prevalecer como pilar fundamental nesse sufrágio e ele é absolutamente claro no Capítulo I – Da Associação e dos Seus Objetivos, Artigo 3º, parágrafo “i”, que diz:
“Manter a transparência e a ética como balizadoras de suas práticas;”
 
O assunto já foi denunciado em diversos artigos nos blogs e grupos na internet relacionados aos assuntos dos aposentados e pensionistas do BB.

Entre esses artigos, destacamos o depoimento do Companheiro Oséas F. Almeida, atual conselheiro deliberativo da AAFBB e candidato da “Chapa Novos Rumos”, encabeçada pelo Colega Ruy Brito (esse depoimento encontra-se no blog Olhar de Coruja, de 22.10.2013).
 
O que nos espanta é que a atual administração da AAFBB , não precisaria de se valer desse tipo de artimanha para se representar junto aos associados nesse sufrágio.
 
É o tipo de procedimento que gera desconfiança e repulsa.
 
O quadro de integrantes da “Chapa Independência e Solidariedade”, conta com representantes do mais alto nível junto aos aposentados e pensionistas do BB e esse tipo de operação antiética e sem respeito com o Estatuto da AAFBB e com as demais chapas concorrentes , não condiz com suas biografias.
 
É difícil aceitar que esses dirigentes pelos quais temos tanto respeito e admiração possam ter pactuado e colaborado com esse esquema.
 
Entre essas personalidades, destacamos a figura do Colega Gilberto Santiago, Presidente da AAFBB que, sem qualquer falso elogio, consideramos o mais brilhante articulista nos assuntos relacionados aos interesses dos aposentados e pensionistas do BB.
 
Suas notas concisas, objetivas e extremamente bem articuladas e fundamentadas na Coluna Antenado, no site da AAFBB, são fontes de referência imprescindíveis em qualquer pesquisa mais rebuscada que tenhamos de fazer sobre qualquer assunto relacionado aos aposentados e pensionistas do BB e sobre qualquer tema de interesse dos funcionários do BB.
 
Sua longa trajetória de lutas em diversas frentes na defesa de sua categoria é imaculada e pontuada de duras conquistas em prol de seus correligionários.
 
A Colega Célia Maria Xavier Laríchia, que é a cabeça da “Chapa Independência e Solidariedade”, é outra personalidade elogiável sob diversos aspectos.
 
É uma figura de atuação marcante em todos os eventos que envolvem a PREVIC, a PREVI, o BB, a AAFBB e outros órgãos e, em suas oportunas, inteligentes e objetivas intervenções, sempre procura defender os interesses dos funcionários do BB e dos aposentados e pensionistas da PREVI.
 
Sempre são momentos de enriquecimento e prazer revermos as brilhantes exposições da Companheira Célia Laríchia nas gravações da TV ASAS, em eventos promovidos pela FAABB.
 
Muitos a criticam por ser Conselheira Titular do Conselho Deliberativo da PREVI e por representar a PREVI junto à RANDOM e, ao mesmo tempo, se candidatar para a presidência da AAFBB, o que poderia gerar conflitos de interesse.
 
Já tivemos a oportunidade de, por mais de uma vez, defender suas posições pois consideramos que seu papel e sua atuação na PREVI só contribuem para a vitória de nossos pleitos junto àquele órgão.
 
Também avaliamos que sua atuação como representante da PREVI na RANDOM é um ponto positivo, pois a presença de um representante da PREVI junto às empresas onde a PREVI é participante é mais uma garantia, entre outras medidas de supervisão e controle, para que os capitais da PREVI sejam bem aplicados.
 
Embora seja uma questão de foro íntimo, achamos que o incremento de sua exposição na mídia seria uma iniciativa que reverteria não só para o enriquecimento de sua biografia como viria beneficiar as instituições para as quais ela presta sua colaboração.
 
Porque não colocar seus pontos de vista, de forma aberta e corajosa, no blog Olhar de Coruja, como o Colega Gilberto Santiago o fez ?
 
A mídia, em suas variadas formas de expressão, é um instrumento que, se for utilizado com sabedoria , pode ser um fator decisivo a nosso favor.
 
Tem sentido o ditado de que a propaganda é a alma do negócio.
 
Não foi à toa que a Presidente Dilma se apresentou no Programa do Ratinho. Ela ganhou pontos junto à opinião pública.
 
Por tudo que foi acima exposto, é difícil admitir que as biografias de seus representantes e a “Chapa Independência e Solidariedade” como um todo, possam ser aviltadas por um comportamento antiético, covarde e traiçoeiro que foi a cooptação de colegas aposentados utilizando a estrutura da AAFBB junto às suas representações no Brasil em detrimento das demais chapas.
 
Independente de qualquer medida que venha a se adotada pela Comissão Eleitoral, em razão da transgressão ao Estatuto da AAFBB , a atitude correta, altiva e nobre por parte dos componentes da “Chapa Independência e Solidariedade”, seria recorrer àquela Comissão, de moto próprio, e solicitar a dilatação do prazo para a eleição na AAFBB, de forma que fosse permitido às demais chapas não classificadas, disputarem as eleições em condições de igualdade com a “Chapa Independência e Solidariedade” e em conformidade com o Estatuto da AAFBB.
 
Caso contrário, essa será uma vitória de Pirro que deixará uma nódoa indelével na biografia de seus representantes.
 
Esse episódio me lembra uma professora do curso primário que, em sua simplicidade , dizia aos alunos quando estes cometiam um ato falho:
“Que coisa feia, meninos !! Vocês parecem pombos que, quanto mais alimentamos, mais sujam nossas cabeças!”
É isso meninos !!

Adaí Rosembak
Associado da AAFBB e ANABB




Um Assunto Inconcluso


“Um homem não está acabado quando enfrenta a derrota.
Ele está acabado quando desiste.” Richard Nixon, ex-presidente norte-americano.

“ A glória é um veneno que deve ser tomado em doses pequenas.” Honoré de Balzac, romancista francês.



É importante avaliar o que vem ocorrendo na disputa pelas eleições na AAFBB quando, até 20.09.2013, prazo regimental para apresentação das chapas, a Comissão Eleitoral da AAFBB considerou que somente a Chapa “Independência e Solidariedade” cumpriu todos os trâmites estabelecidos pelo Edital de Convocação , Regulamento Eleitoral e Estatuto Social.

Assim, em cumprimento ao que dispõe o Art. 22, do Regulamento Eleitoral, a Comissão Eleitoral da AAFBB decidiu que a eleição se fará por aclamação, na Assembleia Geral Ordinária, que será realizada na Sede Social da AAFBB, nos dias 12 e 13 de novembro de 2013.

Se a Comissão Eleitoral, em sua análise, observou fielmente o que dispõe o Regulamento Eleitoral da AAFBB , e não detectou qualquer indício de fraude, então essa foi uma decisão legítima.

Mas, nenhuma chapa, certa de que agiu corretamente e também convicta de que existem indícios de fraude, aceita passivamente a pecha de desclassificada e, em razão disso, seja impedida de participar de uma eleição.

É natural, portanto, que surjam contestações e até ações de ordem legal em relação ao assunto.

Essas iniciativas são comuns em processos eleitorais e, muitas vezes, encontram guarida dentro da análise das regras estabelecidas .

A associada da AAFBB e dirigente do blog Olhar de Coruja, Leopoldina Corrêa, fez, com objetividade, a apologia do método de votação por meio digital.

Em seu arrazoado, cita diversos dispositivos legais, tais como a Lei 11.419, de 19.12.2006, que dispõe sobre a Informatização do Processo Judicial, a Medida Provisória 2200-2, de 24.08.2001, que institui a Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileira- ICP-Brasil e a Lei 10406, de 10.01.2002, que institui o Código Civil e que, no Artigo 107, diz: “A validade da declaração de vontade não dependerá de forma especial, senão quando a lei expressamente a exigir”. Tais dispositivos legais, dão embasamento ao uso do método digital, que seria até mais seguro que o método manual e, portanto, mais fiel do que o resultado apurado manualmente, comparativamente um método muito mais arcaico.

Consideramos muito oportuna a questão levantada pela companheira Leopoldina Corrêa mas, até o presente momento, no nosso entender, vigora o Regulamento Eleitoral da AAFBB que segue o método mais arcaico, que é o de apuração manual, conforme dispõe o Art. 4º , alínea “C” , § 1º e 2º, daquele Regulamento.

Reiteramos que, dentro do que foi acima exposto, as chapas que se sentiram injustiçadas pela decisão tomada pela Comissão Eleitoral, muito provavelmente entrarão com recursos legais no sentido de reverter aquela deliberação.

Registramos que a Chapa “Nova Aliança na AAFBB” , da qual fomos participantes, foi uma das não classificadas.

Sentimos , particularmente, o impacto desse golpe , junto com os demais disputantes, entre os quais ressaltamos a figura da Colega Ilma Peres, que encabeçou a chapa e sobre o qual, redigimos a nota “Razões de Uma Opção”.

Acima de tudo, lamentamos que, mesmo que as chapas não classificadas não obtenham sucesso em suas contestações ou demandas legais, essa eleição não vá ser decidida pelo salutar caminho da disputa democrática mas pela estranha forma de aclamação, ou seja, a consagração de uma chapa única sem opositor, sem a disputa pautada pela forma democrática de escolha.

Assim, as chapas que não foram classificadas não poderão ser taxadas como derrotadas mas tão somente como não classificadas.

Até poder-se-ia levantar a tese de que a chapa a ser eleita por aclamação, em condições normais de disputa, poderia não ser a chapa vencedora.

Se as razões levantadas pelas chapas não classificadas não encontrarem amparo dentro de eventuais recursos legais ou dentro de contestações aos critérios de análise adotados pela Comissão Eleitoral da AAFBB , só restará aos desclassificados na disputa conformar-se com a decisão.
Inicialmente, a desclassificação gera um sentimento de frustração mas, felizmente, esse sentimento é um momento muito breve e antecede um período mais longo e profícuo de crescimento e aprimoramento.

Esse momento positivo é um tempo de análise das estratégias, das alianças e da forma de luta que levaram ao insucesso.

É a hora de um exame frio dos fatos e da própria atuação no contexto da luta.

Sem essa discussão e sem essa revisão objetiva do que ocorreu, estaremos fadados a cometer os mesmos erros e a ser novamente derrotados em futuros embates.

Ademais, é preciso não esmorecer pois a luta prosseguirá.

Sem oposição, a democracia é um processo incompleto.

Dentro da AAFBB, ocorre o mesmo fenômeno.

A chapa vencedora receberá os louros da vitória e o respeito dos opositores mas estará permanentemente submetida a um processo de vigilância e crítica, mecanismo salutar da democracia.

Existe uma imensa gama de assuntos inconclusos e em discussão em relação à PREVI e aos interesses dos aposentados e assistidos, já sobejamente conhecidos e, em relação aos quais, o papel das associações de aposentados e pensionistas do BB é de vital importância.

Entre esses temas, mencionamos a dura luta contra dispositivos da Resolução CGPC 26, de 29.09.2008, que possibilitaram o saque de superávits da PREVI pelo BB, a retirada de patrocínio para as EFPCs pela Resolução CNPC nº 11, de 13.05.2013, o problema dos estatutários e suas aposentadorias nababescas com o “empilhamento de benesses”, entre outros.

De imediato, o primeiro e mais sério problema a enfrentar é a perspectiva de fim do BET-Benefício Especial Temporário, que lançará grande parte dos aposentados e pensionistas, em uma situação desesperadora em razão dos mesmos terem incorporado esse benefício aos seus orçamentos.

É sempre importante repetir que o BET surgiu como resultado do que dispõe a ilegal, arbitrária, injusta e inconstitucional Resolução CGPC 26, de 29.09.2008, que permitiu pelo Artigo 15, que o patrocinador se aposse da metade dos superávits resultantes do estabelecido no Artigo 14 daquela Resolução.

Aos participantes e assistidos restou a outra metade, na forma de BET-Benefício Especial Temporário, como dispõe o Artigo 24, da mesma Resolução.

Dessa forma, não foi efetivada a revisão do Plano de Benefícios da PREVI na forma do que dispõe a Lei Complementar 109, de 29.05.2001, no § 2 do Artigo 20 e, em consequência, os benefícios ficaram defasados em relação à inflação.

O resultado dessa ilegalidade é que perderemos o BET pois, com o saque dos recursos da PREVI pelo BB, o superávit gerado pelo valor apurado a título de reserva especial por mais de três exercícios será interrompido.

E ainda voltaremos a pagar as contribuições ao Plano de Benefícios.

Toda essa perda implicará em uma redução de 24,8% ( 20% do BET mais 4,8% de cobrança de contribuição) nos benefícios já defasados pela não revisão do Plano de Benefícios da PREVI na forma do que dispõe a Lei Complementar 109, de 29.05.2001, no § 2 do Artigo 20, repetindo o dispositivo acima citado.

Será o caos financeiro que desestruturará a vida dos participantes e assistidos.

Tudo isso é resultante da Resolução CGPC 26 que, voltamos a frisar, é uma ilegalidade pois foi gerada por uma decisão arbitrária de uma autarquia do Ministério da Previdência Social e que não poderia alterar dispositivos básicos da Lei Complementar 109, de fundamentação legal superior e em afronta ao Congresso Nacional que é o Poder da República que tem poderes para criar ou alterar leis.

Nesse enfrentamento, todos os membros das associações de aposentados e pensionistas do BB, principalmente a AAFBB e a ANABB, devem estar engajados, independente de serem dirigentes ou associados e, no caso específico da AAFBB, de terem sido partidários de quaisquer das chapas que se inscreveram para a eleição daquela associação.

No que tange a esse aspecto, ressaltamos um velho problema amplamente conhecido e vivenciado pelos dirigentes das associações:

Como mobilizar os aposentados e pensionistas para a luta pelos seus próprios interesses?

Em relação aos funcionários da ativa , a pressão dos sindicatos nas agências e a própria aproximação diária e influência dos colegas, torna o problema quase nulo.

Mas no que tange aos aposentados, continua a causar pasmo a apatia, a omissão e a abstenção nas votações para os dirigentes das associações.
Diversas são as causas.

Muitos estão velhos e doentes, alguns levam uma vida solitária, outros sequer tem computador ou celular e não tem a mínima disposição de adquirir tais implementos tecnológicos de uso tão corriqueiro entre os mais jovens, e outros já estão com as faculdades auditivas e de visão comprometidas e precisam ser acompanhados por parentes ou auxiliares em seus deslocamentos.

Porém, o mal maior, é que a maioria se encara como estando no limbo da existência e, com suas perspicácia e experiência apuradas pelas refregas da vida, não se deixam iludir facilmente por qualquer promessa vã de benesses para suas vidas.

Para esses, qualquer mudança ou novidade, em princípio, representa uma ameaça.

Aliás, esse também é um adágio emblemático entre os idosos norte-americanos, retratado com a famosa frase “No news, good news !”

Por isso, é lugar comum equiparar o idoso com o protótipo de alguém esparramado em uma poltrona, de frente para a TV e com o cachorro ao lado.

Mas essa é uma imagem absolutamente distorcida da realidade.

Ela é tão falsa que chegamos a nos surpreender quando, nas eleições para Presidente da República e outros representantes políticos, nos deparamos com a quantidade imensa de idosos que saem de suas casas e invadem as ruas para exercer seu dever cívico.

Há algum tempo, tive a oportunidade de conversar com o companheiro Gilberto Santiago, Presidente da AAFBB, sobre esse assunto.

Aquele colega disse, muito sabiamente, que é um esforço em vão, determinados colegas se debruçarem em análises extremamente rebuscadas sobre nossos assuntos, sem que os aposentados sejam mobilizados para os assuntos discutidos. Acrescentou aquele companheiro, que o melhor a se fazer seria orientar os aposentados sobre instruções básicas para manifestarem suas opiniões e votarem nas eleições de suas associações, tais como: anotar em letras graúdas e pretas em um grande cartaz branco tipo cartolina, o número de sua matrícula nas associações, seus códigos de acesso, os telefones das associações e um roteiro bem simplificado, inteligível e objetivo sobre como votar. Esse cartaz seria emoldurado e afixado atrás da porta ou mesmo na parede do quarto, de forma bem visível.

Parece um exagero para chamar a atenção dos aposentados ou mesmo uma observação irônica em relação às limitações dos idosos , mas é o puro retrato da realidade.

Grande parte dos associados aposentados se deixa trair pela memória na hora de se lembrarem de suas matrículas e de seus códigos de acesso.

E se confundem em relação a instruções muito detalhadas em roteiros de votação.

Um exemplo desse problema é a dificuldade que muitos idosos encontram no manuseio de máquinas de operações bancárias em agências externas. O aspecto positivo é que essa é a razão porque ainda existem tantos caixas executivos.

Outro flagrante desse problema é a declaração de imposto de renda que, para os aposentados, é um verdadeiro suplício, pela complexidade das informações relacionadas com o campo da informática. Quem obtém frutos desse emaranhado de instruções relacionadas com a tecnologia de informação (TI) são os mais jovens que cobram os olhos da cara para fazerem as declarações de imposto de renda dos idosos.

Com uma medida objetiva como a sugerida pelo colega Gilberto Santiago, muito certamente o número de aposentados omissos e abstencionistas despencaria consideravelmente e teríamos uma representação muito mais significativa dos associados aposentados e pensionistas do BB nas eleições das associações.

Finalmente, em relação à eleição da AAFBB, em um gesto de grandeza, reconhecimento e confraternização, só nos resta desejar que a chapa vencedora, após todos os esclarecimentos e encerramento de ações legais que venham a ser levantadas , seja alvo de críticas construtivas e receba cooperação das demais chapas para o bem estar e segurança de todo o quadro de associados da AAFBB.

Esses são nossos sinceros votos.

Adaí Rosembak
Associado da AAFBB e ANABB




 Minha Querida LEOPOLDINA,

Se não houve até hoje algum artigo que eu não implorasse pela publicação, esse vai ser um.
Imploro a você pela publicação.
Tão logo receba seu O.K. repassarei para outros colegas.

Seu amigão

Adaí  Rosembak


O presente artigo está no blog Olhar de Coruja (www.olharcoruja.blogsport.com.br) espaço Adaí Rosembak


Uma Pessoa Extraordinária


“O futuro pertence àqueles que acreditam na beleza de seus sonhos”

Eleanor Roosevelt

“Amo aquele que sonha com o impossível”

Goethe


UMA PESSOA EXTRAORDINÁRIA

Logo que comecei a mergulhar no universo da literatura especializada na atuação governamental na área de previdência social, em patrocinadores, em fundos de pensão e em aposentados e pensionistas, procurava informações na internet sempre priorizando os textos legais sobre esses assuntos e as informações dos sites das associações de aposentados.

Foi quando um colega aposentado do BB me recomendou o blog Olhar de Coruja, que era o maior e mais importante blog nessa área e que, além de se constituir no maior centro de informações desses temas, registrava todas as filmagens sobre congressos, simpósios e encontros de especialistas no assunto.

A partir do primeiro momento que acessei aquele blog fiquei fascinado com a amplitude e detalhamento dos serviços prestados.

O blog era riquíssimo em artigos, entrevistas e filmagens dos mais importantes dirigentes de associações de aposentados e pensionistas do BB, de especialistas na área de fundos de pensão e aposentados, de juristas e advogados ligados à área e outras personalidades ligadas ao campo das EFPCs, aposentados e pensionistas.

Foi pelas filmagens da TV Asas e do blog Olhar de Coruja que passei a acompanhar os debates mais relevantes e atualizados sobre os assuntos relacionados aos fundos de pensão e a conhecer visualmente os nossos mais ilustres representantes e seus desempenhos pessoais.

Entrava pela madrugada assistindo àqueles fascinantes vídeos.

Posso afirmar com certeza que, sem a amplitude de informações e das filmagens apresentadas na TV Asas e no blog Olhar de Coruja, seria um alienado em relação aos problemas dos aposentados e pensionistas da PREVI e de outros fundos de pensão.

Somente a leitura de leis, leis complementares , resoluções e outros dispositivos legais pela internet, sem o apoio do blog Olhar de coruja e da TV Asas, não me permitiria ter um amplo domínio e aprofundamento dos problemas concernentes à PREVI, a CASSI, e aos aposentados e pensionistas do BB e nem um acompanhamento mais estreito da evolução desses assuntos.

De imediato uma série de perguntas afloraram à minha mente.

Quais eram os responsáveis que comandavam o blog Olhar de Coruja, suas filmagens e suas entrevistas em todo o território nacional e a organização de todo o blog em sua ampla diversidade de serviços ? Quais eram os encarregados pela complexa, ampla e sempre em constante renovação e atualização tecnológica de rede de equipamentos de fotografia e de filmagens, de transmissão de dados, de gravações, de computadores e a sofisticada manutenção e conservação dessa parafernália tecnológica ? Quem organizava a locomoção e alojamento de equipes, quem agendava e organizava os eventos, a organização de banco de dados e tantos outros serviços necessários para a manutenção e acompanhamento desse gigantesco conglomerado de mídia no qual se havia transformado o blog Olhar de Coruja, cujo papel transcendia de muito a limitada atuação de um simples blog ?

Aos poucos fui me apercebendo que estava me defrontando com uma situação absolutamente inusitada , fora de qualquer avaliação racional ou lógica e sem paralelo com tudo que conhecia e que havia me defrontado anteriormente.

Para meu absoluto espanto constatei que, por trás do gigantismo daquela organização na área de TI (Tecnologia de Informação) e, em todos os eventos, havia sempre uma constante : a presença da ubíqua figura de Leopoldina Corrêa.

Em todas as filmagens, em todas as entrevistas, em todas fotografias, em todos os lugares deste imenso Brasil e, às vezes, quase que simultaneamente, essa mulher estava presente nos eventos relacionados aos aposentados do BB, da CASSI e da PREVI.

A minha curiosidade aguçou-se: Quem seria Leopoldina Corrêa ?

Tinha vontade de conversar com ela e satisfazer minha curiosidade mas pensava comigo mesmo que aquela mulher deveria ter tantos compromissos e tanto trabalho que não lhe sobraria um ínfimo espaço de tempo para ser desperdiçado.

Despretensiosamente, continuei a encaminhar minhas notas para o Blog Olhar de Coruja.

Até que um dia, para minha surpresa, recebi um telefonema de Leopoldina Corrêa elogiando meus artigos e dizendo que estava criando um espaço no blog em meu nome.

Fiquei sensibilizado, constrangido e inibido pelo convite e pelo reconhecimento a uma atuação que, para mim, se constituía em mera expressão de opiniões pessoais e em contribuições aos meus semelhantes.

Leopoldina me disse que contava em sua jornada com a colaboração de alguns colegas e, entre eles, destacava Eliana F. M. Meneghetti.
Também esclarecia que, sem a ajuda, receptividade e compreensão dos dirigentes das associações de aposentados e pensionistas do BB, da FAABB, da CASSI, da PREVI e de tantas outras instituições, seu trabalho não teria a menor condição de se tornar uma realidade.

Quanto à sua atuação pessoal, ela declarou que não media esforços para a consecução de seus objetivos. Dormia em aviões entre um evento e outro e comia sanduiches para não perder tempo. Na ausência de auxiliares, operava ela mesmo os mais diversos e sofisticados equipamentos de filmagem, de gravação, de alto falantes, mesa de controle de operação e sonorização, computadores, câmeras fotográficas, etc.

E ainda tinha de estudar os assuntos para, repito, ela própria, na qualidade de jornalista, fazer as entrevistas e as filmagens pessoalmente.

Nessa azáfama constante não existia limitação horária, não existia dia ou noite, nem sábado ou domingo e muito menos férias.

Aliás, férias era uma palavra que ela já tinha abolido de seu dicionário há muito tempo.

Acrescentou que sentia um prazer, um entusiasmo e uma energia sem limites por toda aquela trabalheira, pois estava convicta de que lutava por uma causa e justa, que era a defesa dos aposentados e pensionistas do BB, da CASSI e da PREVI.

Confessou que, muitas vezes, gostaria de manter uma aproximação maior com sua família e usufruir um pouco mais dos prazeres da vida.
Após encerrarmos nosso contato, fiquei a refletir sobre aquela personalidade.

Simples, dinâmica, incansável, despojada, sincera, autêntica , objetiva, determinada e sem tempo para desperdiçar com conversas inúteis e figuras deletérias, também é uma pessoa impaciente no que concerne ao perfeccionismo e à rapidez na realização de seus projetos.

Após analisar criteriosamente sua atuação, podemos afirmar sem o menor resquício de dúvida que é impossível dissociar a figura de Leopoldina Corrêa de todos os assuntos e eventos relacionados com nossos interesses.

Iria até mais além, para dizer que, sem a atuação de Leopoldina Corrêa, não teríamos alcançado tanta penetração na mídia na luta pelos nossos interesses e, nossos mais ilustres representantes não teriam encontrado um canal de tal envergadura como o blog Olhar de Coruja para expressar suas opiniões.

Por tudo isso, sinto-me extremamente incomodado e revoltado com o que , recentemente, observamos em termos de críticas e ataques injustificados a Leopoldina Corrêa.

Críticas construtivas são, não só aceitáveis e bem vindas , como são necessárias para nosso aprimoramento pessoal e para a defesa de nossas causas.

A luta pelos nossos interesses é uma causa suprapartidária e que transcende interesses e picuinhas pessoais.

Por isso , só posso considerar provocação injustificável que, ao apresentar assuntos de suma relevância para toda a categoria de aposentados do BB, alguém faça uma crítica ridícula no blog em relação a um artigo importante, do tipo de que a grafia de “skipe” é com Y e não I.

Em outro exemplo, em comentários com vídeos sobre o desempenho da CASSI, assunto de altíssima relevância para os aposentados, surge um comentário sobre uma comparação absolutamente fora do contexto do assunto, sobre o perfil físico da Sra. Graça Foster (Presidente da Petrobrás) e a Sra. Miriam Fochi (observe-se que a Sra. Miriam Focchi é uma mulher extremamente atraente).

Um outro colega chegou ao ponto de, em um comentário sobre um artigo, fazer um questionamento sobre o uso (aliás, absolutamente adequado no contexto do assunto) da palavra “frenesi” e, em outra colocação, alegar que, no Brasil, temos “liberdade camuflada e ditadura disfarçada”.

Tudo tem limite!! Porque o colega não vai expressar suas opiniões nas “democracias” de Cuba, da Coréia do Norte ou em certas ditaduras africanas? Outra alternativa seriam os companheiros bolivarianos Venezuela, Equador ou Bolívia, que marcham em rápidos passos para o mesmo destino.

O que não é tolerável é que, após termos vivenciado 21 anos de ditadura militar e, depois de duras lutas e de termos conquistado liberdade e democracia plenas, nos deparemos com agressões verbais desse jaez.
Para quem vivenciou aquele sofrido período, declarações como essas chegam a ser insultos à nossa cidadania.

Só lamento que, em um único reparo que faço à atuação de Leopoldina Corrêa, ela tenha dado acolhida a esse baixo nível de opinião.
Talvez por respeito à liberdade de expressão e à democracia.
Mas isso não é liberdade de expressão, é agressão e desrespeito à luta dura e aos tombados contra a ditadura militar, que cassou nossa liberdade de expressão e nossa democracia durante 21 anos.
Por tudo isso, considero que , em respeito ao blog Olhar de Coruja, poderia ter se seguido as colocações bem diretas e objetivas de Leopoldina Corrêa, as quais transcrevo adiante, “ipsis litteris”:
“O blog Olhar de Coruja não é divã de analista e, muito menos um hospício. Quem quiser hospedar seus comentários malucos e idiotas que vá procurar um canal apropriado, que vá descarregar suas frustrações em outro lugar”.

Não temos a mais remota pretensão de analisar nem avaliar o papel de dirigentes de blogs e nem de outros grupos que operam na internet, apenas consideramos que, ao dar guarida para que qualquer um expresse suas sandices, suas agressões e loucuras sem qualquer limite nem controle, sob os pretensos argumentos de liberdade de expressão e democracia, esses dirigentes vão transformar esses canais de comunicação em verdadeiros balaios de gatos e em antros de baixarias e agressões o que os levará ao descrédito frente à opinião pública.

A propósito, citamos uma máxima de Charles A. Lindbergh, o famoso aviador norte-americano:
“ A liberdade real é selvageria, não civilização”.

O verdadeiro objetivo desses blogs e grupos deve ser se transformar sempre, e cada vez mais, em centros e fóruns de elevado nível para o debate e discussão dos problemas pertinentes à nossa categoria.

Esse é o motivo pelo qual parabenizo Leopoldina Corrêa por adotar um caminho independente e criar, junto com Eliana F. M. Meneghetti, dois novos grupos para auxiliar o blog Olhar de Coruja (http://olharcoruja.blogspot.com.br), nos quais os colegas poderão se associar, que são:

- No yahoo: http://br.groups.yahoo.com/group/olharcorujabb/

- No Facebook: http://www.facebook.com/groups/647686215262136/
Assim, só nos resta parabenizar nossas colegas Leopoldina Corrêa e Eliana Meneghetti e lhes desejar absoluto sucesso nessas novas iniciativas.

Adaí Rosembak
Associado da AAFBB e ANABB




 

 

UM HOMEM DE AÇÃO

“O conhecimento é inútil até se converter em ações.”


Peter Drucker


“ Só existem dois dias no ano em que nada pode ser feito. Um se chama ontem

e o outro se chama amanhã, portanto hoje é o dia certo para amar, acreditar,

fazer e principalmente viver.”


Dalai Lama



O que diferencia um vencedor dos seres humanos normais ?

O senso comum poderia nos levar a conclusões aparentemente óbvias.

Muitos diriam que os vencedores são pessoas mais bem dotadas, com uma formação intelectual superior , com recursos financeiros, com boa saúde, com apoio externo, etc.

Preferimos priorizar outras características pessoais não tanto divulgadas .

Os vencedores são seres inquietos, não-conformistas, perfeccionistas, trabalhadores compulsivos, idealistas e que se entregam por inteiro à realização de seus sonhos com força e vontade férreas e sem se limitar por quaisquer obstáculos.

São personagens que, nessa luta incansável pelos seus objetivos , chegam a sacrificar sua saúde, prejudicam seu relacionamento familiar e suas amizades e chegam a se tornar seres solitários.

Essas pessoas, nesse mergulho fundo em suas metas, descortinam aspectos e oportunidades que estão à vista de todos mas que só eles percebem e que passam a explorar.

Esses são os vencedores, são os desbravadores de caminhos até então não trilhados.

É com a ação de atores dessa estirpe que a humanidade se alça a patamares cada vez mais elevados.

Contamos na defesa dos aposentados e pensionistas do Banco do Brasil com líderes e defensores da mais alta capacidade, representatividade e dedicação.

Esses representantes vem lutando com denodo junto ao Poder Executivo, ao Poder Legislativo , ao Poder Judiciário e à mídia na defesa de nossas causas.

Neste momento, tivemos a grata surpresa de nos defrontar com uma ação pioneira de um colega aposentado do BB, que faz parte desse grupo seleto de líderes, que desbravou um front que se encontrava à disposição de todos , mas que, até então, não tinha sido explorado.

É nesse episódio e nesse personagem que se enquadram as qualidades acima descritas.

Falamos de Ebenézer W. A. Nascimento e sua denúncia do BB junto ao Comitê de Basiléia de Supervisão Bancária (CBSB), na Suiça, onde foi denunciado e detalhado o montante usurpado da PREVI pelo BB.

Tudo começou quando Leopoldina Corrêa, dirigente do blog Olhar de Coruja e também aposentada do BB, que haviase tornado membro da Anistia Internacional ,em sua ânsia de denunciar o BB em algum órgão internacional pelos saques bilionários na PREVI, procurou a orientação e ajuda do colega Fernando Arthur Tollendal Pacheco , responsável e coordenador na internet pelo grupo BB-Funcionários (bbfuncionarios@yahoogrupos.com.br) para dar início a tal projeto.
Fernando Tollendal, devido aos seus múltiplos afazeres, não pôde colaborar de forma mais efetiva na empreitada, mas indicou para Leopoldina Corrêa uma pessoa com preparo intelectual e técnico e disposição para tomar a dianteira desse projeto.
Essa pessoa, uma escolha absolutamente criteriosa e acertada , era o colega Ebenézer W. A. Nascimento, que abraçou a causa de imediato.

Nesse monumental trabalho, Ebenézer contou com a inestimável colaboração de nossos ilustres representantes Ruy Brito de Oliveira Pedroza , da UNAMIBB, e Isa Musa de Noronha, da FAABB, que o auxiliaram na análise de todos os balanços do BB desde 1997, para dimensionar os montantes transferidos da PREVI para o BB e lhe deram todo o apoio pessoal e institucional para a consecução dessa empreitada. O suporte técnico de tecnologia da informação (TI) e de apoio operacional ficou a cargo de Leopoldina Corrêa, do blog Olhar de Coruja.

Foi um notável trabalho de equipe mas, a elaboração do relatório e as tratativas pessoais, a partir de 06.08.2013, junto ao staff do Comitê de Basiléia de Supervisão Bancária (CBSB) e ao seu Secretário-Geral Adjunto , Sr. Bill Cohen, para tentar a entrega pessoal do documento, couberam ao colega Ebenézer W. A. Nascimento.
Muito embora não tenha obtido sucesso em sua investida inicial junto ao referido Comitê e ao Sr. Bill Cohen, que não examinou o relatório e recomendou que o assunto fosse encaminhado àquele CBSB através do Banco Central do Brasil, Ebenézer Nascimento, de forma perspicaz , encaminhou o citado relatório via correio (com AR ) para o CBSB, o que foi feito em 18.08.2013. O documento foi entregue ao destinatário em 23.08.2013, às 15.30h.

Ebenézer Nascimento, nessa recusa do Comitê de Basiléia de Supervisão Bancária em examinar o assunto, vislumbrou a hipótese de ter havido uma interferência prévia por parte do BB ou da PREVI. Sem descartar a possibilidade levantada pelo colega, preferimos considerar que esse seja um padrão de procedimento daquele órgão. Afinal de contas, o CBSB é uma instituição que faz a supervisão de bancos de todos os países ao redor do Mundo. As suas principais fontes de referências e consultas são os bancos centrais de cada país.

Assim, o CBSB deve seguir, como princípio, que quaisquer questionamentos ou denúncias contra bancos sejam encaminhadas àquele órgão através dos bancos centrais dos respectivos países.

Mas, pelo que se antevê das novas iniciativas que já estão em andamento, o Sr. Bill Cohen teria feito melhor se tivesse recebido o relatório pessoalmente das mãos de nosso Colega Ebenézer.

Parece-nos, utilizando o linguajar popular, que o Sr. Bill Cohen “procurou sarna para se coçar” ou, em outro adágio, “mexeu na cobra com vara curta”.

Esse quarteto é duro na queda. Eles não jogam para perder.

Pelo histórico de enfrentamentos desses denodados lutares, podemos afirmar, com toda a certeza, que essa causa ainda se desdobrará em muitos capítulos até chegar a um epílogo.

O colega Ebenézer W. A. Nascimento, em conjunto com a FAABB e a UNAMIBB, tendo à frente Isa Musa de Noronha e Ruy Brito de Oliveira Pedroza e contando com o suporte de Leopoldina Corrêa, do blog Olhar de Coruja, já se preparam para, em nome da UNAMIBB, subscrever o envio do relatório para outros órgãos internacionais.

Independente da inserção da matéria em grupos na internet e em sites, o blog Olhar de Coruja (www.olharcoruja.blogspot.com.br) , se antecipou e já divulga em diversas notas todas os contatos, tratativas e documentos em inglês (com tradução em português) a respeito do assunto.

O colega Ebenézer conta com um espaço exclusivo nesse blog, em que essa e outras importantes matérias estão registradas em análises muito bem focadas e elaboradas.
Adicionalmente, no mesmo blog, é apresentada uma entrevista cibernética, via Skipe, com o companheiro Ebenézer que, no momento, se encontra em Israel.
Esse empreendimento adentrou em um campo singular na luta pela defesa da PREVI e dos interesses dos aposentados e pensionistas.

É resultado de um trabalho técnico apurado e sofisticado, coordenado pelos nossos mais valorosos representantes.

É admirável sob todos os aspectos, tanto na sua elaboração e condução , quanto na área de recursos humanos e suporte na área de tecnologia da informação.
Envolveu contatos delicados da mais alta relevância junto ao mais importante órgão internacional na área de fiscalização de bancos, o Comitê de Basiléia de Supervisão Bancária (CBSB).

A luta continua e depositamos irrestrita e total confiança no sucesso dessa importante iniciativa levada adiante pelo conjunto de companheiros e líderes acima mencionados que, a par de outras importantes atribulações em relação às nossas ações , sempre encontram energia e tempo para se dedicar a mais uma refrega na defesa de nossos interesses.

No presente episódio, não podemos deixar de, mais uma vez. ressaltar com louvor, o admirável papel desincumbido por Ebenézer W. A. Nascimento, colega aposentado do BB e escritor emérito, autor do sucesso literário “Banco – Um Inimigo do Povo”, da Editora Alfa-Ômega.

Adaí Rosembak
Associado da AAFBB e da ANABB

 

 Razões de Uma Opção


“O pior analfabeto é o analfabeto político. É tão burro que se orgulha e estufa

o peito dizendo que odeia a política.”


Bertold Brecht


“Bajule-me e talvez eu não acredite em você.

Critique-me e talvez eu não goste de você.

Ignore-me e talvez eu não o perdoe.

Encoraje-me e nunca o esquecerei.”


William Arthur Ward – administrador norte americano



 

Estamos perto das eleições para a AAFBB.
 

E, naturalmente, a disputa é acirrada.
 

Formam-se chapas, apresentam-se plataformas de projetos e, na caça de apoios e votos favoráveis, cooptam-se amigos, conhecidos e associados.
 

Esse frenesi é muito salutar pois é a expressão máxima do exercício da democracia.
 

Infelizes os países, as organizações e os seres que não contam com essa dádiva democrática que é liberdade de escolha de seus representantes pelo voto secreto.
 

A AAFBB, fundada em 24.10.1951, com mais de 60 anos , é a mais antiga associação de funcionários do Banco do Brasil.
 

Em 5 anos de existência, a AAFBB já contava com 1000 associados.
 

Em 1977, foi consagrada como Entidade de Utilidade Pública.
 

Em 24.04.1978 foi lançada a pedra fundamental da Sede 

Campestre em Xerém (RJ), inaugurada oficialmente em 1981.
 

Atualmente, a AAFBB conta com mais de 33.000 associados.
Ou seja, o número de associados da AAFBB é maior do que a população da maioria dos municípios brasileiros.
 

Sua presença se exerce em 35 pontos no país abrangendo 19 estados.
 

A AAFBB disponibiliza aos seus associados um amplo e eficiente serviço de assistência que abrange área de seguros, de assistência médica, de assistência jurídica e que se estende a diversos outros campos, como educação, formação profissionalizante, assistência geriátrica, assistência de ambulância , e tantas outras.
 

Resumindo, a AAFBB é um gigante em um processo constante de crescimento, mutação e aperfeiçoamento.
 

Sua influência se faz presente e é decisória nas mais importantes questões relacionadas ao BB, à PREVI e aos aposentados e assistidos do BB.
 

O seu quadro administrativo composto, em sua maioria, de funcionários aposentados do Banco do Brasil, orgulha-se de contar em suas fileiras com uma elite de pessoas muito bem preparadas e dedicadas que, durante suas vidas, foram forjadas dentro dos mais elevados e rígidos princípios de política de resultados e realizações, disciplina, eficiência e trabalho, que imperam no Banco do Brasil.
 

Portanto, é natural que cada um, dentro de sua visão pessoal, queira colaborar e lutar para o engrandecimento e aperfeiçoamento da AAFBB, da mesma forma que dedicaram suas existências ao Banco do Brasil durante sua vida laboral.
 

Lamentavelmente, é muito comum, em associações de aposentados de outras categorias profissionais, a dificuldade de encontrar pessoas bem preparadas e qualificadas para enfrentar a dura e complexa tarefa de administrar tais instituições.
 

Felizmente, na AAFBB, o problema é justamente o oposto.
 

O dilema dos associados da AAFBB está em escolher os melhores quadros dentre uma ampla plêiade de candidatos e representantes do mais alto nível.
 

Todos os candidatos são pessoas muito bem preparadas e experientes nas lides relativas à administração, devido às características da atividade bancária e ainda mais em se tratando de funcionários aposentados do Banco do Brasil.
 

Esses candidatos já tem uma trajetória dura de lutas na defesa da PREVI e dos aposentados e assistidos, já passaram pela alegria de vitórias e também de frustrações em suas refregas, tem um profundo domínio do campo em que atuam e contam com uma ampla rede de apoios e relacionamentos.
 

São visceralmente dedicados à AAFBB e às causas de seus associados e todos querem dar curso às suas próprias ideias e consolidar suas projeções para o aperfeiçoamento da instituição.
 

Nessas condições, o dilema dos associados cresce a cada vez que examinam os nomes de cada chapa.
 

Aqui e ali, em cada lista de candidatos, defrontamo-nos com nomes de colegas do passado, pessoas com as quais convivemos diariamente, ombro a ombro, durante longos períodos de nossas vidas dentro do Banco do Brasil.
 

Boas ou más experiências do passado afloram às nossas mentes.
 

Mas, nossa apreciação do que ocorreu no passado mudou nesta altura da vida, pois, com a maturidade, somos abençoados com uma visão mais apurada, humanizada e realista das pessoas e do mundo.
 

A impulsividade e a certeza de princípios e verdades imutáveis , próprias da juventude, deram espaço para uma avaliação mais realista e equilibrada da vida e à consciência de que tudo é mutável e transitório.
 

Muitos voltam a se contatar com pleiteantes que foram seus companheiros de trabalho no passado, para saber como estão no momento presente e o que aconteceu em suas vidas.
 

Falam das vivências familiares, dos filhos, das suas companheiras(os), enfim, auscultam sua conduta atual de vida para terem certeza de que estarão votando na pessoa certa que atenderá às suas expectativas para o engrandecimento da AAFBB.
 

Particularmente , fiquei em uma indecisão verdadeiramente aflitiva.
 

Em cada chapa que examinava, encontrava nomes de ex-colegas.
 

Encontrava nomes eméritos de dirigentes e companheiros com os quais convivi no Banco do Brasil, os quais apreciava, por nuances diferenciadas de personalidade , atuação e convivência.
 

Eram todos seres singulares, sensíveis e falíveis, com aspectos positivos e negativos, como é próprio da diversidade humana.
 

Telefonei para alguns desses colegas; alguns moravam em outros estados.
 

Como de praxe, entre pessoas de nossa faixa etária, discorremos sobre nossas vidas atuais e nossas experiências. E, como não podia deixar de ser, falamos sobre outros companheiros, alguns já falecidos.
 

Mas permanecia incólume a questão vital. Quem escolher?
 

Pensava com meus botões: “Ah, como seria bom se pudéssemos juntar as qualidades positivas de cada um em uma só pessoa, em uma só cabeça !!” .
 

Obviamente, esse é um sonho utópico e distorcido e que, se fosse realizável, seria catastrófico, pois eliminaria a diversidade do ser humano.
 

Nas palavras de um pensador, seria a “monotonia da perfeição” o que, em si, se constituiria em uma tragédia.
 

Pois o Mundo é disforme e desigual como diferenciados são os homens.
 

O conflito é inerente à vida humana.
 

A procura e a luta por uma sociedade perfeita, justa e igualitária são projeções eternas, são metas platônicas.
 

E é assim que vai ser até o fim de nossos dias.
 

Encontrava-me envolto em minhas divagações filosóficas e em minha angustiante indecisão sobre em quem votar quando, inesperadamente, voltei à realidade quando recebi um telefonema do amigo e companheiro Aldo Alfano, com quem já havia me encontrado algumas vezes e trocado mensagens e conversas sobre assuntos relacionados à AAFBB.
 

O Aldo Alfano é uma pessoa clarividente, sempre alerta, discreta, objetiva e de um dinamismo impressionante.
 

É o protótipo de personalidade idealizada no imaginário dos americanos que, quando querem dignificar uma pessoa, o alcunham de “ Eagle”, em analogia à figura mítica da Águia Americana, o “American Eagle”, que simboliza as características de agilidade, argúcia e intrepidez do espírito americano.
 

Aldo Alfano é uma pessoa que admiro e com quem tenho uma grande afinidade.
 

Dentro de sua sagacidade, Aldo Alfano, que não é de perder tempo, foi direto ao assunto.
 

Falou que estava organizando a Chapa NOVA ALIANÇA NA AAFBB e me convidava para participar como Conselheiro na mesma.
 

Fiquei pasmo. Nunca esperaria receber um convite como aquele, assim de supetão.
 

Mas havia um óbice. Adoro escrever meus artigos e crônicas no Olhar de Coruja e em jornais e nunca abdicaria dessa atividade.
 

Sempre achei que esse papel, pela sua própria natureza, poderia se conflitar com uma posição de representação em qualquer associação de aposentados.
 

Expus essa situação para o Aldo Alfano e ele não colocou qualquer objeção quanto a essa minha atividade.
 

Fiquei de lhe dar uma confirmação o mais rápido possível. Iria analisar com ponderação os prós e contras da proposta.
 

Mal dormi naquela noite.
 

Me sentia como se tivesse sido colocado no olho de um furação.
 

Aquela seria uma experiência inédita para mim.
 

Aldo Alfano havia me telefonado não para pedir meu voto mas para me colocar em uma situação de ser votado !!
 

Tenho consciência nítida de que, Aldo Alfano, como uma pessoa de decisões objetivas, vislumbrou na análise de meus artigos, alguém que poderia auxiliá-lo na persecução de seus projetos pessoais dentro da AAFBB.
 

Também sei que, dentro de seu perfeccionismo, ele não terá a menor hesitação em se desvencilhar, sem o menor pejo, de quem se tornar um empecilho na realização de suas metas.
 

Analisei o senso de decisão, oportunismo, agilidade e objetividade representadas no convite daquele companheiro.
 

Por si só, aquele gesto revelava virtudes natas e fundamentais requeridas de um líder para ter sucesso em suas metas.
 

Deu o bote certo, na hora certa e na presa certa.
 

Era a própria Águia.
 

Não havia como fugir ao repto.
 

Esse era o homem certo.
 

No outro dia telefonei para Aldo Alfano e confirmei que aceitava o convite.
 

Dentro de minha consciência estou convicto de que fiz a melhor escolha.
 

Dedicarei o melhor de meus esforços para a sua vitória
 

Torço para que a Chapa NOVA ALIANÇA NA AAFBB seja vencedora e Aldo Alfano tenha tenha uma trajetória de sucesso na administração da AAFBB.

Adaí Rosembak

Associado da AAFBB e ANABB

 

 O Aliado Maior

Temos acompanhado os debates promovidos pela FAABB e gravados no blog Olhar de Coruja , reunindo os mais importantes membros das principais associações, tais como AAFBB, ANABB , UNAMIBB e outros.


Todos os mais relevantes assuntos de interesse dos aposentados e pensionistas do BB são intensamente discutidos nesses encontros.
No momento, o problema mais urgente e aflitivo é a perspectiva da extinção do BET.


Se, até o fim do ano, não houver nenhum aumento no valor das ações na Bolsa de Valores ou se não houver a redução de 25% para 15% no valor da Reserva Matemática, teremos o fim do BET (20% dos rendimentos) e o retorno da cobrança de contribuição para a PREVI (4,8% dos rendimentos).


Será desencadeado um verdadeiro caos social (nas palavras de Isa Musa Noronha – Presidente da FAABB) pois, face ao baixo índice de reajuste de nossas pensões , a maioria dos pensionistas tornou-se BET-Dependente (definição bem precisa de Gilberto Santiago – Presidente da AAFBB).


E ainda teremos os reflexos do decréscimo no orçamento da CASSI.
E porque isso acontece ?


Pela ilegal e espúria Resolução CGPC 26, de 29.09.2008, que destina o excesso da reserva especial do superávit da PREVI para reversão, em valores, aos participantes e assistidos e aos patrocinadores das EFPCs, em flagrante ilegalidade, desrespeito à Justiça e ao Poder Legislativo , em contraposição à disposição legal superior, que é a Lei Complementar 109, de 29.05.2001, que estabelece, no parágrafo § 2º do Art.20:


“A não utilização da reserva especial por três exercícios consecutivos determinará a revisão obrigatória do plano de benefícios da entidade.”


A única possibilidade do patrocinador se beneficiar está estabelecida no § 3º do mesmo Art. 20:


“Se a revisão do plano de benefícios implicar redução de contribuições, deverá ser levada em consideração a proporção existente entre as contribuições dos patrocinadores e dos participantes, inclusive dos assistidos.”


O assunto já foi alvo da ADI 4644 (Ação Direta de Inconstitucionalidade), impetrada pela ANAPAR e pela CONTRAF, que foi mandada arquivar em 23.03.2012, pelo decano do STF, Ministro Celso de Mello, ao declarar que o assunto não violava diretamente a Constituição Federal, entre outras considerações.


Agora temos o Projeto de Decreto Legislativo 275, de 23.05.2012, do Senador Paulo Bauer (PSDB-SC), que propõe suprimir artigos da Resolução CGPC 26/2008, que possibilitam a repartição com os patrocinadores de superávits apresentados pelo Plano de Benefícios.


Também temos o Projeto de Lei Complementar 161/2012, do Deputado Ricardo Berzoini (PT-SP), que propõe mudanças profundas na Lei Complementar 109, de 29.05.2001.


Ambas as propostas estão sendo apresentadas simultaneamente aos aposentados e pensionistas da PREVI, e milhares de assinaturas estão sendo colhidas para o apoio a tais iniciativas.


Mas já surgem críticas a essas propostas com a alegação de que o Governo dispõe de maioria no Congresso e o rolo compressor do Governo não vai permitir que nenhuma das propostas seja aprovada.


Essa argumentação é baseada em exemplos anteriores que, contrariando a perspectiva de aprovação no Congresso, foram revertidos devido à pressão governamental.


Conversamos com vários colegas sobre o assunto e muitos estão descrentes do sucesso dessas iniciativas.


Repetimos que, se a atual situação financeira da PREVI não for revertida, de uma forma ou outra, e não tivermos a continuidade de superávit por 3 períodos consecutivos na Reserva Especial, o resultado catastrófico gerado por essa Resolução 26, vai desaguar, com todo o seu peso, nos costados dos aposentados e pensionistas.


Aí sentiremos os efeitos de não termos tido a “revisão obrigatória do plano de benefícios da entidade”, prevista no § 2º, do Art. 20, da Lei Complementar 109, de 29.05.2001, por termos aceitado, por imediatismo, o BET, que foi um “cala boca” em detrimento de nossos direitos na forma de revisão obrigatória de nossos benefícios.


Em troca, o patrocinador abocanhou 50% dos rendimentos do PB1.


Esse assunto já foi abordado e discutido em inúmeros fóruns de debates e em publicações diversas, e os principais debatedores , conhecedores do tema e dirigentes de associações, entre os quais citamos Isa Musa de Noronha (FAABB), Fernando Amaral e Antônio Sérgio Riede (ANABB), Célia Maria Xavier Larichia, Aldo Alfano e Gilberto Matos Santiago (AAFBB), Ruy Brito (UNAMIBB) e tantos outros proeminentes líderes, alertaram a todos sobre esse desfecho.


O blog “Olhar de Coruja” (www.olharcoruja.blogspot.com.br), o mais importante blog na área, publicou um sem número de artigos alertando para o problema.


Este modesto articulista também tocou nesse assunto no Artigo “Destinação de Superávits”, de 15.03.2013.

O tempo foi passando e muitos aposentados e pensionistas foram usufruindo das benesses passageiras do BET e até assumiram compromissos de longo prazo lastreados naquele rendimento temporário. Outros chegaram a postar mensagens na Internet atacando e insultando aqueles que alertavam os aposentados sobre os perigos da natureza temporária do BET.


Mas imperava um impulso de euforia irrefreável sem medir as consequências no futuro.


Pois o futuro chegou e tem data-limite: Janeiro de 2014.
A suspensão de 20% dos rendimentos relativos ao BET e o retorno da contribuição de 4,8% para a PREVI, lançarão milhares de colegas BET-Dependentes na inadimplência.


A quem apelar nessa situação?


Para a PREVI? Ela não vai tomar qualquer iniciativa pois, além de cumpridora fiel dos dispositivos emanados da PREVIC, seus dirigentes estão mais centrados em preservar nababescas aposentadorias com as benesses do “empilhamento” , em isonomia e no molde com os estatutários do BB e suas coligadas.


Esse é outro ponto sério com que se defronta nosso Plano de Benefícios.
Apelar à Justiça? Estamos passando no Brasil por uma situação sui-generis.


Nas palavras do Ministro Joaquim Barbosa, Presidente do STF, criou-se a absurda situação em que, no caso do Mensalão, a mais alta Corte do país, que já julgou tal processo e que teria de ter sua decisão respeitada sem quaisquer chicanas, recursos ou protelações, se veja obrigada a analisar embargos declaratórios e infringentes e rever e julgar suas próprias decisões, com o risco até de as mesmas serem revertidas.


Para nossa tristeza, isso é alvo de espanto e chacota ao redor do Mundo.
Para encerrar esse triste quadro sobre a nossa Justiça, só poderemos contar com qualquer julgamento por parte do STF , após o encerramento do Julgamento do Mensalão, que mais parece uma novela sem fim.


Como, no linguajar popular, “desgraça pouca é bobagem” , ainda nos defrontamos com mais um desafio: a perspectiva de retirada do patrocínio por parte do BB (hipótese prevista na própria LC 109, de 29.05.2001).


E pleiteando, no processo de retirada, metade do patrimônio da PREVI.
Assim, chegamos à conclusão de que só contamos com nossas associações de Aposentados e Pensionistas em nossa defesa.


Todo esse cenário de nuvens negras deixa os aposentados e pensionistas numa situação de angústia e insegurança em relação ao futuro.


Refletindo sobre esse quadro, lembrei-me de uma passagem na Segunda Guerra Mundial, quando as tropas nazistas invadiram a Rússia e já enfrentavam os russos na Batalha de Stalingrado.


Stálin foi inquirido sobre que rumo a tomar, pois era um período de mudanças radicais e sofrimento generalizado, com o expurgo de milhões de opositores e a fome que grassava em vastas áreas do território russo e que matava outros tantos milhões. Nessa situação, a Rússia não tinha condições de enfrentar a máquina de guerra alemã.


Stálin respondeu: “ - Temos de ter só um pouco mais de paciência pois temos um grande aliado a nosso favor. O tempo. O inverno russo está chegando e os invasores já estão na armadilha. Da mesma forma que derrotamos Napoleão Bonaparte, derrotaremos Adolf Hitler.”


Porque aventei essa passagem histórica?


Também temos um grande aliado a nosso favor. O tempo.


Tempo de eleições.


Hoje, o universo de fundos de pensão , entre contribuintes, aposentados e dependentes, conta com mais de 20.000.000 de pessoas.


E cresce cada vez mais com a criação de novos fundos.


Qual candidato, a qualquer cargo eletivo, seria louco o suficiente para desprezar o peso e o apoio dessa colossal massa humana?


Esse é o grande trunfo que temos em mãos.


E precisamos usá-lo com inteligência, argúcia e muito trabalho.


Assim, discordamos radicalmente dos pessimistas e derrotistas.


A grande batalha ainda está por vir.


Devemos seguir adiante com o acolhimento de um número de assinaturas cada vez maior de apoio ao Projeto de Decreto Legislativo 275, de 23.05.2012, do Senador Paulo Bauer (PSDB-SC) e ao Projeto de Lei Complementar 161/2012, do Deputado Ricardo Berzoini (PT-SP).


Cada um atende às nossas demandas por flancos diversos.


O projeto do Senador Paulo Bauer (PSDB-SC), propõe suprimir artigos da Resolução CGPC 26/2008 e o Deputado Ricardo Berzoini (PT-SP), se propõe a resolver o assunto fazendo mudanças na Lei Complementar 109, de 29.05.2001.


Mas as propostas não se conflitam e devemos torcer para que tenham bom curso e obtenham êxito.


É irrelevante o fato do Senador Paulo Bauer (PSDB-SC) ser da oposição e o Deputado Ricardo Berzoini (PT-SP) ser governista. O que importa é que ambos, embora por caminhos diferenciados, lutam a nosso favor.


A propósito, lembramos a máxima do Lider Chinês Deng Xiaoping, que sucedeu Mao Tsé-Tung, ao implantar reformas de cunho capitalista dentro do regime comunista chinês: “Não importa a cor do gato, desde que ele cace o rato.”


Existe um imenso trabalho de formiguinha a ser desenvolvido para a obtenção de apoio de candidatos políticos a essas propostas.


Para tanto, é preciso despertar os aposentados de sua aparente letargia para que se lancem à luta pela defesa de seus interesses e da sua sobrevivência.


As associações de aposentados e pensionistas têm um papel de vital importância nesse processo de mobilização e esclarecimento dos associados.


Mas , é fundamental que as associações se reciclem e se revitalizem para se desincumbirem com sucesso do papel precípuo para o qual foram criadas, que é defender os interesses dos aposentados e assistidos, principalmente nesta quadra tão aflitiva.


Frisamos que a AAFBB e a ANABB não são AABBs.


Seus objetivos são absolutamente diversos.


Por isso é preciso – no que tange especificamente à AAFBB - reavaliar a manutenção de sua sede campestre , pois é sabido que as receitas auferidas por essa sede em Xerém, não cobrem seus dispendiosos custos. Muito pelo contrário, essa sede é o principal sorvedouro dos recursos da AAFBB.


Ademais, só uma pequena parcela dos associados frequenta essa sede.
O que fazer? Vender, não vender, alugar, terceirizar, arrendar, partilhar com outras associações ou alguma outra sugestão?


Esse é um assunto a ser discutido de forma franca com o quadro social e levado para decisão em uma AGE. Se necessário, consultem especialistas na área imobiliária para ajudar na definição da melhor alternativa.


Não podemos é continuar indefinidamente arrastando esse imenso peso que freia o crescimento e a reestruturação de nossa AAFBB.


Os tempos são outros e não podemos nos permitir continuar com essa política perdulária.


As sedes sociais nas cidades devem ser priorizadas nos orçamentos das associações a fim de se modernizarem e atenderem às demandas prioritárias da maioria dos associados.


Essas sedes sociais, deveriam ser modernizadas e aparelhadas para ter um papel muito mais dinâmico de atuação, de discussão e de informação e atendimento ao corpo de associados sobre os assuntos de seu interesse.


Assembleias, simpósios, debates, encontros, congressos, e outros eventos do gênero, precisam ser incentivados e promovidos com muito mais frequência para atender da forma mais ampla possível a esses objetivos.


Representantes de outras categorias, estudiosos do assunto, políticos ligados às nossas causas, juristas e especialistas em áreas correlatas deveriam ser convidados para participar desses encontros.


Essas reuniões, fóruns de discussão e até assembleias não deveriam ficar restritas somente aos seus dirigentes e conselheiros.


Os aposentados e assistidos não só deveriam ser autorizados a participar , mesmo que seja na condição de convidados sem direito a voto, mas deveriam inclusive ser incentivados a comparecer a esses debates.


Trata-se de uma questão de sobrevivência atrair cada vez mais participantes para lutar por nossos direitos.


Dentro dessa meta, os auditórios precisariam ser otimizados, aumentados e modernizados com recursos tecnológicos os mais avançados.


As revistas e informativos dessas associações deveriam ser mais centradas nas matérias que atendam aos interesses diretos da massa de associados.


Comunicados e números extras dessas publicações deveriam ser publicados com mais constância , debruçando-se na análise pormenorizada dessas questões.


Como já comentamos em outra nota, o lado social, que dá colorido à vida das associações, deveria ficar limitado à sua real importância e não tomar tanto espaço nesses periódicos.


Os sites sempre tem espaço para maior engrandecimento e aperfeiçoamento.


Ressaltamos como exemplos de sucesso a Coluna Antenado, no site da AAFBB e o espaço Notícias, no site da ANABB.


São pontos cruciais de referência e, certamente, são os mais acessados nesses sites. São espaços que abordam os assuntos de interesse dos aposentados e pensionistas com extrema objetividade e franqueza.


Mas, mesmo sendo alvos de admiração pelo seu sucesso e importância , esses espaços poderiam ser aquinhoados com a colaboração de mais especialistas e estudiosos da área de fundos de pensão e de aposentadoria, cujas informações certamente seriam de imensa valia para os associados dessas entidades.


As associações deveriam dispor de centros de informática modernos, com boa assistência e orientação técnica para seus associados. Esses centros, que não precisam de muitos computadores, nos moldes das “lan houses” e “cyber cafes” , requerem um espaço bem limitado. Os jovens funcionários do BB, que são os novos membros dessas associações , são usuários contumazes de computadores e de acesso à internet.


Os associados mais antigos, de forma geral, encontram mais dificuldade no domínio do universo da internet e no manuseio de computadores. Aí entraria o papel dos assistentes e orientadores na área da tecnologia de informação.


Enfim, muita coisa tem de ser mudada para as associações se ajustarem aos novos tempos.


Mas é o preço a pagar pela sobrevivência.


Li uma nota recente em que um dirigente de associação afirma, de forma franca , que muitos associados estão se desligando do quadro das associações.


Porque? É um ponto a ser refletido e colocado em debate.


Como vivemos em uma democracia, onde impera a liberdade de expressão e a internet é território livre , abordamos, com nossa visão pessoal, esse e outros temas, que podem ir contra opiniões opostas. Não temos qualquer pretensão de ser os donos da verdade e nem estamos isentos de cometer falhas. Procuramos não ferir suscetibilidades e nem desmerecer a atuação elogiável dos representantes de nossas associações.


Por essas razões, estamos abertos e receptivos para receber quaisquer críticas , sugestões ou comentários sobre os temas abordados.


Atenciosamente

Adaí Rosembak
Associado da AAFBB e ANABB
adbak@uol.com.br


Tributo à uma Guerreira




Este é um artigo em que, pela primeira, vez, fugimos da norma de discutir assuntos e notificar ocorrências para fazer uma abordagem sobre uma personalidade de destaque na área do BB, PREVI, CASSI, entidades representativas e aposentados e pensionistas de EFPCs.

Em nossas crônicas e artigos sempre procuramos não fazer críticas pessoalmente invasivas.

 

Não sabemos como uma pessoa reage ao receber uma crítica de ordem pessoal.

 

As pessoas têm níveis de sensibilidade e de reação absolutamente diferenciadas de outras e que podem levar a um mero dar de ombros, a um estado depressivo ou a uma tragédia pessoal.

 

Como exemplo do que uma difamação pode causar, lembramos um acontecimento ocorrido em 22.01.1987, nos USA, com o político Robert Budd Dwyer, representante do Estado da Pennsylvania, que foi acusado de estar envolvido em negociatas com empresas ligadas ao Governo.

 

A repercussão do caso na mídia foi muito grande e ele convocou a imprensa para uma entrevista em que falaria sobre as acusações que lhe eram imputadas.

 

Transtornado, ele detalhou o assunto, do qual se dizia inocente e as consequências nefastas que se abateram sobre sua pessoa e sua família, em razão do caso.

 

Após a entrevista, em frente às câmeras de TV, que noticiavam a entrevista ao vivo para todo o território americano, o político, inesperadamente, sacou um revolver e cometeu suicídio dando um tiro embaixo do queixo.

 

No Brasil, tivemos o suicídio do Presidente da República, Getúlio Dornelles Vargas, em 24.08.1954, em meio a uma crise política, quando deixou uma carta testamento.

 

Esses são exemplos drásticos sobre os efeitos que calúnias ou ataques pessoais podem causar em pessoas mais vulneráveis e mais sensíveis a esse tipo de crítica.

 

Para evitar constrangimentos e reações que possam deprimir as pessoas e por princípios absolutamente éticos, somente citamos pessoas quando nos referimos a autores de postagens ou artigos constantes de blogs , sites de associações ou institucionais, ou quando o assunto é noticiado na mídia.

 

Limitamos nossas críticas ou comentários , com contra-argumentações e outras ideias mas sempre evitando achincalhar ou denegrir os personagens alvos de nossas críticas ou considerações.

 

Vivemos em uma democracia e temos o dever de respeitar a livre expressão de pensamento e de manifestação de outrem, por mais absurdas que essas ideias nos pareçam e por mais contrárias que sejam em relação aos princípios que julgamos corretos.

 

Procuramos seguir a máxima expressada por Voltaire : “Posso não concordar com nenhuma das palavras que você disser, mas defenderei até a morte o direito de você dizê-las”.

 

Há um pensamento expressado por Clarissa Corrêa, que também se insere nesse contexto, e que diz: “As pessoas precisam se respeitar mais. Não precisa concordar ou aceitar, mas o respeito é fundamental”.

 

Fizemos todo esse circunlóquio para chegar ao âmago do assunto que queremos abordar.

 

Estão surgindo, principalmente em grupos na internet, críticas e ataques pessoais extremamente caluniosos, depreciativos e degradantes , que são inaceitáveis e descabidos , contra representantes e defensores tradicionais dos interesses das causas dos aposentados e pensionistas do BB, que são líderes de grande representatividade e alta respeitabilidade.

 

Algumas das pessoas atacadas são alguns dos mais destacados, preparados, atuantes e valorosos defensores de nossas causas.

 

Tais investidas partem de pessoas que carecem do mínimo de preparo e postura para defender seus pontos de vista com elegância , inteligência e conhecimento de causa em um ambiente de cortesia e respeito mútuo.

 

Esses ataques indiscriminados e injustificados só servem para prejudicar e atrasar a defesa de nossas causas, pois são desvios do caminho correto e da forma civilizada de conduta na luta pelos nossos interesses.

 

Com esse comportamento tresloucado e destrutivo, no estilo “a la black block”, antecipadamente se prejudica, se compromete e se denigre a luta legítima desenvolvida pelos nossos representantes em fóruns, debates e discussões de alto nível junto ao Poder Judiciário, Poder Executivo e Poder 
Legislativo, isso sem contar com uma fina sintonia junto à mídia, o quarto poder.

 

A discordância de pontos de vista , a diversidade de opiniões, e a disputa entre grupos políticos diferenciados são componentes básicos do jogo democrático. Mas nessa disputa de natureza democrática deve imperar, repetimos, o respeito mútuo entre as partes.

 

Essa é uma luta que exige a presença de atores de elevado nível e refinada performance, de personagens bem preparados, inteligentes, bem informados , firmes e atuantes, de alto desempenho e resistência pessoais e, acima de tudo, visceralmente dedicados à causa que abraçaram.

 

Entre essas pessoas, destacamos a figura de Isa Musa de Noronha, que dedica sua vida e suas energias na defesa dos direitos dos aposentados e pensionistas do BB e dos aposentados como um todo.

 

Entre outras funções relevantes em outros órgãos, ela é a Presidente da FAABB – Federação das Associações de Aposentados e Pensionistas do Banco do Brasil, e vem se desincumbindo com sucesso e brilhantismo de sua função de congregação das entidades representativas de aposentados e pensionistas do BB.

 

Sua atuação direta, objetiva e firme se reflete em todas as causas ganhas e nas ainda em curso na defesa de assuntos de nosso interesse.

 

Por trás de seu estilo calmo, simples , ponderado, desprendido, despojado, de comportamento manso ,fala baixa, paciente , boa ouvinte, “que trabalha em silêncio” e que são características dessa mineira nascida em Tres Corações, se escondem e camuflam outros aspectos importantes de sua personalidade: seu lado arguto, ágil, combativo, audaz, inteligente , e sempre em alerta na defesa daqueles aos quais dedicou sua vida: os aposentados de todas as categorias e os aposentados e pensionistas do BB em particular.

 


Por essas características pessoais tão fortes e valiosas , tenho pena daqueles que assacam inverdades e calúnias contra uma mulher com a fibra e estatura moral de Isa Musa.

 

Pessoas como Isa Musa são especiais, foram abençoadas por Deus de forma privilegiada, são forjadas com a mesma têmpera de personalidades como Golda Meier, Margareth Thatcher ou Indira Gandhi, entre outras.

 

São personalidades que pairam acima de futricas , de politicagem de baixo nível e de ataques sorrateiros e covardes.

 

Suas ações, objetivos e sonhos perpassam e transcendem essas simplórias limitações humanas.

 

Pessoas assim nascem com características pessoais incomuns na maioria dos mortais: têm uma força e uma energia incomensuráveis, têm uma sensibilidade extremamente apurada para a percepção antecipada do perigo iminente e uma capacidade nata de perceber com o simples olhar os instintos e a natureza dos pensamentos de seus semelhantes.

 

Assim, senhores detratores, ponham suas barbas de molho e embainhem suas armas pois a luta é muito desigual e a derrota é certa.

 

Sigam o princípio de que forte é aquele que sabe avaliar a força de seus adversários.

Adaí Rosembak




Conhecendo a CASSI




 Dia 15.08.2013, a CASSI promoveu um excelente debate com a Diretora de Planos de Saúde e Relacionamento com Clientes, Sra. Mirian Fochi, no Auditório do Banco do Brasil/ SEDAN , Centro/RJ.
 

Esse evento foi comunicado com muita antecedência para todos os associados da CASSI.
 

Foi um momento de apresentação minuciosa do funcionamento e da estrutura da CASSI, dos novos desafios e das perspectivas de ampliação e de aperfeiçoamento do sistema de atendimento e de serviços daquela instituição.
 

O debate foi amplo, franco e aberto para todos, e propiciou esclarecimentos sobre diversas dúvidas e problemas com que os usuários comumente se defrontam no relacionamento com a CASSI e que, muitas vezes, os usuários não entendem por falta de esclarecimentos mais aprofundados como os que foram prestados naquele evento.
 

Aspectos importantes e detalhados, que fogem às limitadas explicações de um manual de serviços, foram abordados e debatidos, dúvidas de toda ordem foram esclarecidas, casos singulares foram apresentados, enfim, uma rica e diversificada gama de assuntos foi discutida, mostrando porque, indiscutivelmente, a CASSI é o melhor e mais abrangente plano de assistência de saúde existente no Brasil dentro de seus custos e da amplitude de serviços prestados.
 

Muitas críticas infundadas, expostas na internet, foram levantadas e desmistificadas, tais como a limitação de serviços e a carência de instituições médicas credenciadas. Hoje, a CASSI pode se orgulhar de prestar uma excelente e ampla assistência médica e contar com alguns dos melhores hospitais do Brasil.
 

Estavam presentes àquele conclave gerentes da CASSI-Rio de Janeiro, integrantes do Conselho de Usuários da CASSI, presidente e diretores da AAFBB e de outras associações, representantes sindicais do Rio de Janeiro e de outras cidades, aposentados e pensionistas do BB usuários da CASSI, enfim, um conjunto diversificado de pessoas interessadas em conhecer a CASSI de forma mais aprofundada e que foram amplamente beneficiadas pelo vasto conhecimento adquirido naquela reunião.
 

Mas o auditório do SEDAN é imenso e muitas cadeiras ficaram vazias.
 

O dia estava frio e chuvoso e haviam sérios distúrbios na proximidade do SEDAN, Centro RJ, com a interrupção da circulação de veículos e choques entre manifestantes e forças de segurança.
 

Com certeza essas foram razões relevantes para o não comparecimento maciço de interessados no evento.
 

Ressaltamos que é recomendável que, principalmente os aposentados e pensionistas do BB, nunca percam a oportunidade de comparecer a reuniões da espécie, que abordam assuntos como a CASSI, a PREVI e outros, para se manterem atualizados e alertas em relação a assuntos que nos atingem diretamente. Esses também são momentos para reencontrar colegas aposentados, fazer novos amigos, trocar ideias e saber das novidades e das mudanças do BB na atualidade.
 

Existem outras fontes relevantes de informações, tais como a coluna “Antenado”, do site da AAFBB e a coluna “Notícias” , do site da ANABB, que apresentam excelentes artigos de dirigentes daquelas associações.
 

Outras meios de informação, são diversos blogs que apresentam e discutem nossos assuntos de forma bem crítica e objetiva. Citamos, dentre os mais importantes: 
o blog Olhar de Coruja, de Leopoldina Correa, 

o blog de Cecília Garcez

o blog Previ-Cassi-Anabb, de Antônio José de Carvalho, entre outros.
 

Isso sem contar os sites institucionais da PREVI, CASSI, ANAPAR e outros tantos.
 

A aposentadoria é um tempo de crescimento e participação.
 

Mas, para sermos participativos, precisamos estar bem informados e atualizados.
 

Para ser participativo e fazer críticas ou apresentar sugestões, não é necessário estar ligado diretamente a qualquer associação.
 

Aliás, é importante ressaltar que, o fato de não estarmos diretamente vinculados a nenhum grupo ou associação, nos dá uma autonomia e liberdade de expressão muito grande e nos libera de qualquer receio ou melindre de ferir interesses corporativos ou suscetibilidades pessoais de quem quer que seja.
 

Nessa altura do campeonato da vida, não devemos nos deixar cercear por barreiras ou críticas na expressão de nossas ideias.
 

Não devemos ter escrúpulos de denunciar o que consideramos incorreto e devemos bater forte nos que tentam nos calar.
 

Temos um histórico de vida rico de experiências – boas e más.
 

Vamos usar essa experiência para nosso crescimento e aprimoramento pessoal bem como da sociedade em que vivemos.
 

Como diz um ditado , a vida não é nem completamente boa nem completamente má, ela é entremeada de momentos bons e momentos maus.
 

Vamos então procurar, com a nossa experiência, entremear a vida com o máximo possível de momentos bons e procurar nos desvencilhar dos momentos ruins.
 

Enfim, vamos viver a vida da melhor maneira possível.

Adaí Rosembak
Associado da AAFBB e da ANABB





 Mecanismos de Proteção


COMPANHEIROS,
 

Repete-se no atual episódio do POSTALIS , que investiu pesadamente no Grupo EBX , o que aconteceu no AERUS : o assunto só veio à baila depois do fato consumado.


No caso do AERUS , ainda restam idosos vivos – pois grande parte já morreu devido ao trauma – a clamarem por justiça para seus justos pleitos junto ao Poder Executivo, ao Poder Judiciário e ao Poder Legislativo.


Nesse episódio, onde se coloca a PREVIC- Superintendência Nacional de Previdência Complementar, que é o órgão responsável pela fiscalização e supervisão das EFPCs? Que fiscalização e supervisão foram exercidas no caso AERUS ?


Não se diga que a PREVIC foi pega de surpresa. Esse assunto já vinha se estendendo por muito tempo antes de desembocar nesse desfecho dramático. E dramático somente para os aposentados e pensionistas, pois os verdadeiros causadores desse cataclismo continuam impunes. E qual foi a "Solução"  imposta aos aposentados e pensionistas do AERUS ?


Simplesmente a eliminação de seus fundos de pensão e de assistência, pelo qual pagaram durante toda a vida, deixando-os morrer à míngua depois de velhos e alquebrados. Literalmente !!!


A propósito, fiquei profundamente sensibilizado ao assistir o depoimento da Sra. Graziella Baggio, Secretária de Assuntos Previdenciários do SNA-Sindicato Nacional dos Aeronautas, em Audiência no Senado Federal promovido pelo Senador PAULO PAIM (PT-RS), em 26.06.2011.


Recomendo que os colegas vejam esse tocante depoimento, bem como o do representante do TCU, Sr. Fernando Albuquerque Faria, no blog “Olhar de Coruja”, link “Fundo de Pensão-Ruy Brito” (Sra. Graziella Baggio, parte 9, quadros a / b e Sr. Fernando Luiz Albuquerque Faria, parte 8 , quadros a / b).


Primeiramente, vem o enfoque do representante do TCU, que apresenta um corolário de firulas jurídicas e outras disposições técnicas e legais, todas sendo discutidas em rodadas com diversos órgãos do governo.


Em seguida, a Sra. Graziella Baggio, apresenta toda a sequência de interferências governamentais que levaram à desestruturação da AERUS , com a usurpação do patrimônio dos fundos de assistência e previdência e terminando com a ruína das famílias dos aeroviários que foram lançados na miséria e que resultou no falecimento de muitos.

É mostrado o descomprometimento da PREVIC em relação à fiscalização das EFPCs e a irresponsabilidade de diversos órgãos governamentais naquele triste episódio que arruinou a vida de milhares de pessoas e levantou suspeição e insegurança em relação a todo o sistema de previdência complementar privada no país.


E, o que considero mais importante, a Sra. Graziella Baggio apresenta as alternativas legais para reverter o quadro catastrófico causado pelo governo por medidas intervencionistas demagógicas, malévolas e arbitrárias que prejudicaram todo o conjunto de empresas aéreas.


No final da apresentação, com os olhos já lacrimejantes e com a voz embargada pela emoção, a Sra. Graziella Baggio apresenta uma sequência de fotos com os atos de protestos do aeroviários, todos idosos, alguns já falecidos em consequência da intervenção.


Em outro episódio, compareci pessoalmente a uma assembleia do AERUS em um auditório completamente lotado, onde, em meio a um ambiente de desespero e consternação, o interventor governamental, em sua exposição fria e calculista, não apresentou qualquer esperança de efetiva solução para o drama dos aposentados e pensionistas ali presentes, deixando o recado de que o que restava do fundo do AERUS se esgotaria em poucos meses , que o tema já havia sido discutido e resolvido e que, portanto, dentro daquela ótica, era um assunto já definido e encerrado.


O que é isso? Que desumanidade é essa? Onde está a Justiça? Estamos voltando à lei da selva?


Não tem nenhum problema resolvido !!! A luta continua !!!
E qual assunto é mais prioritário como o da solução do AERUS para a sobrevivência e segurança dos fundos de pensão, cara-pálida ?


Deus queira que esses sobreviventes do AERUS não esmoreçam e não desistam de sua luta. Se eles caírem e forem derrotados estará decretado o fim da credibilidade e da segurança do sistema de fundos de pensão no Brasil e estaremos entregues às feras.


Se existe uma causa digna de ser defendida neste país pelos manifestantes nas ruas e pela turba violenta dos black-blocs é essa causa do AERUS.


É importante que os aposentados e pensionistas do POSTALIS estejam atentos para o que aconteceu com o caso AERUS, e pela ação destemida dos participantes daquele fundo de pensão na defesa de seus direitos.


Corram atrás do prejuízo, procurem os responsáveis pela lambança dos investimentos no Grupo EBX, pois o que está em jogo é o futuro de suas vidas e de suas famílias. Quem vai cobrir o rombo no POSTALIS? Quem vai ser responsabilizado? Qual está sendo a atuação da PREVIC nesse caso? Tudo isso precisa ser investigado e questionado a fundo !! Chega de firulas, melindres e salamaleques !! Não se deixem pisotear !! Partam para a luta !!


Outros problemas pertinentes a diversos fundos de pensão continuam sem solução adequada até o momento.


Citamos o caso da quebra dos direitos dos ex-funcionários do BANERJ, a atual ameaça ao Fundo PORTUS em que as patrocinadoras se recusam a contribuir para o fundo de pensão e a desestruturação do CAPAF – Caixa de Previdência Complementar do Banco da Amazônia S.A., que só teve a contribuição da patrocinadora paga por liminar judicial.


Essas situações não resolvidas e outras que poderão surgir em outros fundos de pensão, lançam suspeita e insegurança generalizada sobre o papel de fiscalização e supervisão da PREVIC e à atual sistemática de investimentos e gerenciamento dos fundos de pensão.


Por isso, sugerimos que é necessário criar mecanismos que detectem tais irregularidades, de forma preventiva e não investigativa, após o problema criado, como ocorreu nesses casos.


O que está em jogo é a sobrevivência de milhões de famílias de aposentados e pensionistas das EFPCs que, durante toda sua vida produtiva, investiram parcelas significativas de seus rendimentos em fundos de pensão, como forma de garantir uma vida digna para si e seus familiares, quando estivessem aposentados, velhos, doentes e alquebrados.


Tomar consciência dos problemas nos fundos de pensão, depois da porta arrombada e não tomar qualquer iniciativa que garanta os direitos dos que investiram nesses fundos de pensão, como é o caso chocante, voltamos a repetir, do AERUS , é um atestado de incompetência no trato da matéria, desrespeito aos direitos adquiridos dos que investiram nos fundos , rompimento de atos jurídicos perfeitos e, o que é pior, é a causa de um profundo mal estar e insegurança que se espraia entre os milhões de contribuintes nos fundos de pensão.


É preciso deixar claro que a formação de novos fundos de pensão é uma medida que continua a ser incentivada, principalmente pelo próprio Governo, como uma forma de se livrar do crescente financiamento público da previdência oficial, que é a causa do maior rombo no orçamento do Governo.


Delegar somente à PREVIC – Superintendência Nacional de Previdência Complementar, uma autarquia vinculada ao Ministério da Previdência Social, a missão hercúlea de fiscalização e supervisão de todas as entidades fechadas de previdência complementar - EFPCs , é uma tarefa absolutamente utópica e sem a mínima condição de ser cumprida, face à diversidade, complexidade e gigantismo do universo dos fundos de pensão.


É preciso criar, dentro da brevidade possível, para proteger os aposentados e pensionistas face à eventuais problemas ou extinção de EFPCs ,um fundo conjunto garantidor de cobertura de pensões , que poderia ser sustentado com contribuições governamentais e patronais, proporcionais ao patrimônio de todos os fundos de pensão.


Os bancos já criaram o Fundo Garantidor de Créditos – PGC , que garante os depósitos no limite de até R$ 250 mil por cliente nos casos de bancos que sejam fechados pelo Banco Central.


Paralelamente, sob o controle dos fundos de pensão, também deveria ser criado um Centro de Estudos de Gerenciamento de Fundos de Pensão e de Análise de Investimentos de Fundos de Pensão. Esse órgão teria a função de aperfeiçoar sistemas de gerenciamento para os diversos segmentos de fundos de pensão com poder de, paralelamente com a PREVIC, desenvolver mecanismos de auditoria e intervir de forma preventiva em casos em que se notem indícios de irregularidades.


Em relação à análise de investimentos, seriam desenvolvidos estudos, análises e pesquisas aprofundadas, em conjunto com especialistas da área do mercado de capitais, do mercado acionário e representantes dos fundos de pensão, que unificariam linhas de ação e selecionariam áreas seguras de investimentos para o conjunto de fundos de pensão.


Essas são sugestões que, obviamente, exigirão grandes esforços em conjunto e amplitude de ação para congregar todos os órgãos envolvidos para uma meta comum.


Seriam iniciativas que facilitariam em muito a missão da PREVIC que teria condições de se desincumbir de seu papel primordial de fiscalização e supervisão das EFPCs, de forma mais eficiente, abrangente e segura, com o amparo desse novo órgão de atuação no campo de gerenciamento e análise de investimentos das EFPCs.


Finalmente, e o mais importante, com as iniciativas ora sugeridas, problemas como os acima apontados teriam condições de ser detectados antes que se tornassem em fatos consumados, e o sistema de Entidades Fechadas de Previdência Complementar – EFPCs seria melhor disciplinado, fortalecido e aperfeiçoado.


Está lançada a sugestão.



Parabéns à PREVI e ao BB

Nós, aposentados e pensionistas do BB, temos contenciosos com o próprio BB, a PREVI, a PREVIC e outras autarquias, em vários pontos, tais como artigos da Resolução CNPC 26 que permitem a retirada de superávits pelo patrocinador, a adoção de teto para altos executivos do BB que excedem os limites estabelecidos pela PREVI para remuneração de aposentados, a retirada do patrocinador dos fundos de pensão, e outras questões.
 

Mas temos de parabenizar os dirigentes da PREVI e do BB, em relação ao presente episódio do afundamento do Grupo EBX.
 

Ambas as instituições agiram de forma sensata, conservadora, criteriosa, e amparadas em rigorosas análises econômico-financeiras, que evitaram que seus patrimônios fossem comprometidos em um projeto extremamente ambicioso e arrojado, mas sem aprofundamento técnico e nem adequado planejamento econômico-financeiro.
 

Houve um pequeno prejuízo no investimento em ações do grupo que não causou maiores consequências. Afinal de contas, precisamos admitir que eventuais perdas são riscos inerentes a aplicações no mercado acionário.
 

Já o caso do POSTALIS foi mais sério. Sua exposição às empresas do Grupo EBX foram de grande monta. Como sempre, na hora de apresentar resultados negativos, os prejuízos são escamoteados, diluídos, tergiversados, desviados , e ninguém é responsável, pois “filho feio não tem pai”.
 

Se tivesse havido lucro, as manchetes estariam em toda a mídia, e cada dirigente estaria defendendo sua imagem e o seu relevante papel no bom desempenho dos investimentos.
 

Esses são detalhes comportamentais que fazem parte da natureza humana.
 

Muitos criticam Eike Batista por ter sido um sonhador, um aventureiro, um imaturo, um enganador.
 

E quem investiu nas ações de seu grupo ?
 

Não se deixaram enganar pelo encantador de serpentes ?
 

Aliás, palmas para Eike Batista, pois todo grande vendedor deve ser um bom encantador de serpentes.
 

E , esses “investidores”, de moto próprio, não surfaram na onda com o comportamento de “especuladores irresponsáveis” e não como investidores, para auferir lucros fáceis e rápidos sem análise nem esforço ?
 

Pelo menos Eike Batista tinha um projeto bem equacionado.
 

Ele sonhou alto e perdeu.
 

Alberto Santos Dumont se estatelou no chão várias vezes até ter exito com o 14-bis em 1906.
 

Todos foram sonhadores.
 

Mark Zuckerberg também foi um visionário quando criou o Facebook. O banqueiro que duvidou de seus sonhos hoje se arrepende por não ter dado ouvidos e nem apostado naquele garoto sonhador.
 

Porisso, não se pode comparar Eike Batista com Naji Nahas.
 

Naji Nahas sim, esse foi um manipulador do mercado acionário que levou a Bolsa de Valores do Rio à falência na década de 80.
 

Não construiu nada, não criou nada, só deixou prejuízos.
 

Foi um mega especulador cujo único objetivo foi ganhar dinheiro em cima de micro-aventureiros , micro-especuladores que foram, de fato, macro-perdedores e macro-otários.
 

Esses, de fato, foram iludidos que se deixaram levar pela ânsia de enriquecer fácil em cima de golpes de um manipulador do mercado acionário.
 

Não é o caso de Eike Batista.
 

Analisei com apuro a maioria de suas palestras e exposições na mídia, em universidades, para grupos estrangeiros, etc.
 

Realmente, o homem é um encantador de serpentes.
 

Mas, além de seu magnetismo pessoal, sua carga de informações, sua inteligência , seu arrojo, sua experiência e seu desempenho pessoal geral, Eike Batista tinha um projeto real, palpável que, se não fosse a “furada” do petróleo da OGX em águas rasas, teria tido êxito.
 

Tanto que, mesmo agora, na liquidação de seu patrimônio, partes de seu império estão sendo disputados por grandes grupos nacionais e internacionais, e cujas vendas poderão cobrir grande parte ou até a totalidade de seus prejuízos.
 

Várias falhas podem ser apontadas em seu desempenho : excesso de otimismo, falta de análise e planejamento, pressa, personalismo e outros problemas.
 

Mas – sempre o “mas” – e se – sempre o “se” – os campos de petróleo off-shore (prefiro a terminologia em português “no mar” ou “em águas profundas”) tivessem sido produtivos como, é importante frisar, atestaram vários “experts” e “empresas especializadas” no ramo, que Eike Batista contratou?

Tudo teria dado certo.
 

O sonho teria se consolidado.
 

O BNDES estaria sendo consagrado como o maior indutor do progresso no Brasil. O Fundo de Pensão POSTALIS estaria nas nuvens. O ITAÚ, o BRADESCO, o BTG, isso sem contar a CAIXA ECONÔMICA, estariam sendo endeusados. Os acionistas (especuladores) do Grupo EBX estariam recebendo gordos dividendos e as ações estariam valorizadas.
 

Enfim, tudo seria o melhor dos mundos.
 

E, quem sabe o sonho de Eike Batista, de se tornar a maior fortuna do Mundo, já não seria manchete na Forbes?
 

Mas o imponderável está sempre à espreita.
 

Hoje Eike Batista é um homem amargurado, atormentado e infeliz. Não dá mais entrevistas, não vai mais a restaurantes, raramente sai de casa,não está mais no twitter . Tornou-se um recluso.
 

Suas atenções e suas energias estão focadas na recuperação de suas empresas, na sua saúde e imagem pessoal e nos cuidados com sua família.
 

Para nosso próprio bem, torçamos para que não entre em depressão.
 

Já Naji Nahas, depois de arrasar o mercado acionário, sumiu. Deve ter ido para Paris, que era um de seus “points” prediletos, usufruir os polpudos resultados de suas operações.
 

Por isso, voltamos ao papel da PREVI para frisar que ela agiu de forma conservadora, não investindo em uma aventura sem respaldo técnico e sem criteriosas análises econômico-financeiras que comprometeriam os capitais dos aposentados e pensionistas do BB.
 

A PREVI, nesse episódio, estabeleceu um parâmetro no mercado acionário: o papel dos fundos de pensão tem sempre de ser investidores conservadores e nunca especuladores.
 

O patrimônio dos fundos de pensão, nunca é demais repetir, é que respalda a aposentadoria dos seus aposentados e pensionistas.
 

Porisso, o papel de investidores ou especuladores em projetos inovadores e revolucionários , por mais atrativos e promissores que sejam , como foi o caso do Facebook, de Mark Zuckerberg, só pode ser assumido por um investidor independente, por sua própria conta e risco.
 

A edição 1045, ano 47, nr. 13, de 24.07.2013, da 

Revista Exame, estampa a reportagem “Colapso”, 
em sua capa.
Retrata a implosão do grupo EBX, por imprudência, imprevisibilidade, excesso de otimismo e outras falhas.
 

O artigo “Colapso” é um alerta e uma lição sobre o que se deve e o que não se deve fazer no mercado acionário e uma cartilha aos analistas sobre cautelas a tomar em relação à análise dos grupos e empresas nos quais os fundos de pensão , bancos e grupos financeiros investem seus capitais. Seria interessante, diria até obrigatório, a PREVI e outros fundos de pensão repassarem esse artigo para seus analistas e executivos.
 

O BNDES está prestes a passar por uma CPI sobre uma perda já avaliada em R$ 10.400.000.000,00 por investimentos no Grupo EBX.
 

Certamente o Presidente do BNDES, Sr. Luciano Coutinho, terá de dar muitas explicações por tanta solicitude do BNDES com o Grupo EBX.
 

Felizmente, para a PREVI e os demais fundos de pensão, o prejuízo apresentado pelo BNDES, não afetará somente os aposentados e pensionistas, mas se diluirá para todo o povo brasileiro que paga escorchantes impostos.
 

Pena que essa dinheirama não tenha sido canalizada para a educação e a saúde.
 

É preciso considerar que a concessão de um financiamento do BNDES a uma empresa pode ser considerada como um aval e um sinal verde ao mercado sobre a saúde econômico-financeira da beneficiária.
 

Consideramos que não só o BNDES deveria passar por uma CPI mas também a CAIXA ECONÔMICA FEDERAL, a BOVESPA e a CVM deveriam ser submetidas à mesma varredura.
 

Esses são órgãos do Governo responsáveis pela correta aplicação do patrimônio público.
 

E o POSTALIS, por analogia, deveria ser auditorado pela PREVIC.
 

É preciso esclarecer como o “POSTALIS”, que deveria ter sido extremamente criterioso em suas aplicações, face à responsabilidade em relação aos aposentados e pensionistas dos Correios, entrou nessa empreitada. Certamente não foi baseado em apuradas análises técnicas. Mas, talvez, a reboque do exemplo do BNDES.
 

E a BOVESPA? E a CVM?
 

O que dizer da falta de critérios do IBOVESPA que deixa de fora de seus índices oficiais grupos sólidos e mantém o Grupo EBX?
 

Aliás, o aprendizado e a modernização da Bolsa é um processo difícil. Voltamos a citar o caso NAJI NAHAS, que quebrou a Bolsa do Rio nos anos 80. Já era tempo de a Bolsa não seguir encantadores de serpentes e ter um procedimento mais ortodoxo em suas análises.
 

Face a tudo que foi acima exposto e para evitar prejuízos repetitivos aos fundos de pensão, sugerimos a criação de um centro conjunto de estudo e análise de aplicações e gerenciamento de fundos de pensão , que congregue todos os fundos de pensão a par com a PREVIC.
 

Delegar inteiramente à PREVIC esse papel de gerenciamento , supervisão e análise de aplicações de todos fundos de pensão do país é uma tarefa absolutamente utópica pelo gigantismo, diversidade e complexidade do universo dos fundos de pensão.
 

Está dada a sugestão.

Adaí Rosembak
Associado da AAFBB e ANABB




 A Internet e a Democracia
 

A Idade da computação e da internet, além de ampliar de forma inimaginável a capacidade de comunicação e produção , revolucionou nossos conceitos de democracia e liberdade de expressão.



Lembro-me , quando entrei no BB, no idos de 1962, como o banco era limitado em sua capacidade operacional.
 

Era o tempo da máquina de escrever, do carbono e da borracha.
 

O limite de impressão era, no máximo, de 6 cópias, intercalando folhas de papel carbono entre cada folha de papel. E tínhamos que datilografar com toda a força , senão a última folha ficava ininteligível.
 

Quando se cometia qualquer falha, tínhamos de apagar o erro a borracha, folha por folha de papel, retirando e depois repondo as folhas de papel carbono.
 

Hoje é só apertar a tecla de “delete” e imprimir o dado correto e ainda tem o programa de correção de texto para ajudar. O carbono e a borracha desapareceram, e pode-se imprimir quantas cópias forem necessárias.
 

Os “extratos” das contas bancárias eram cópias finas de papel tiradas a carbono das fichas bancárias dos clientes.
 

Atualmente, no celular , no desk-top, no lap-top, no tablet, no i-pad, no mini-pad, nas máquinas das agências e, não sei mais onde o que vem por aí, você tira extratos e faz suas operações bancárias.
 

O serviço de cobrança era uma barbaridade.
 

Tinha o livro de registro de títulos, onde cada título era registrado, por ordem cronológica de entrada. Era um livro colossal, capas duras e grossas, largo, muito alto e com pinos de aço, que eram tirados para o encaixe de mais folhas.
 

E lá ficávamos nós – tal como escribas da Idade 

Média à frente de imensos livros sagrados – a registrar , à caneta, título após título, tirados dos amarrados de títulos.
 

Tinha o arquivo de cobrança que era para o atendimento direto ao público, por ordem cronológica e, dentro de cada dia, por ordem alfabética.
 

E, ainda tinha o arquivo de responsabilidade do sacado, onde eram guardadas, por ordem alfabética, uma das cópias do conjunto de cobrança. Era um arquivo de metal, imenso, com várias gavetas largas entupidas com as “cópias de responsabilidade do sacado”.
 

O subgerente da agência decidiu transferir esse arquivo do segundo para o primeiro andar da agência para unificar todo o setor de cobrança. Do primeiro degrau, do alto da imensa escadaria no segundo pavimento da agência, o arquivo pesadíssimo, escorregou e despencou, como um bólido, pelos diversos lances de degraus até o primeiro andar.
 

Um barulho ensurdecedor. O arquivou se despedaçou, as gavetas se arrebentaram e milhares e milhares de cópias se esparramaram por todo o saguão da agência.
 

Era impossível recompor o arquivo de “responsabilidade do sacado”.
 

Eu, com meus 18 anos, estava boquiaberto com aquele desastre, e mal continha meu risinho sarcástico. O subgerente estava completamente descontrolado, aos berros e com as mãos na cabeça. Chamava os encarregados da mudança de desastrados, retardados, ignorantes, e por aí vai.
 

O sistema de comunicação entre agências era por telefone. Aquele velho telefone preto – hoje visto em novelas de época e encontrado no Museu do 
Telefone. Nem telex existia.
 

Como tinha boa dicção, fui encarregado de transmitir e receber mensagens.
 

Como tinha de gritar !! Principalmente quando eram mensagens para outros estados.
 

No meio daquele monte de mensagens para transmitir, me passaram um trote.
 

Lá estava uma mensagem com o seguinte parágrafo:
 

Sacado: “H. Romeu Pinto”.
 

E eu a gritar cada vez mais alto, pois o colega na outra ponta da linha reclamava que o som estava baixo. Até que me dei conta do papelão.
 

O povo se fartava de rir.
 

Mas arcaico mesmo era o sistema de caixa.
 

Imaginem: ainda nem existia o caixa-executivo !!
 

Era o tempo da “gaiola”. O caixa ficava dentro de um compartimento cercado de grades ao qual só ele tinha acesso.
 

Vejamos como se processava o roteiro de pagamento de um simples cheque.
 

O cheque era entregue pelo cliente ao atendente que lhe dava uma placa de metal com um número, por exemplo, número 15. O cliente ia para a frente da “gaiola” , com a placa, esperar o caixa chamar o número 15.
 

Esse 15 era anotado no verso do cheque. A seguir, o cheque ia para o conferente de firmas que, com o óculos na ponta do nariz e cabelos brancos encaracolados , parecia um sábio. Ele dava o OK ao lado da assinatura e autografava, confirmando que a firma conferia. Dali, o cheque seguia para o arquivo de “fichas de contas” , onde era anexado com um clips à ficha do cliente. Passava para o escriturário que colocava a ficha na máquina de escrever, e datilografava todos os dados do cheque na mesma, registrando o valor do cheque e o novo saldo da conta. Aí era passado para o chefe do setor – figura importantíssima - que conferia os dados do cheque apostos na ficha do cliente. O chefe colocava o OK, autografava e passava para o funcionário do controle de caixa. Esse “controle de caixa” era uma folha imensa onde eram anotados, a mão, todos os pagamentos e recebimentos do dia . Com base nessa folha é que o movimento de caixa era fechado no fim do expediente.
 

Finalmente, o cheque anexado à ficha do cliente com a senha número 15, era jogado em uma rampa de madeira, e caia em cima dos documentos que já estavam em uma bandeja de documentos dentro da “gaiola” do caixa.
 

Ao iniciar o expediente, o caixa deveria pegar a primeira senha com os respectivos documentos que estava embaixo da pilha de documentos , pois era o primeiro documento que caiu pela rampa, no caso a senha 1 e chamaria, alto e bom som, pelo número 1. O cliente compareceria na boca do caixa com a ficha de metal 1 e efetuaria o pagamento/recebimento.
 


Mas – sempre tem um “mas” para dar cor aos “causos” - o caixa era um garboso rapaz que “entornava” um pouco acima da média e, dia sim dia não, ou melhor, dia sim e outro também, entrava no guichê trocando as pernas e com um forte cheiro de aguardente . E ainda levava uma garrafa sobressalente que guardava embaixo do guichê.
 

Apesar do detalhe da aguardente, era um excelente caixa. Ele nunca apresentava diferença de caixa no fim do dia. Era infalível – nunca errava.
 

Passava por um momento infeliz na vida pois, uma jovem prendada pela qual ainda era apaixonado e com a qual tivera um envolvimento, o abandonou para voltar a viver com o marido.
 

Andava amargurado e triste e, quando entrava na gaiola, e os clientes esfregavam as fichas de metal na grade e falavam alto e sem parar igual a gralhas, ele parecia que ia explodir.
 

Usava de alguns métodos diabólicos para se vingar daquela falta de respeito por parte da clientela.
 

O golpe mais inocente, era inspirar profundamente e soltar o bafo de cachaça direto na cara dos clientes. Isso os fazia recuar um bom pedaço. O bafo deveria ser terrível embora nunca o tenha inalado.
 

O segundo artifício, era começar o trabalho chamando pela ficha 15, que havia sido a última a cair pela rampa, em lugar da ficha 1, que era a primeira que deveria ser chamada.
 

Estava criado o caos.
 

Os clientes, já irritados de tanto esperar, gritavam e reclamavam da falta de ordem no atendimento do caixa.
 

Por fim,propositalmente, ele respondia à multidão, de forma bem baixa, quase inaudível, justamente de maneira a dificultar a alguém ouvir o que dizia. 

A única coisa que se entendia, com os clientes amontoados , ouvidos encostados na grade e suportando o “bafo da aguardente”, era que não podia falar mais alto por causa de “uma inflamação na garganta”.
 

Os funcionários se torciam de rir.
 

Tínhamos um chefe de tesouraria que era um excelente jogador de basquete.
 

Para mandar os milheiros de notas, ou “tijolos”, para os caixas que estavam nas gaiolas, ele os lançava pelo ar, da porta da tesouraria, com tal precisão que caiam pela abertura de cima das “gaiolas”. Os caixas, como parte do espetáculo, pulavam e os pegavam no ar. A clientela vibrava com aquela performance.
 

A nossa salvação é que tínhamos um gerente fantástico. Era um contemplativo, o pai da serenidade. Via aquilo tudo como se estivesse assistindo a um recital e curtindo cada momento. 

Chamava o caixa beberrão de “meu filho” e o aconselhava, em tom pastoral, em vão, a beber água em lugar de cachaça.
 

Esse gerente deixou saudades.
 

Mas, a par dessas exceções, esse era um período de arbitrariedades e injustiças que provocavam muita revolta e desajustes pessoais.
 

Tínhamos expediente aos sábados, de 8.00h às 14.00h, mas sempre saíamos mais tarde devido à carga de trabalho.
 

Mulheres ainda não trabalhavam no Banco.
 

Assinávamos uma folha de horas extras mas, no fim do mês, em razão da agência não apresentar lucro ou, mesmo que apresentasse lucro, a critério dos tirânicos chefes à época, as horas extras eram cortadas arbitrariamente. E não havia a quem reclamar.
 

Existia um horário de entrada mas não havia horário de saída.
 

Em um dia de muito movimento, tivemos várias diferenças que só conseguimos achar à 01.30h da manhã. Estava tão cansado, pois havia chegado na agência às 7.00h da manhã do dia anterior, que acabei dormindo na própria cadeira e só acordei com a chegada dos colegas na agência. Recomecei o expediente do dia a partir daquela hora.
 

A disciplina era férrea.
 

Um atraso de 5 minutos já era justificativa para o ponto ser cortado.
 

Tínhamos de trabalhar de barba feita, cabelos aparados , sapatos engraxados e bem trajados.
 

À tarde, as meninas que saíam do colégio, passavam pela porta do banco para paquerar os funcionários, pois éramos os melhores “partidos da cidade”. Um gerente, ao perceber que os funcionários se distraiam com as garotas, mandou pintar a porta da agência de preto.
 

Em outra agência, a tampa do vaso sanitário foi quebrada. O gerente criou “o livro do banheiro”, ou seja, antes de usar o banheiro, você tinha de verificar se tudo estava em ordem. Se fosse notado qualquer problema, o último funcionário que havia assinado o livro pagaria pelo custo do conserto.
 

Mas existiam ações de retaliação.
 

Havia um gerente que perseguia sistematicamente um contínuo que tinha dívidas e sérios problemas pessoais.
 

A forma do contínuo se vingar era – desculpem-me a descrição fiel dos fatos – cuspir e esfregar o , digamos, “instrumento de realização viril” na xícara, antes de servir o café ao gerente. 

Era a única hora em que o gerente elogiava o rapaz. Justamente pelo “delicioso” café.
 

Nós, adolescentes, ríamos com tudo aquilo.
 

De outra feita, um inspetor , após o almoço, foi tirar uma soneca no fundo da agência. A peruca que usava ficou presa em uma ponta de gaveta, deslocou-se e acabou grudada em cima da testa e do nariz do dorminhoco inspetor. Fotografias foram tiradas enquanto o homem dormia.
 

Aliás, as estórias de inspetores eram fartas.
 

Um outro inspetor, apareceu repentinamente na agência, e requisitou ao gerente dois funcionários para o ajudarem. Apesar da carência de pessoal na agência, o gerente deslocou os funcionários para auxiliarem o inspetor. Durante 14 dias, o inspetor passou cuidando somente de bolões de loteria esportiva. Os funcionários, entre outras funções , abordavam os clientes para preencherem cartelas de loteria esportiva para compor os bolões. O gerente já estava preocupado com aquela “inspeção”. Mas o inspetor, macaco velho, já tinha um esquema pronto. No 15o dia, o último dia de seu trabalho, o inspetor, já com a mala pronta e a passagem de volta comprada, apareceu na agência e pediu ao gerente que preenchesse as lacunas do relatório de inspeção com os dados mais atualizados possíveis. O relatório ficou completo em poucos minutos. Penso que essa tenha sido umas das “inspeções” mais ágeis da história do BB.
 

As instalações de muitas agências eram horrorosas.
 

Uma delas ficava em um desativado armazém com telhado de zinco. A área foi dividida em duas partes. A maior, a mais bonita e bem cuidada, com janelas amplas, era onde ficava o saguão da agência, os caixas ,a casa forte, o pessoal de atendimento, a gerência e um banheiro privativo do gerente e subgerente.
 

Separada por uma parede e uma porta, ficava a retaguarda, um saguão muito pequeno, onde ficavam atravancadas mesas, cadeiras, as máquinas de escrever e de contabilidade, prensa e máquina de escrever especial para balancete, os arquivos, o almoxarifado, coisas quebradas e equipamentos já sem serventia, um sem número de caixas de papelão atulhadas de documentos e outros tantos amarrados de diários oficiais e outros documentos, dois banheiros muito pequenos e um estreito espaço com uma geladeira e máquina de fazer café.
 

Era ali que se processava todo o serviço de retaguarda: processamento de extra-caixa, contabilidade, cobrança, orpag, funcionalismo, correspondências diversas, cadastro, impressão de balancete, arquivo geral, fechamento do movimento, compensação, expedição, etc.
 

Essa “retaguarda” era uma verdadeira masmorra : sem janelas, contava apenas com uma pequena abertura com barras de ferro (igual a uma cadeia), quente,insalubre, abafada e barulhenta . Mal se conseguia transitar no meio daquele amontoado de coisas. O calor era tanto que o gerente nos permitiu trabalhar de camisetas e cuecas. 

Levávamos toalhas para enxugar o suor. Bebíamos muita água. Havia muita poeira , ainda mais quando ligávamos os ventiladores para amenizar o calor. Todo mundo espirrava por causa de alergia. 

Ainda havia o “refluxo”, que ocorria frequentemente quando, por causa da pressão na tubulação de esgotos da cidade, os detritos subiam junto com a água putrefata, transbordavam dos vasos sanitários e inundavam os banheiros e parte da retaguarda. O cheiro era insuportável. Por falar em cheiro, para completar esse quadro, ainda tínhamos um chefe que sofria de um problema crônico de flatulência (essa a razão de o gerente o ter colocado na retaguarda); éramos submetidos àquele suplício extra, pois não havia remédio que desse jeito naquele distúrbio, nem mesmo as doses cavalares de Luftol que o colega tomava.
 

Tudo aquilo compunha um cenário digno de um filme de Fellini.
 

O caso mais marcante do qual tomei conhecimento, foi o de um rapaz, de aparência franzina, introvertido e pouco comunicativo. Tinha vindo de uma agência no interior do Ceará. Vítima de um caso extremo de perseguição pessoal por parte de um subgerente, o matou com seis tiros à queima-roupa. Os funcionários da agência, em seu julgamento, depuseram a seu favor, e ele foi absolvido.
 

Isso não aconteceria nos dias atuais. Qualquer abuso seria denunciado ao Sindicato ou ao próprio banco e providências seriam tomadas antes de ocorrer uma tragédia como essa.
 

Hoje existem controles sofisticados para registrar o cumprimento de horário dos funcionários.
 

Não estamos mais em uma ditadura militar e nem limitados às informações de poucos canais de TV, jornais e rádios, que seguiam rígidos controles políticos e morais.
 

Atualmente, dispomos do acesso a gigantescos conglomerados de informação , que contam com inúmeras redes de TV, de rádios e de jornais, nacionais e internacionais, que nos permitem ter acesso a fontes de informação as mais diversificadas.
 

Na internet, dispomos de provedores e redes que abrangem o mundo inteiro.
 

Temos blogs, sites, facebook, google, yahoo, twitter e diversos outros instrumentos de comunicação globalizada.
 

Contamos com sofisticados celulares que nos permitem fotografar, filmar e gravar . De imediato, podemos repassar esses dados, para qualquer meio de comunicação.
 

É o que a mídia adora, pois contra uma foto e gravação não há o que contestar.
 

Isso também facilitou a atuação da polícia e de autoridades judiciárias.
 

É o fantástico mundo da comunicação instantânea.
 

Temos um Judiciário independente, um Poder 

Legislativo livre, contamos com um Ministério 

Público investigativo, uma Polícia Federal atuante que dispõe de moderníssimos recursos tecnológicos, uma Controladoria Geral da União , um Tribunal de Contas da União e tantos outros instrumentos de exercício pleno da cidadania com que não contávamos no passado.
 

Enfim, vivemos em um país com democracia consolidada e com instituições sólidas e independentes na defesa de seus cidadãos.
 

Mas esses órgãos, de forma generalizada, tem de se atualizar , se modernizar e se adequar às demandas atuais da população.
 

Essa é uma das razões desses protestos pois o atual 

Estado Brasileiro é paquidérmico, burocrático, corrupto e inoperante.
 

A começar pelo Executivo, que conta com 39 ministérios.
 

Isso é tão absurdo que já foi dito que ganha um prêmio quem disser os nomes de todos os ministros. Eu iria além: não precisa dizer os nomes dos ministros, basta dizer o nome dos ministérios. 

E haja impostos para sustentar esse monstrengo.
 

É um Estado implacável e voraz na cobrança de impostos, e sem capacidade de retornar à população serviços minimamente decentes à altura dos impostos escorchantes que cobra.
 

Tornou-se um estado assistencialista, um doador de esmolas na forma de bolsas de toda ordem e benefícios absolutamente incabíveis.
 

O povo não quer esmolas, quer é progresso na forma de empresas tecnologicamente avançadas, fortes , que criem trabalho e paguem salários decentes.
 

Em lugar de ser um promotor de progresso, tornou-se um protetor de feudos privilegiados, que absolutamente não precisam de assistência governamental na forma de financiamentos a juros abaixo do mercado, como age o BNDES.
 

Todas essas distorções dão margem a um nível de corrupção assustador.
 

Embora os financiamentos sejam elevadíssimos, com superfaturamentos flagrantes, a saúde, a educação, as estradas, os portos e os aeroportos continuam em estado deplorável. O dinheiro escoa por vários ralos sem gerar progresso e riqueza.
 

Em suma, vivemos em um estado disfuncional.
 

Sair dessa inação, dessa apatia,dessa corrupção, dessa ineficiência generalizada em todas as áreas, é um processo difícil e demorado, pois envolve a revisão e mudança de conceitos profundamente arraigados na nossas raízes e na nossa formação histórica.
 

As passeatas e atos de protestos de duas semanas atrás foram um grito contra injustiças , desigualdades e inoperância reprimidas há muito tempo.
 

Como material inflamável, demandas as mais diversas se alastraram pela internet, a reboque de um limitado protesto por tarifas de ônibus, para se tornarem os atores principais dessa mobilização de massas nas ruas.
 

Os próprios excessos e vandalismos, tão criticados e condenados, têm sua justificativa.
 

São a forma de manifestação própria e violenta do lumpesinato, ao qual tudo é negado, desde cidadania, educação, saúde, trabalho , moradia e o mínimo respeito e assistência por parte das autoridades.
 

São a escória, são a parte desprezível e desprezada da sociedade. São os nossos “impuros”, como são chamados os execrados no abominável sistema de castas na Índia. Sempre foi e continuará a ser, ao longo da história, a base mais reprimida, perigosa e explosiva de qualquer sociedade, principalmente uma sociedade como a brasileira, que apresenta uma das maiores desigualdades sociais do planeta.
 

Essa é uma chaga que continua aberta e que precisa ser curada urgentemente.
 

Não existe democracia plena onde existe miséria absoluta em meio à corrupção e desigualdade acintosas.
 

As pessoas de minha geração, muitas das quais septuagenárias, octogenárias ou até mais idosas, têm medo de tanta violência e muitos são descrentes, ou mesmo críticos dessas manifestações desordenadas comparáveis ao estouro desembestado de manadas de búfalos, que destroem e arrastam tudo que encontram pela frente.
 

Mas têm algumas certezas.
 

Enxergam que é um movimento sem comando definido, desencadeado por meio da internet, tem demandas e propostas diversificadas e justas, mas não têm nem organização e nem estrutura para implementar esses objetivos.
 

Pela sua experiência de vida e pela própria história do país, sabem que, a despeito de qualquer excesso , as massas, principalmente os jovens, continuam e continuarão em ação e não estão inertes como anteriormente se pensava.
 

E, estão seguros que, desse sofrido parto, o resultado será positivo.
 

Existe a certeza de que atingiremos um novo patamar de liberdade, democracia, justiça social e de distribuição de renda.
 

E que o sistema, em sua essência, será preservado.
 

Sabem que não surgirá uma revolução sanguinária para a implantação de uma ditadura brutal e desumana , como ocorreu na ex-União Soviética.
 

O governo, premido e amedrontado pelo clamor das ruas, procurará soluções açodadas e nem sempre justas, para amenizar esses problemas e recuperar sua credibilidade.
 

Sob esse aspecto, os aposentados e assistidos, são um grupo extremamente vulnerável.
 

Devemos estar alertas para o prosseguimento de um processo que já começou muito antes dessas manifestações.
 

Temos de nos unir e nos acautelar contra a sem cerimônia com que o Governo, através de suas autarquias, se apossa, através de diversos artifícios ilegais, do patrimônio de nossos fundos de pensão e atinge nossos direitos adquiridos.
 

Nessa luta contamos, fundamentalmente, com a atuação de nossas associações representativas.
 

O Judiciário e o Poder Legislativo, são poderes aos quais às associações recorrem na defesa dos interesses de seus associados, mas eles em si não tomam a dianteira de qualquer iniciativa.
 

Agem na razão direta em que são provocados e pressionados para tanto.
 

Esse papel cabe às associações.
 

Para tanto, as associações tem de progredir e avançar , em sua atuação, no mesmo ritmo que avançou a tecnologia bancária.
 

As associações precisam se reciclar e se renovar para terem um papel mais dinâmico, informativo, esclarecedor e atuante na defesa dos interesses dos aposentados e assistidos.
 

Assembleias, simpósios, debates, encontros, congressos, e outros eventos do gênero precisam ser incentivados e promovidos com muito mais frequência para atender da forma mais ampla possível a esses interesses.
 

Representantes de outras categorias, estudiosos do assunto e especialistas em áreas correlatas poderiam e até deveriam ser convidados para participar desses encontros.
 

E, importante, esses encontros não devem ficar restritos somente aos seus dirigentes e conselheiros.
 

Os aposentados e assistidos, como um todo, não só deveriam ser autorizados a participar, como deveriam ser incentivados a comparecer a essas discussões.
 

Para tanto, os auditórios precisariam ser ampliados e modernizados. Recursos tecnológicos, os mais avançados , deveriam ser utilizados para esse fim.
 

As revistas dessas associações deveriam ser mais focadas nessas matérias que são os temas que efetivamente interessam à massa de associados. 

Deveriam ser publicados comunicados extras para abordar assuntos específicos.
 

O lado social, que dá colorido à vida das associações, deveria estar limitado à sua real importância e não tomar tanto espaço nessas revistas. Desculpem-me pela franqueza , mas isso é o que vemos atualmente.
 

A comunicação via internet deveria ser intensificada.
 

Não é aceitável que essas associações não disponham de centros de informática modernos e com assistência e orientação técnica para seus associados. Não é necessário muito espaço para tanto.
 

É preciso considerar que as gerações de funcionários mais jovens que estão se tornando novos membros dessas associações, são usuários contumazes de computadores e da internet.
 

As entidades ainda dispõem de imensas bibliotecas que poucos frequentam e, assim mesmo, de forma esporádica. E haja espaço subutilizado !!
 

Ao visitar as instalações de algumas agremiações de aposentados – reservo-me o direito de não revelar nomes – vemos um extremo subaproveitamento de suas instalações, que poderiam ter um papel importantíssimo no contato mais estreito com a massa de associados.
 

É preciso fazer uma distinção bem clara.
 

Essas associações não são clubes como, por exemplo, a AABB.
 

Suas proposições são outras.
 

As associações foram criadas com o papel precípuo de defender os interesses dos aposentados e assistidos.
 

Por isso, considero absolutamente descabido que essas agremiações disponham de sedes campestres gigantescas, até situadas em outros municípios. 

Cabe a pergunta direta: as receitas auferidas por essas sedes campestres cobrem suas dispendiosas manutenções?
 

O que fazer com esses elefantes brancos? Vender, não vender, alugar, terceirizar, partilhar com outras associações? É um assunto a ser debatido com absoluta clareza com o corpo social.
 

O fato é que as sedes sociais nas cidades deveriam ser priorizadas nos orçamentos a fim de se modernizarem.
 

Portanto, reiteramos, é fundamental, para o revigoramento e sobrevivência dessas associações, que seu papel seja repensado e reavaliado para que elas voltem a ter como foco os objetivos para as quais foram criadas.
 

Li uma nota de dirigente de uma associação em que ele afirma, categoricamente, que muitos associados estão se desligando do quadro dessas entidades.
 

Porque? É um ponto a ser refletido e colocado em debate.
 

Como estamos em um estado democrático e a internet é território livre , atrevo-me a levantar essas questões, sem qualquer intenção de ferir suscetibilidades e nem desmerecer a atuação elogiável dos brilhantes representantes de nossas associações.
 

Estou aberto para receber quaisquer críticas, ataques e comentários sobre os temas abordados.

Atenciosamente

Adaí Rosembak
Associado da AAFBB e ANABB




Conversando com um jovem
 
Estava sentado em uma confeitaria tomando um cafezinho.

Sozinho, refletia sobre os protestos nas ruas, a conjuntura atual do Brasil e a luta dos aposentados e assistidos, principalmente os da PREVI.

Em relação aos aposentados da PREVI, cheguei à feliz conclusão de que estamos muito bem representados nas nossas principais associações, como a FAABB, a ANABB e a AAFBB.

Nossos valorosos dirigentes têm alcançado relevantes vitórias em relação a várias questões, tais como o Teto de Benefícios para estatutários e o cancelamento de aplicação do percentual para a apropriação na Reserva de Contingência , de 25 para 15 por cento.

Continuam lutando contra a Resolução CGPC 26, contra a Retirada do Patrocínio pela Resolução CNPC 11 e outros problemas igualmente relevantes.

Em relação à revogação de dispositivos da Resolução CGPC 26, que permitem que o BB se aproprie de parte de superávits da PREVI, como vem ocorrendo, cabe ressaltar que a campanha movida pelas associações para a aprovação do PDS 275/2012, do Senador Paulo Bauer (PSDB – SC), vai de vento em popa.

Quem acompanha o desenrolar desses assuntos, sabe o quanto de trabalho e abnegação pessoal esses dirigentes de associações dedicam a essas causas.

Aos demais associados, até por não estarem envolvidos diretamente nas conversações e tratativas com autoridades do Poder Executivo, do Legislativo, do Judiciário, da PREVIC, da PREVI e do BB, cabe o papel de cobrar providências , contribuir com sugestões, fazer críticas e solicitar esclarecimentos sobre aspectos inconclusos, dúbios, ou não abordados.

Mas, apesar de contarmos com a vigorosa atuação desses diligentes e combativos colegas , a situação do país, como um todo, está muito desestruturada e nós, aposentados, temos de estar alertas para novas surpresas e mudanças que, certamente, vão afetar nossos interesses.

Ao pedir um segundo café , notei um rapaz em pé à procura de lugar.
 

Convidei-o a sentar-se na mesa pois haviam 3 cadeiras disponíveis.

Começamos a entabular uma animada conversa.

Ele pediu um capuccino e uma torta.

O rapaz tinha uns 20 anos, era uma pessoa simpática e comunicativa, e estudava economia.

Estava envolvido em um trabalho sobre inflação e seus efeitos sobre a sociedade.

Apesar da massa de informações disponíveis em sites na internet, é difícil para um jovem discorrer sobre esse tema se não o vivenciou pessoalmente.

Como o aumento da inflação, atualmente, é outro problema recorrente no Brasil, e ao qual nós, aposentados, também temos de estar bem atentos, pois pode atingir os fundos de pensão, face à dificuldade do Governo em aumentar a carga tributária em contraste com um aumento dos gastos governamentais, decidi discorrer sobre o tema com o rapaz e mostrar a ele o que as pessoas de minha geração tinham vivenciado e que, devido às atuais condições, era um assunto que voltava a nos preocupar.

Falei do início da inflação dos fatores que desencadearam o processo e, principalmente, do aumento dos gastos governamentais que ultrapassavam a arrecadação de impostos (como está ocorrendo no momento) e que passaram a ser cobertos com a emissão crescente de papel-moeda.

O pico da inflação foi o período de 1986 a 1994, com índices superiores a 1000% ao ano.

De julho de 1965 a junho de 1994 , o índice foi de 1,1 quatrilhão por cento, ou seja, inflação de 16 dígitos em 3 décadas ou, mais precisamente, um IGP-DI de 1.142.332.741.811.850%.

O auge de inflação mensal foi junho de 1994, com 46,58% ao mês.

O país passou por quatro reformas monetárias e, a cada uma, cortaram-se três zeros do valor monetário corrente, ou seja, um descarte de 12 dígitos no período.

Para amortecer os efeitos do impacto da inflação na economia, criou-se a correção monetária que era aplicada em salários, aplicações financeiras , valores de bens de consumo, etc.

Surgiram as aplicações baseadas no overnight, ou seja, aplicações que tinham correção de um dia para o outro.

O mercado imobiliário , no meio dessa ciranda financeira , passou a trabalhar cotando os valores dos bens em dólares norte-americanos. Só podia ser dessa forma pois, se assim não o fosse, a partir do estabelecimento do preço fixado inicialmente até o desembaraço da papelada, emissão de certidões, pagamento de emolumentos e taxas, pagamento de imposto de transmissão, lavratura de escritura da compra do imóvel e registro da mesma no Cartório de Registro de Imóveis para, só então, ser efetivado o desembolso do financiamento final , o comprador iria pagar uma fração do valor real do imóvel.

A classe média até dispunha de mecanismos de defesa.
 

Fazia seus gastos e investia o restante de seus recursos na compra de dólares ou em depósitos com correção monetária mais juros.

A compra de dólares sempre foi uma boa opção em épocas de crise mas, principalmente naqueles dias, corria-se um sério risco pois, comumente, surgiam derrames de notas falsas no mercado.

Lembro-me de um colega que me disse, com justa razão, que quanto mais ele gastava mais dinheiro ele tinha.

A correção monetária era uma ilusão que encobria uma inflação galopante que superava qualquer aplicação financeira por mais rentável que fosse, mas que viciou toda a sociedade com o mesmo efeito que a cocaína exerce sobre o organismo de um viciado que, cada vez mais, vai precisando de doses maiores da droga para se satisfazer.

Por mais absurdo que pareça, em razão dessa ciranda financeira, muitos lamentaram a estabilização monetária advinda com o Plano Real.
 

Quem mais sofria nesse processo era o pobre, que recebia seu minguado salário mínimo no último dia do mês e que, quando ia ao supermercado no primeiro dia do mês seguinte, gastava 40% a mais do que no dia anterior.

Sim, porque durante toda a noite do último dia do mês, as “remarcadoras” ou “maquininhas”, trabalhavam ininterruptamente remarcando as mercadorias com novos preços baseados no novo índice fornecido pelo Governo. E, por via das dúvidas, os supermercados sempre aumentavam os preços um pouco acima do índice oficial, realimentando e incrementando a espiral inflacionária.

Por essa razão, passei a pagar o salário de minha empregada logo que recebia meus proventos no dia 20. Dessa forma, ela tinha um aumento de 50% em sua renda, pois ganhava a correção de 10 dias e mais o índice de reajuste mensal nas compras.

A alegria durou pouco pois as remarcações passaram a ser semanais e, após um tempo, diariamente e a qualquer hora. Na frente dos clientes, despudoradamente, os empregados dos supermercados remarcavam os produtos.

Depois de um tempo, perdeu-se a noção do valor monetário das coisas.

Quanto custava uma caixa de fósforos?
5 cruzeiros, 15 cruzeiros ou 50 cruzeiros? E um sabonete? 20, 30, 100 ou 300 cruzeiros? Assim, era preciso pesquisar os preços rapidamente antes que os mesmos fossem aumentados.

A diferença de preços entre um estabelecimento e outro poderia ser o dobro ou até mais. Se o preço fosse muito baixo, era conveniente comprar todo o estoque mesmo que não se precisasse de tão grande quantidade da mesma mercadoria. Depois era o caso de vender o excesso para os vizinhos por um preço maior e ainda sair ganhando na negociação.

Coitado do comerciante que, por desmazelo ou por excesso de escrúpulos, não remarcasse os preços dentro daqueles índices obscenos. Quando fosse adquirir novos estoques de mercadorias, o preço certamente seria muito superior que o valor de venda do dia anterior.

Era preciso cuidado ao se preencher um cheque, pois a denominação do valor do padrão monetário mudou tantas vezes, que corríamos o risco de colocar uma denominação errada no cheque, ou seja, trocar cruzeiro por cruzeiro novo, ou cruzado, ou cruzado novo, ou cruzeiro real, ou real.

As pessoas passaram a dispender grande parte de sua atenção às suas aplicações financeiras, em detrimento de suas atividades específicas.

A figura mais importante em qualquer área era o gerente financeiro, e não os dirigentes ou especialistas de qualquer outro setor .

A compra de imóveis sempre foi um refúgio seguro para a aplicação de capitais. Mas, em razão de leis obsoletas e de medidas protecionistas demagógicas tomadas pelo Governo para, equivocadamente, proteger os locatários contra os efeitos da inflação, passou a ser um péssimo negócio que desorganizou e desestimulou os investimentos na área imobiliária.

Com isso, prejudicou novos locatários que não conseguiam imóveis para alugar.

Os proprietários preferiam manter os apartamentos fechados, arcando com despesas de condomínio , IPTU e outros encargos , do que alugar e ter problemas de difícil solução.

Só depois que se criou a denúncia vazia e os aluguéis voltaram a ser contratados e reajustados dentro da realidade dos índices financeiros, o mercado imobiliário se reorganizou e voltou a ser um investimento atraente.

A essa altura da conversa, o rapaz estava estupefato e fascinado com a minha narrativa.

Confessou que dispenderia um tempo imenso em pesquisas na internet e, mesmo assim, não conseguiria obter informações tão diversificadas e tão bem detalhadas como as que lhe prestei.
 

Senti-me gratificado pelo favor que prestei ao jovem, e me espantei como o tempo havia voado – haviam transcorridos 20 anos e parecia que foi ontem - e como sentia tão vivas as lembranças daquele período.

Já que ambos estávamos tão empolgados e embalados com o assunto, continuamos a conversa e passei a fazer comparações com outros países que também passaram por períodos de inflação e hiperinflação, pois esse era um assunto que eu já havia pesquisado em razão de minha ascendência alemã.

Na América Latina, o caso mais notório foi a Bolívia que, em 1985, teve um índice de inflação de 12.000% ao ano, causada por uma política demagógica e desfocada da realidade do Governo de Hernan Siles Suazo. Outro exemplo no continente, foi o Peru que, entre Julho de 1990 e Agosto de 1990, teve uma hiperinflação diária de 5%, no Governo de Alan Garcia.

A pior hiperinflação no Mundo foi registrada na Yugoslavia, de 1993 a 1994, mas, devido às guerras , ao esfacelamento da nação e à sucessão de padrões monetários criados para acompanhar a espiral hiperinflacionária, o assunto é muito complexo e vasto para ser descrito em poucas palavras. Por curiosidade, citamos a inflação registrada em Janeiro de 1994 – sim, um único mês - que chegou à inacreditável taxa de 313.000.000.000 %.

Sobre o assunto, recomendamos a leitura de “Yugoslavia's Hyperinflation, 1993-1994: a Social History”, de James Lyon.

De forma bem resumida, preferimos abordar a hiperinflação na Hungria, entre Agosto de 1945 e Julho de 1946, considerado o segundo pior exemplo no Mundo, mas um dos menos conhecidos e pesquisados , por uma inexplicável carência de testemunhos e informações.
 

Entre Agosto de 1945 e Julho de 1946, o nível geral de preços subiu a uma taxa de 19.000% por mês, ou 19% ao dia .

Em julho de 1946 , a taxa de hiperinflação chegou a 207% ao dia.

Finalmente, em 01.08.1946, conseguiu-se sanar a hiperinflação.

O “pengô” , a moeda da época na Hungria, foi substituído pelo “forint” e, pasmem, 1 “forint” passou a valer 400 octilhões de “pengôs”, ou seja, 29 zeros depois do 4.

Em símbolos numéricos é:
 

400.000.000.000.000.000.000.000.000.000 pengôs = 1 forint

A cotação do dólar passou a ser 11,74 forint.

Mas daremos mais atenção à hiperinflação na Alemanha, de 1919 a abril de 1923, que foi a que recebeu maior cobertura noticiosa na história, e a que foi mais profundamente analisada e pesquisada pelos mais relevantes centros de pesquisas econômicas e as mais importantes universidades do Mundo.

Não temos a mais remota intenção de, nesta limitada crônica, fazer um relato minucioso sobre qualquer aspecto da hiperinflação na Alemanha.

O assunto é muito vasto e, para tanto, seria necessário um livro, ou melhor, uma coleção de livros.

Nos limitaremos a apresentar os aspectos mais chocantes e surpreendentes e, basicamente, seus efeitos na vida do cidadão comum da
Alemanha naquela época.

O gigantismo da economia alemã , o seu vigor e sua influência na Europa e no Mundo , como o é ainda hoje, os vários fatores que desencadearam o processo inflacionário, tais como o gasto astronômico com o esforço de guerra na Primeira Guerra Mundial ,as cláusulas abusivas do Tratado de Versailles , a ocupação do Vale do Ruhr pela França e os gastos no pós-guerra para recuperar a Alemanha, foram as razões determinantes para os mais apurados estudos sobre a inflação e hiperinflação alemãs, e suas consequências sobre praticamente todas as áreas de atividades humanas.

A inflação alemã começou durante a Primeira Guerra Mundial, quando a Alemanha dispendeu a astronômica cifra de 160 bilhões de marcos no financiamento da guerra.

A única forma de levantar essa colossal soma foi adotar medidas completamente fora dos padrões convencionais.

O Banco Central Alemão (Reichsbank) , na tarde de 31.07.1914, por sua própria iniciativa , aprovou uma medida provisória que suspendeu o lastro ouro para emissão de papel-moeda, face ao esforço para cobrir os gastos de guerra.

Em 04.08.1914, foi confirmada por lei, a suspensão da conversão de papel-moeda em ouro.

Sem a convertibilidade em ouro, a emissão de marcos perdeu qualquer barreira que freasse seu crescimento.

Enquanto em 1913, haviam 13 bilhões de marcos em circulação, no fim da Primeira Guerra Mundial, em 1918, esse volume chegou a 60 bilhões de marcos.

Mas, durante o período de guerra, esse aumento na emissão de papel-moeda não foi suficiente para cobrir os gastos governamentais.

A forma a que o governo recorreu foi obter empréstimos junto à população.

O Governo Alemão lançou bonds (títulos) do Governo Alemão no mercado.

Entusiasmadamente, os alemães compraram esses títulos como um investimento seguro, confiantes na vitória da Alemanha a curto prazo.

O débito do Tesouro Alemão passou de 5 para 156 bilhões de marcos.

Isso ainda não era suficiente e o Governo, apesar dos alertas em contrário, incrementou a política de emissão de papel moeda, enquanto o volume de mercadorias não acompanhava o crescimento da moeda.

Estava criado o mecanismo básico da inflação - volume de dinheiro cada vez maior sem o crescimento correspondente da oferta de bens.

Apesar da derrota da Alemanha, ao contrário do que previa o povo alemão, o Governo não estava falido , mas o crédito estava restrito e a inflação continuava em seu curso ascendente.
 

A depreciação monetária, em seu início, estimulou a economia.

Com o preço baixo do marco em relação às outras moedas, as exportações alemãs dispararam.

Em um ano, o crescimento industrial subiu 20%.

Em 1922, o desemprego caiu a 1% e os salários aumentaram.

A inflação era considerada a tábua de salvação da economia.

Em sentido contrário, os USA e a Inglaterra conseguiram estabilizar suas moedas , embora ao custo do desemprego de um quinto de sua massa de trabalhadores.

Mas a política econômica alemã de incremento à inflação, em pouco tempo se revelaria equivocada.

O aumento do déficit orçamentário e os crescentes pagamentos de juros limitaram cada vez mais a economia do Estado.

Paralelamente, a gigantesca reparação de guerra a que a Alemanha foi submetida era um peso excessivo para o país suportar.

O Tratado de Versailles, firmado em 20.01.1920, que estipulou as duras condições de reparação de guerra, foi classificado por muitos como uma irracionalidade e falta de sensibilidade, pois inviabilizava a reestruturação e o soerguimento da Alemanha.

Entre as cláusulas do Tratado de Versailles, estava o desmembramento e anexação de diversas partes do território alemão para várias das nações vencedoras.

A postura absolutamente intransigente e rígida da França em todas as discussões e tratativas, foi classificada pelos historiadores como uma vingança pela sua derrota na Guerra Franco-Prussiana (ou Guerra Franco-Germânica) de 1870-1871.

O Congresso dos USA, na época, não concordou com diversas cláusulas e, sensatamente, recusou-se a ratificar o Tratado de Versalhes.

O economista inglês John Maynard Keynes, denunciou o Tratado de Versailles como ruinoso para a Alemanha e para a prosperidade global. Ele classificou o Tratado como uma tentativa de destruir a Alemanha pelo revanchismo francês.

Em 1921, os aliados impingiram à Alemanha o pagamento de 6.600.000.000 de libras esterlinas como reparação de guerra, uma quantia descomunal que a Alemanha se propôs a pagar com dinheiro e fornecimento de bens.

Como mais um castigo adicional, que extrapolava os já duríssimos termos do Tratado de Versailles, os aliados não aceitaram o pagamento da reparação de guerra com a moeda alemã corrente na época, o Papiermark, sob a alegação de que o marco estava extremamente enfraquecido em razão de que a Alemanha havia financiado seu esforço de guerra através de fundos emprestados.

O país foi forçado a vender grandes somas de marcos em troca de divisas estrangeiras que eram aceitas como pagamento de reparação de guerra.

Essa política governamental de comprar divisas estrangeiras a qualquer preço, para cumprir com seus compromissos, disparou o processo de inflação.

Finalmente, para piorar a já calamitosa situação da Alemanha, como o Governo Alemão colocou objeções aos severos termos do Tratado de Versailles alegando que o pagamento de 132 bilhões de marcos excedia a capacidade de pagamento da Alemanha, os aliados deram um limite de seis dias para o Governo Alemão aceitar as condições impostas ou a região industrial do Vale do Ruhr seria ocupada. A Alemanha não pôde pagar e, em Janeiro de 1923 , a França invadiu a Alemanha e ocupou a região industrial do Vale do Ruhr com uma força militar de 100.000 soldados, tomando controle das minas e da indústria pesada alemã.

Esse foi o golpe final que acabou por asfixiar o esforço de recuperação da indústria e da economia alemãs.

Além de ser impedida de ganhar divisas pela exportação de carvão, a Alemanha foi forçada a obter seu combustível em qualquer lugar, principalmente no exterior, pagando em divisas estrangeiras.

A partir daí a inflação tomou velocidade cada vez maior e foi, nesse exato momento, que entrou em um processo de hiperinflação.

De 1914 a 1921, a Alemanha já sofria do que os economistas chamam “alta inflação” , ou seja, quando o índice vai até 50% ao mês.

Somente para comparação, relembramos que o auge da inflação no Brasil foi Junho de 1994, quando o índice foi de 46,58 % ao mês.

A partir de 1921, o processo de hiperinflação instalou-se e começou a acelerar. A partir de Agosto de 1922 a Novembro de de 1923, ela chegou a 322% ao mês.

Em média, os preços quadruplicaram a cada mês, durante os 16 meses de hiperinflação.

O auge foi em Outubro de 1923 , quando o índice chegou a 41% ao dia.

Em 16.11.1923, a cotação do dólar chegou à cifra de quatro trilhões e duzentos bilhões de marcos, ou 4.200.000.000.000 de marcos por US$ 1.00.

O Reichsbank continuava a imprimir mais e mais papel-moeda mas não deu conta da demanda.

Em 17.07.1923, foi aprovada uma lei que permitia a impressão privada de dinheiro como uma medida de emergência.

Essa lei autorizava que, daquela data em diante, vários Estados da Alemanha, Distritos Administrativos, , condados, cidades, estradas de ferro, bancos e grandes grupos privados, imprimissem suas próprias moedas.

Como resultado dessa lei, um total de 5.849 lugares emitiu um total de 70.000 diferentes tipos de notas de papel-moeda.

Somente o grupo Deutsche Reichsbahn em Berlim e suas filiais regionais, emitiram 256 padrões de papel-moeda.
 

A hiperinflação ganhou mais impulso e perdeu o controle.

De súbito, o marco despencou em queda livre, cada vez mais rápido, até chegar a números fantásticos de um milionésimo, bilionésimo, trilionésimo de seu valor original.

Toda confiança no marco sumiu à medida que os preços subiam mais e mais rápido, ultrapassando a capacidade das prensas de emitir papel-moeda.

No auge da hiperinflação, 300 fábricas de papel-moeda estavam trabalhando a toda carga e 150 companhias impressoras operavam as prensas dia e noite para atender à demanda de dinheiro.

A miséria e a fome grassavam por todo o território alemão.

Milhões de famintos e doentes vagavam sem destino pelas ruas.

As doenças de pulmão, o raquitismo e a tuberculose tornaram-se epidêmicas, principalmente na população jovem.

A opinião pública culpava os franceses pela sua desgraça e miséria.

Os comerciantes recusavam-se a atender franceses e os alemães cruzavam a rua para evitar se encontrarem com franceses.

Uma das consequências da perda da confiança no marco foi a venda rápida e a qualquer preço, dos títulos do Governo Alemão que, anteriormente, tinham sido tão disputados pela população durante a guerra.

Tinham virado papéis sem valor.

Os empregados vinham para as empresas e fábricas com grandes sacolas para, no fim do dia, guardarem o dinheiro do pagamento e o gastarem de imediato antes que a cotação da moeda mudasse.

Depois, os trabalhadores passaram a ser pagos duas vezes ao dia, e tinham um intervalo no meio do dia para fazer suas compras.

Logo após, passaram a ser pagos três vezes por dia e suas mulheres vinham às portas das fábricas pegar o dinheiro e saíam correndo para fazer as compras.
Os profissionais liberais, como médicos, dentistas e outros, não aceitavam o pagamento em dinheiro mas sim em salsichas, ovos, manteiga, pão, carvão , roupas , joias, ou o que fosse.

Dada a rapidez de mudança de preços , as lojas não colocavam mais os preços nas vitrines.

Quando do falecimento de pessoas, a cremação tornou-se extremamente cara devido ao preço do carvão; optou-se pelo enterro convencional em caixões.
 

Até nessa área foram enxergadas formas de cortar custos. Os caixões passaram a ser fabricados mais baixos, de tal forma que o nariz do defunto encostava na tampa do caixão. Esses caixões eram chamados, ironicamente, de “espremedores de narizes”.

Depois de um tempo, as cotações do marco passaram a ser informadas de hora em hora.

À medida que a hiperinflação crescia, novos registros espantosos surgiam .

Uma pessoa foi tomar um café, cujo preço era 5.000 marcos e, depois de ler o jornal, pediu outro café. Foi cobrada em 14.000 marcos.

O garçom explicou que, entre o intervalo de um café e outro, o preço do café havia aumentado pela nova cotação do marco. Se o cliente tivesse pedido os dois cafés ao mesmo tempo, a conta teria sido 10.000 marcos.

De manhã, podia-se pagar pagar 50.000 marcos por um jornal e, à tarde, 100.000.

Um casal foi ao teatro e, ao levar o dinheiro, o valor dos tickets já tinha triplicado de preço e a importância não cobria sequer o valor da condução de retorno para casa.

Uma família vendeu sua casa para emigrar para a América. Ao chegar ao Porto de Hamburgo, eles não puderam viajar pois o dinheiro não era mais suficiente para pagar a viagem.

Uma pessoa tinha uma conta em um banco com saldo de 60.000 marcos. Pouco tempo depois, recebeu uma carta do banco comunicando o encerramento da conta por ser antieconômico manter uma conta com saldo tão baixo e que juntavam uma nota de 1.000.000 de marcos para devolver o saldo da conta ao cliente. Explicavam que o banco não dispunha mais de notas com valor tão baixo como 60.000 marcos.

Um carteiro, indiscretamente, contou que interceptou cartas contendo notas de moedas estrangeiras. Com poucas notas comprou duas casas e um piano. O restante do dinheiro ele doou para uma igreja para se penitenciar do pecado.

Pagavam-se milhões de marcos para uma pessoa guardar o lugar na fila dos supermercados.

Logo após as portas dos supermercados abrirem, as prateleiras se esvaziavam e não havia velocidade suficiente de reposição de mercadorias em razão da procura desenfreada.

Nos bondes, pagava-se a passagem com milhões de marcos.
 

Caminhões transportavam dinheiro do Reichsbank para outros bancos, sem proteção adequada, como se fossem caminhões de lixo.

Pequenas empresas transportavam o dinheiro do pagamento de seus empregados em carrinhos de mão.
 

Encontraram-se notas de 100.000 marcos na sarjeta. Um mendigo as havia descartado.

As donas de casa passaram a usar notas de marcos em seus fogões e lareiras, pois o preço do carvão superava de muito o valor das notas.

Um cadarço de sapato custava mais do que, anteriormente, custava o próprio sapato, ou mais precisamente, o que custava a própria sapataria com todo seu estoque de sapatos.

O conserto de um encanamento, o mesmo do que antes custava a casa inteira.

Um carrinho de mão valia o que custava toda a fábrica.

O escambo passou a ser a modalidade comum de negociação.

O que importava era a aquisição de bens materiais, pois isso é que tinha valor. Adquiriam-se, o mais rápido possível, mercadorias de toda ordem: comida, joias, objetos de arte, estatuetas, quadros, porcelanas, roupas, sapatos, casacos de pele ou de tecido, livros, móveis, etc. Tudo era “matéria”.

Os preços perderam todo o controle. Perdeu-se a noção do valor de qualquer coisa. Era o absoluto caos financeiro.

Em Outubro de 1923, 3 ovos ou uma bisnaga, custavam 600.000.000 de marcos.

Um mês depois, uma bisnaga estava sendo vendida a 80.000.000.000 de marcos !!

Não se roubava mais dinheiro, se roubavam bens.

Lojas, padarias, armazéns, perfumarias, magazines, e todo tipo de estabelecimento comercial era alvo de constantes assaltos, principalmente à noite. Somente se levavam as mercadorias.

Os que dispunham de moeda estrangeira eram os grandes oportunistas e aproveitadores.

Tripudiavam sobre a miséria que os cercava.

Desfilavam em carros luxuosíssimos com motoristas uniformizados, trajando roupas finas e caras ,com jóias valiosas, fumando charutos da melhor procedência e, com uma única nota de US$ 100.00, compravam fileiras de casas.

Os miseráveis os xingavam e esticavam os dedos e punhos cerrados em sua direção.

Era um tempo de absurdos.

Repentinamente, grandes fortunas tradicionais foram à bancarrota e surgiram espertalhões e golpistas que, do dia para a noite, se tornaram os novos ricaços.

Não se respeitava qualquer regra, norma moral ou lei.

Acima de todos os afortunados , pairava, majestosamente, a figura de Hugo Dieter Stinnes.

Um gênio das finanças e dos negócios, era neto de um modesto empresário em Mulheim e filho de um já proeminente industrial, também chamado Hugo.

Hugo Dieter Stinnes teve uma sólida formação no mundo dos negócios , cursou as melhores escolas de finanças , e se especializou na área de mineração.

Em 1890, ele herdou de seu pai uma mina de carvão e outras empresas na área de finanças.

Com apurado faro empresarial, ampliou seus interesses em diversas ramos, como mineração, siderurgia, empresas de navegação e de transportes, e destacou-se , sobretudo, na imprensa, onde criou um gigantesco grupo , que abrangia grande parte dos mais importantes jornais da Alemanha.

A partir de 1920, usou do poder de seu império de informação para atacar contínua e furiosamente o Tratado de Versailles.

Com isso conquistou a simpatia do povo alemão.

Entrou na política, foi eleito para o Reichstag, passou a ser um formador de opinião pública e criou um partido político, o DVP- Partido do Povo Alemão.

Com seu refinado instinto financeiro, visualizou com muita antecedência o surgimento da hiperinflação e seus efeitos.

Confiante nessa visão e, com o apoio que contava no Governo, no mundo político e econômico, a par de sua influência na imprensa, adquiriu, com apoio do Governo Alemão, colossais quantidades de divisas estrangeiras, para pagar em marcos alemães.

Pouco tempo depois, dispendeu um irrisório valor real para pagar as divisas , pois o marco alemão tinha virado pó.

Com as divisas estrangeiras, adquiriu o mais rápido possível, grandes empresas, conglomerados industriais inteiros , bancos e grupos financeiros. Investiu suas divisas em todas as áreas, desde energia, mineração, siderurgia, armamentos, comunicações, construção, transportes terrestres, aviação, estradas de ferro, estaleiros e empresas de navegação, imensas áreas para agricultura e plantação de florestas, etc.

Enfim, adquiriu rapidamente tudo que encontrava disponível para venda em todas as áreas.

Dessa forma, seu império econômico e industrial cresceu em níveis inimagináveis.

Sua influência e seu poder , na Alemanha e no exterior, se ampliou de forma extraordinária.

A fortuna desse magnata foi dimensionada, à época, em um quarto de toda a Alemanha.

Passou a ser classificado de “O Rei da Inflação”.

Em 1923, a revista americana Time, o chamou de “O Novo Kaiser (imperador) da Alemanha”, para descrever o alcance de sua influência política e sua imensa fortuna.

Quando faleceu em 10.04.1924, aos 54 anos, em razão de uma operação na bexiga, entre outros vultosos investimentos , seu império econômico abrangia 4.500 companhias e 3.000 fábricas.

Junto à desintegração do marco, vieram abaixo todos os valores mais prezados do povo alemão : a disciplina, a ordem pública, a limpeza e conservação do patrimônio público, o respeito à lei, o respeito ao próximo a organização, os valores morais, a dedicação extrema ao trabalho árduo, o asseio e a disciplina pessoais, a devoção religiosa protestante e luterana, o fervor patriótico, o incremento e a valorização da cultura e das artes, a dedicação aos estudos e a pesquisas em todas as áreas, o alto nível educacional, e tantos outros nobres valores que são característicos do povo alemão.

A Alemanha tinha enlouquecido.
Viviam-se momentos de absoluto desvario e devassidão.

Vivia-se um dia após o outro, em uma esbórnia sem limites, em uma excitação e euforia contínuas e descontroladas, como se cada dia fosse o último da vida.

O consumo de drogas, as mais perigosas, disparou. O consumo de bebidas alcoólicas subiu a níveis alarmantes. As doenças venéreas se alastraram de forma descontrolada.

As orgias e bacanais tornaram-se corriqueiros e aconteciam todas as noites, misturando homens e mulheres de todas as idades, travestis, lésbicas, e todo tipo de pervertidos, degradados e degenerados, que se trocavam e transavam de todas as formas sem qualquer controle ou prevenção.

Tudo isso misturado com drogas pesadas, bebidas e música estridente.

Os mais absurdos e abusivos excessos, taras e perversões , superavam de longe o que se conhecia das bacanais de Sodoma e Gomorra e de Nero.

Moças e rapazes , de todas as classes , se exibiam e se ofereciam nas ruas, à noite ou ao dia, para qualquer orgia ou prática sexual, por mais abjeta e estranha que fosse, com quem fosse, e com quantos fossem. Muitas vezes nem era por dinheiro, mas sim por pura devassidão num caminho de autodestruição.

As moças se vangloriavam livremente do detalhamento de suas experiências , as mais depravadas e bizarras , quer fossem imaginárias ou reais. Quanto mais chocantes fossem os relatos, mais impactantes os efeitos.

Berlim passou a ser a cidade da perversão, da perdição e do vício.

Mas essa era uma imagem absolutamente falsa e distorcida da Alemanha e seu povo.

Era um período de absoluto descontrole, desvario e infelicidade, completamente avesso e estranho à formação e ao caráter alemão .

No fundo, o povo alemão ansiava, ardorosamente, desesperadamente e rapidamente, pelo retorno às suas origens, à ordem e à disciplina, que eram as bases da alma e da vida dos alemães.

A Alemanha estava em uma situação desesperadora.

Os fazendeiros recusavam-se a receber o pagamento de suas colheitas em forma de papel-moeda.

A colheita de 1923 permanecia estocada nos silos das fazendas enquanto os supermercados nas cidades estavam vazios.

A fome começou a se alastrar e o Governo previu uma guerra civil.

O Governo ameaçou intervir para resolver a questão.

Em 09.11.1923, o líder do Partido Nazista, Adolf Hitler, tentou tomar o poder em Munique e, dali, marchar sobre Berlim.

O tempo corria e as autoridades tinham de tomar providências imediatas.

E isso ocorreu, com uma engenhosa operação financeira, promovida pelas autoridades alemãs, para restaurar o valor do marco.

Em 13.08.1923, Gustav Stresemann foi nomeado Ministro da Economia , em meio ao caos da hiperinflação.

Em 26.09.1923, ele suspendeu sete artigos da Constituição Alemã e declarou o Estado de Emergência.

Essa medida criou uma situação comparável a uma ditadura militar.

Em 15.10.1923, foi criado o Rentenbank, com poderes de tomar todas as medidas para criar e disciplinar a emissão de uma nova moeda, com valor equivalente ao marco com lastro ouro de antes da guerra, chamado “gold mark”.

Esse plano foi elaborado por Hjalmar Schacht, então Diretor do Darmstadt & National Bank com o apoio do Ministro das Finanças, Hans Luther.

Em 12.11.1923, o Ministro das Finanças Hans Luther, nomeou Hjalmar Schacht, Secretário da Moeda do Reich.

Em 15.11.1923, a impressão de papel-moeda antigo cessou.

Em 16.11.1923, os primeiros marcos com padrão ouro com a cotação de antes da guerra começaram a surgir.

Em 20.11.1923, cada novo marco, “rentenmark”, passou a valer um trilhão de marcos antigos.

Em 22,12,1923, Hjalmar Schacht, foi nomeado presidente vitalício do Reichsbank, cargo que ocupou até 02.04.1930.

A hiperinflação tinha sido contida e a Alemanha tinha retornado ao sistema monetário de padrão ouro.

Mas, o Rentenbank não tinha barras de ouro em seus cofres, mas somente títulos de crédito na forma de hipotecas de propriedades e títulos da indústria alemã.

Assim, a moeda tinha o valor do padrão ouro mas não era conversível.

Mas isso não importava.

O que valia era que a hiperinflação tinha cessado e a confiança na moeda tinha sido restabelecida.

Os fazendeiros aceitaram o novo marco, a crise foi resolvida e o fantasma da guerra civil desapareceu.

A hiperinflação estava morta !!!

Em Agosto de 1924, um novo marco foi colocado em circulação, na cotação de 1 marco novo para 1 marco antigo.

Foi criado um Banco Central independente que fiscalizava e disciplinava a emissão de papel-moeda.
Foi iniciada uma reforma fiscal pelo Governo que, entre duras medidas, tinha como meta uma cessação da rápida emissão de papel moeda e um ajuste das despesas do Governo dentro do limite do Orçamento.

Foram entabuladas conversações de alto nível, bem sucedidas e que, através de vários acordos, modificaram as Cláusulas do Tratado de Versailhes e as condições de pagamento das reparações de guerra Hjalmar Schacht, que foi o homem que tirou a Alemanha do caos, trabalhava de forma disciplinada e obsessiva , em condições extremamente simplórias.

Seu “Gabinete de Trabalho” era uma pequena sala nos fundos do Ministério das Finanças , com uma janela com vista para o quintal. Essa sala tinha sido usada durante muito tempo como depósito de roupas sujas. Era um tanto sombria, com pintura velha e tinha um fedor acre de roupas de chão sujas e velhas, que impregnava o ambiente.

O mais simples funcionário de qualquer repartição pública se sentiria incomodado e se recusaria a trabalhar em um lugar insalubre como aquele.

Hjalmar Schacht dispunha de uma mesa, uma cadeira e um telefone,

E como trabalhava Hjalmar Schacht ?

Chegava muito cedo no trabalho e saía tarde, quando pegava o último trem que ia para o subúrbio.

Comia frugalmente ali mesmo.

Fumava muito. Não recebia e nem mandava cartas. Telefonava intensamente todo o tempo para inúmeras pessoas na Alemanha e no exterior, trocando ideias com banqueiros, ministros de economia, economistas, financistas, e todos os que o pudessem ajudar sobre tudo o que se relacionava com moeda e finanças.

Não recebia ninguém. Era um trabalhador solitário.
Suas únicas companhias eram seus cigarros e sua secretária, Fraulein Steffeck.

Foi esse homem simples, sem vaidades e trabalhador compulsivo que tirou o país do caos da hiperinflação e que deu nova vida à Alemanha.

Durante o período do III Reich, foi Ministro da Economia, no período de 1934 a 1937.

Por essa razão , foi preso e julgado no Tribunal de Nuremberg. Mas foi inocentado de acusações sobre atentado aos direitos humanos, desrespeito à vida ou atos de guerra.

Foi pouco conhecido fora dos círculos econômicos e financeiros.

Muito certamente, nossos brilhantes economistas , se apoiaram em muitas das teorias em que se baseou e nas ações tomadas por esse economista genial , para criar o Plano Real.

Paradoxalmente, na mesma Alemanha, um outro personagem maligno que lançou o país novamente na guerra e foi o responsável pelo Holocausto , adquiriu notoriedade e será lembrado para sempre como um terrível pesadelo para a Humanidade.

Seu nome: Adolf Hitler.

Mas isso já é assunto para outra crônica.
Depois de tanta falação, tomei entusiasmo para redigir este artigo.

Eu e o jovem bebemos duas garrafas de água mineral e tive o prazer de pagar a conta.

Ele estava eufórico com a carga de informações e, inocentemente, ao ir embora, me perguntou se o Brasil não corria o risco de passar novamente por uma situação de inflação.

Eu respondi que não, pois já havíamos tido nossa experiência.
Depois, sozinho, fiquei matutando com meus botões, e me perguntei:
“ - Ora, ora, porque não podemos passar por isso novamente ? ”

Lembrem-se que tivemos o Plano Collor I e, depois, o Plano Collor II, que repetiu muitas das primeiras lambanças e criou outras novas.

Além de outros planos.

Os próprios alemães tiveram a I Guerra Mundial e, não satisfeitos, partiram para a Segunda.

Tudo é possível.
 





Adaí RosembakAssociado da AAFBB e ANABB

Depois da Resolução aprovada pelo CNPC sobre a retirada de patrocínio que, como um rolo compressor, passou por cima de nossos direitos adquiridos, de atos jurídicos perfeitos, do patrimônio da PREVI, do Congresso Nacional, do Poder Judiciário, desrespeitando tudo e todos, principalmente os participantes e assistidos das EFPCs , muitos de nós sentimo-nos impotentes e desarticulados frente a tanta injustiça e arbitrariedade.
 
Os mais brilhantes articulistas e dirigentes de nossas associações relataram, de forma clara e sem sutilezas, todo o absurdo que ocorreu naquele teatro de marionetes do governo, em que se desenrolaram esses degradantes episódios de desestruturação do sistema previdenciário brasileiro.
 
Ao ler “As considerações acerca da retirada de Patrocínio” , de 
Isa Musa e “Crônica de uma morte anunciada”, de Gilberto Santiago, senti um profundo mal estar.
 
Perguntava a mim mesmo como reagir contra aquele assalto escancarado e orquestrado pelo governo aos nossos direitos e ao nosso patrimônio.
 
Como é possível que uma autarquia do Ministério da Previdência Social , cuja papel primordial seria o de defender nossos direitos, tomasse a iniciativa de prejudicar de forma tão aviltante os participantes e assistidos das EFPCs e, especialmente, a PREVI ?
 
A quem recorrer contra isso tudo?
 
O Poder Judiciário encontrasse sob ataque de membros do Congresso Nacional e de mensaleiros que, embora condenados, estão atuantes no pleno exercício de cargos parlamentares. 

Ademais, novos empossados no STJ poderão, com seus votos, invalidar decisões condenatórias já tomadas por aquela Corte, em razão de análises de embargos infringentes apresentados por advogados dos condenados.
 
O Congresso Nacional também está envolvido em seus próprios conflitos ao ter de conviver com conchavos entre partidos para aprovação a toque de caixa de projetos apresentados pelo Poder Executivo, com discussão de projeto para criação de pequenos partidos , com debates sobre medidas provisórias de toda ordem partidas do Poder Executivo e outros assuntos espinhosos.
 
Estamos sós.
 
Sentia-me encurralado dentro daquelas circunstâncias.
 
Uma sensação de impotência, de humilhação e de falta de estímulo, em razão da impossibilidade de esboçar qualquer reação frente àquela situação completamente adversa, se apossou de minha mente.
 
Precisava fugir daquele beco sem saída , precisava de espaço e ar livre.
 
Coloquei um boné, me lambuzei de protetor solar e fui andar no Aterro do Flamengo.
 
Ao passar pelo Monumento dos Pracinhas havia um festival de pipas.
 
Lembrei-me do colega cujo hobby é empinar pipas.
Interrompi minha caminhada e fui apreciar aquele maravilhoso espetáculo.
 
Além de crianças e meninos, também havia moças, adolescentes e adultos.
 
Sentei-me perto de um garoto quando ele ia começar a empinar sua pipa.
 
Mostrou-me a pipa com talas firmes e uma cauda bem longa para, dentro de suas explicações, manter a pipa bem empinada. 

Linha bem resistente.
 
Vento suave e constante – vento perfeito para as pipas.
 
E lá fui eu acompanhar e “ajudar” a empinar a pipa.
 
A pipa subiu rápido e bem alto.
 
Mas, de repente, o vento enfraqueceu e mudou de rumo. 

Tivemos de correr em sentido contrário para a pipa não cair e, ao mesmo tempo, recolher a linha rapidamente.
 
O garoto corria e empinava a pipa e eu também corria e recolhia e enrolava a linha.
 
Voltou o vento, soltou-se a linha e a pipa subiu longe e alto.
 
O garoto era cuidadoso e rápido para evitar que a linha da pipa não enroscasse com a linha de outra pipa.
 
E o velhinho aqui, já sem fôlego, suado, correndo para lá e para cá, com a língua de fora, com o carretel na mão , mas livre, leve e solto como uma criança.
 
Ao final, bebemos água de coco e me despedi do garoto.
 
Voltei feliz para casa.
 
Mas os movimentos da pipa, ora graciosos e suaves, ora radicais ou súbitos , tentando se adequar às mudanças imprevistas do vento não saíram de minha cabeça.
 
Sim, precisamos de novas soluções para novas situações em que a vida nos lança.
 
Tal qual a pipa, precisamos mudar de rumo, correr e lutar em novas condições.
 
Não podemos nos aprisionar aos estereótipos batidos e cansativos de injustiçados e perseguidos pelo governo – qualquer governo, pois a história da humanidade – e nossa própria história - está repleta de exemplos que não respeitam situações estanques de paz, normalidade e justiça.
 
Até porque a vida é injusta, é uma guerra e é uma constante mutação.
 
Recuar, parar, criar novas alternativas , analisar os movimentos do inimigo, aglutinar forças e se reestruturar para novos ataques ,também são táticas inteligentes de luta.
 
Não podemos esquecer que, apesar dessa nova Resolução de retirada do patrocínio, a par da Resolução 26, ainda contamos com trunfos como as Leis Complementares 108 e 109 que, mais cedo ou mais tarde, na hora oportuna, serão vitais na defesa de nossos interesses, a depender dos rumos políticos no Congresso e da conclusão do Processo do Mensalão, que arejarão e dignificarão o Parlamento e o Poder Judiciário.
 
Nesse ínterim, sem muita notoriedade, desenvolvem-se acordos e conversações bem objetivas para resolver alguns problemas importantes da pauta de interesses da PREVI e dos aposentados e assistidos.
 
Como exemplo, citamos a Reunião em 08.05.2013, do Presidente da ANABB, Sérgio Riede, da Vice-Presidente de Relações Funcionais, Tereza Godoy, e do Vice-Presidente de 
Relações Institucionais, Fernando Amaral, com o Diretor da Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc), José Maria Rabelo, para resolver o assunto relativo ao teto para estatutários do Banco do Brasil.
 
O assunto, exposto no site da ANABB, de 10.05.2013, nos oferece perspectivas para uma solução muito bem equacionada e justa para todas as partes.
 
Parabéns aos colegas pela iniciativa, e esperamos que obtenham sucesso nessas conversações.
 
Outras causas em curso, junto ao Congresso Nacional e o Poder Judiciário, por parte de entidades, como a AAFBB e a ANABB, principalmente contra a Resolução 26, são extremamente relevantes .
 
A exemplo, citamos a reunião em abril , da Assessoria Parlamentar da ANABB e o Conselheiro Fiscal Suplente Antônio José de Carvalho, com o Senador Cassio Cunha Lima (PSDB/PB), com o objetivo de discutir o projeto de Decreto Legislativo do Senado, PDS 275/2012, do Senador Paulo Bauer (PSDB/SC), que propõe a sustação de alguns artigos constantes da Resolução CGPC 26/2008.
 
Outra importante iniciativa também do colega Antônio José de Carvalho, foi relacionar no seu blog ( www.ajccarvalho.blogspot.com.br ) os nomes de todos os senadores, com e-mails e telefones, para que os colegas encaminhem suas demandas, seus comentários e suas reclamações.
 
Outro canal importantíssimo para o exercício da cidadania é a imprensa.
 
Eu mesmo já resolvi inúmeros problemas , contra empresas e órgãos públicos, por meio da imprensa e da mídia de forma geral, sem necessidade de mover custosos e morosos processos e nem precisar do recurso de advogados.
 
A mídia também é outra forma vital para defendermos não só nossos interesses pessoais mas também as causas dos aposentados, pensionistas e da própria PREVI.
 
Após voltar daquela revigorante e tranquila caminhada no 

Parque do Flamengo, estava com a mente novamente aberta e oxigenada e tive inspiração para redigir esta nota.
 
E, por uma caprichosa surpresa do destino , daquela inesperada experiência tão divertida e gratificante, no 

Monumento dos Pracinhas, nasceu um novo e apaixonado empinador de pipas.

 

 

O Sentido da Luta e da Vida


Adaí Rosembak
Associado da AAFBB e ANABB

Frequentemente somos criticados ou ridicularizados pelo nosso ativismo na defesa de causas relacionadas com os aposentados do BB e com a PREVI.
 
Somos acusados de sermos narcisistas, aposentados com saudade de trabalho, chatos, repetidores de fatos de domínio geral e, por aí vai.
 
Até os dirigentes das associações que defendem os aposentados e a PREVI com tanto brilhantismo e abnegação, são achincalhados com essas e outras inverdades, tais como serem aproveitadores dos recursos das associações, caçadores de vantagens e tantas outras inverdades.
 
Uma das críticas mais ácidas, é a de que escrevemos e gastamos tanta energia e tempo inutilmente pois, no final, toda essa argumentação e esforço não passam de entulho que o Governo vai se desvencilhar para fazer o que realmente lhe interessa.
 
A contestação inicial que faço, é de que lutamos por causas e princípios em que acreditamos, que consideramos justos e que tem um retorno positivo para a sociedade e, em especial, para a categoria à qual pertencemos.
 
Ressalto que não é verdade que a luta dos dirigentes de nossas associações é inútil, pois eles foram vencedores em inúmeras causas e, em consequência , beneficiaram os aposentados e pensionistas do BB.
 
Quanto às causas ainda em curso, a luta continua pela vitória, pois são refregas ainda não definidas.
 
As associações continuam ativas na arena.
 
Apesar das críticas, nos sentimos gratificados pois, muitos de nossos companheiros, reconhecem e elogiam nossas notas, nossa dedicação e o trabalho desenvolvido em prol dos aposentados.
 
Também é repetitivo um questionamento bem fundamentado, em relação ao real alcance de nosso isolado e irrelevante esforço na defesa de causas que já são defendidas por grandes e poderosas associações, que contam com quadros especializados nas áreas jurídica, administrativa, de comunicação e outras.
 
A resposta a essa indagação, encaixa-se na fábula da formiguinha que, a cada ida e vinda, carregava um único grão de areia para a construção de uma barragem que iria proteger o reino dos animais contra as enchentes. Questionada pelo mamute, que carregava uma grande quantidade de terra, sobre a irrelevância de transportar apenas um grão de areia, a formiguinha respondeu:
 
“Dentro de meus limites, estou cumprindo a minha parte”.
 
É essa a resposta mais adequada à pergunta por que defendemos e lutamos pelo que consideramos certo.
 
E, temos que considerar que, juntos, temos um peso muito grande, pois somos um exército com muitas “formiguinhas”.
 
Essa ação não seria possível sem considerar que, o mais importante para nós, colaboradores e blogueiros independentes, é que escrever é uma atividade que nos excita, nos dá prazer, nos liberta, desperta nossas energias e nossa capacidade criativa.
 
É uma atividade extremamente gratificante.
 
É um verdadeiro elixir para nossas almas.
 
Muitos colegas detestam escrever, mas se debruçam sobre nossos textos, e nos mandam mensagens elogiando ou criticando com veemência nossas argumentações.
 
É um prazer discordar, concordar ou discutir suas manifestações nas respostas às suas mensagens.
 
Nada pode ser mais agressivo e repulsivo do que ser forçado a ter como hobby uma atividade que nada tem a ver com a nossa forma de ser e com nossa personalidade.
 
Assim, é inútil alguém procurar razões plausíveis na nossa opção que é escrever, até porque não vai encontrar nenhuma razão e muito menos plausibilidade.
 
É pura e simplesmente uma opção pessoal de prazer.
 
É comum criticarmos idosos que se reúnem em praças para jogar damas, cartas ou xadrez. São acusados de desocupados que poderiam aplicar seu tempo ocioso de forma mais útil.
Seria melhor que os deixássemos em paz curtindo seus amigos e seus jogos.
 
Senão, porque não criticar multidões que vão a estádios imensos ver um bando de marmanjos correr atrás de uma bola? Ou multidões que vão a uma arena ver lutas em que homens se arrebentam? Dentro de uma crítica lógica, existem atividades mais sem sentido e estúpidas?
 
O certo é respeitar as escolhas de cada um.
 
Paradoxalmente, até apreciamos o resultado de atividades completamente estranhas aos nossos gostos e interesses.
Podemos nos maravilhar com quadros famosos em uma exposição de pintura sem sabermos o que é pintura Naif ou nunca termos ouvido falar de Jan Provoost, gostar de música erudita sem termos a mínima propensão para tocar harpa ou sabermos sequer o que é uma tuba, ou vibrarmos pelo time de futebol de nosso país em uma 

Copa do Mundo sem sabermos sequer o nome de um único jogador de nosso time “de coração” (é o meu caso, que me digo flamenguista, mas – por favor, perdoem-me pela suprema ignorância - não sei o nome de um único jogador do Flamengo).
Às vezes, me surpreendo com as atividades lúdicas de outrem, e fico extasiado pelo prazer desfrutado por aquelas pessoas.
 
Tenho conhecidos adeptos à filatelia , numismática, fotografia, cartas, etc. ,e que gastam uma fortuna na compra de um selo, uma moeda ou uma carta antiga.
 
Há algum tempo, ao folhear uma revista de uma associação de aposentados, fiquei embevecido com o hobby de um colega: fazer e empinar pipas de papel.
 
Minha imaginação retornou aos tempos de infância quando adorava empinar pipas. Que coisa maravilhosa foi aquela sensação de voltar a um tempo puro e inocente de minha vida. Até me perguntei a razão que poderia ter levado o colega a curtir pipas: seria o sonho frustrado de não ter sido aviador ?
 
Precisamos encontrar formas de aproveitar a vida de forma prazerosa e que ocupe nosso tempo de maneira sadia e gratificante.
À medida que a idade avança, essas formas diversificadas de prazer são cada vez mais importantes para nossa saúde física e mental.
 
Porisso, continuarei a redigir meus artigos em defesa dos colegas aposentados do BB e, o colega citado na revista, certamente continuará a empinar suas pipas.






Momento de Reflexão

Adaí Rosembak
Associado da AAFBB e ANABB

Adaí <adbak@uol.com.br>

Estamos estupefatos frente a tudo que está acontecendo e que ainda vai acontecer em relação à usurpação de nossos direitos e da dilapidação do patrimônio da Previ, que é o NOSSO patrimônio, resultado da contribuição de gerações de funcionários do BB.
 

Os mais experientes, dedicados e capazes dirigentes de nossas entidades representativas, os estudiosos sobre aposentadoria e fundos de pensão, os brilhantes advogados que defendem nossas causas , enfim, toda essa plêiade de abnegados e destemidos defensores de nossos direitos e da integridade de nossa PREVI, após tanta luta e denodo , baseados em instrumentos legais consagrados como as LC 108 e 109 e dentro dos mais rígidos princípios legais , quedam-se perplexos frente a todas essas arbitrariedades e ilegalidades que afrontam nossos direitos e o patrimônio da PREVI.
 

Perguntamo-nos como é possível que meia dúzia de representantes de órgãos governamentais os mais diversos, alheios ao universo do Sistema de Previdência Complementar, sejam convocados com o intuito exclusivo de compor uma maioria em um órgão como o Conselho Nacional de Previdência Complementar (CNPC), que não passa de uma autarquia do Ministério da Previdência Social, tenham a audácia de, ao arrepio da Lei , do Congresso Nacional e do Poder Judiciário, implantar normas ilegais para desfalcar o patrimônio das EFPCs e prejudicar os aposentados e assistidos.
 

Indagamo-nos o que fazer e que medidas tomar para conter essa maré de medidas ilegais e arbitrárias que se sucedem umas após outras, sem que esbocemos qualquer reação pois, o órgão que, ilegitimamente, se autoproclama competente para cometer todas essas ilegalidades, não passa de um fantoche criado pelo Governo com o intuito de promover a desestruturação e o saque das EFPCs e, em particular, a PREVI.
 

A participação minoritária da ANAPAR, da ABRAPP e da APEP na Reunião realizada em 13.05.2013, para aprovação da Resolução que tratou da retirada dos patrocinadores dos fundos de pensão, não passou de uma insidiosa manobra para dar um falso lustro de legitimidade e democracia a uma pantomima intrinsecamente ilegítima.
 

Sim, pois é inadmissível e inaceitável que um órgão que se propõe a criar normas que vão afetar diretamente o patrimônio dos fundos de pensão e o destino das vidas de mais de três milhões de afiliados, seja criado pelo governo com uma desigualdade de cinco membros nomeados pelo próprio governo e apenas três associações vinculadas aos fundos de pensão, sendo que, entre esses, não está a PREVI, que é a maior entidade de previdência complementar fechada da América Latina.
 

Isso é uma situação absurda e patética, criada com o objetivo exclusivo de garantir uma derrota antecipada aos interesses dos aposentados e pensionistas e das próprias EFPCs.
 

Frisamos que , a ilegal Resolução CGPC 26, mais essa resolução de retirada do patrocínio de 13.05.2013 , e mais outras que estão sendo concebidas nos gabinetes governamentais , não tem amparo legal, e estão sendo geradas ao arrepio do Congresso Nacional e do Poder Judiciário.
 

No momento, nossa capacidade de reação a esse estado de coisas está limitada por diversas razões.
 

Mas, de imediato, podemos recorrer aos nossos aliados no Congresso Nacional, tais como o Senador PAULO PAUER (PSDB-SC) , Senador PAULO PAIM (PT-RS) e Senador EDUARDO SUPLICY (PT-SP).
 

Louve-se a iniciativa da Assessoria Parlamentar da ANABB, representada pelo Conselheiro Fiscal Suplente Sr. ANTÕNIO JOSÉ DE CARVALHO e membros Srs. GUILHERME HAESER e RICARDO SABOYA, que se reuniram , em abril, com o Senador CASSIO CUNHA LIMA (PSDB-PB), com o propósito de discutir o Projeto de Decreto Legislativo do Senado, PDS 275/2012, do Senador PAULO BAUER (PSDB-SC), que propõe a sustação de alguns artigos constantes da Resolução CGPC 26/2008. Essa é uma medida que deve ser complementada por outras PDS contra novas disposições abusivas a serem criadas pela CNPC (Conselho Nacional de Previdência Complementar).
 

Em relação ao Poder Judiciário, transita na Justiça uma ação da AAFBB, para a defesa da manutenção de todas as reservas e para o cumprimento, pelo patrocinador, de todos os compromissos assumidos contratualmente.
 

Em nossa defesa, contamos com os préstimos de brilhantes e experientes causídicos, já familiarizados com a defesa de nossas causas, tais como os Doutores WAGNER GUSMÃO e HUGO JERKE, advogados da AAFBB e FAABB.
 

Ainda no que concerne ao Poder Judiciário, é importante que atentemos para a finalização do julgamento do Mensalão (Ação Penal 470) que está em uma fase importante com a apreciação dos embargos infringentes e declaratórios.
 

O resultado final dessa AP 470 com a consagração do estado de direito e a independência da mais alta Corte, terá uma influência decisiva na apreciação da ação movida pela AAFBB.
 

Finalmente, expressamos nossa preocupação de que esse ataque indiscriminado às EFPCs seja um tiro do Governo no seu próprio pé, pois essas ações podem desestabilizar, inibir e enfraquecer as EFPCs – Entidades Fechadas de Previdência Complementar, que são importantes instrumentos para o progresso do país.






TERRA SEM LEI

Adaí Rosembak
Associado da AAFBB e ANABB

Adaí <adbak@uol.com.br>


É conhecido o moto de que no Brasil não importa se as leis são editadas pelo Governo pois , para efetivamente funcionarem, elas primeiramente tem de “pegar” junto ao povo. Caso contrário, são letras mortas.

Mas ocorrem fatos estranhos no Brasil.

No que tange à previdência complementar privada, as Leis Complementares nrs. 108 e 109, de 29.05.2001, “PEGARAM” e todo o universo de Entidades Fechadas de Previdência Complementar-EFPCs e seus beneficiários sentiram-se seguros para, juntos e amparados pelo estado de direito, discutirem aperfeiçoamentos e avanços daquelas normas legais.

De repente, essa normalidade legal é rompida com a edição da espúria Resolução CGPC 26, de 29.09.2008, uma medida arbitrária e ilegal ao arrepio do Congresso Nacional e da Justiça.

As entidades que defendem os interesses dos participantes, aposentados e beneficiários das EFPCs passaram a discutir e articular medidas junto ao Poder Judiciário e ao Congresso Nacional para a revogar essa malfadada medida.

Parte-se da premissa de que se essa Resolução 26 não for revogada tudo o que se pensar em matéria de medidas ilegais será implantado por outras resoluções do genêro.

Aí vira terra sem lei – um verdadeiro faroeste.

Já estão surgindo absurdos como sugestões de medidas complementares para o aperfeiçoamento da ilegal Resolução 26, como se as LC 108 e 109, que são as fundamentações legais legítimas e superiores, não existissem e nem tivessem qualquer valor ou expressão.

Os dirigentes da PREVI passaram a basear seus atos não nas LC 108 e 109 e sim na Resolução 26 que as afronta.

Em suas exposições, na maior tranquilidade, como se estivessem transitando em um território consagrado pela lei, a Resolução 26 é frequentemente citada como amparo para a tomada de decisões administrativas no âmbito da PREVI.

Por outro lado, o patrocinador (o BB) só trata de garantir os aportes sacados da PREVI, pouco se importando se os mesmos tem lastro legal.

Está se construindo um edifício em cima de areia movediça.
Ao ler o artigo “Criatividade”, do colega Gilberto Santiago, no Jornal AAFBB, edição nr. 91, às pgs. 4 e 5, não pude evitar uma sensação de profundo mal estar e insegurança pela sequência de novas medidas que estão sendo gestadas nos gabinetes governamentais, que enfraquecerão o patrimônio da PREVI e virão ameaçar a sobrevivência de seus beneficiários.

Senti-me pusilânime frente a tudo que foi apresentado, principalmente face ao fato de que o CNPC tem cinco membros indicados pelo governo e três por associações dos fundos de pensão.

Ou seja, já entraremos em qualquer discussão derrotados por antecipação.

No que diz respeito à retirada de patrocínio, a proposta apresentada ao governo em 26.02.2013 contém pontos absolutamente ilegais, abusivos e inaceitáveis .

Depositamos nossas esperanças na clarividência e capacidade de reação dos dirigentes de nossas associações, tais como a AAFBB, a ANABB, a FAABB e outras a fim de que seja posto um cobro nessas tentativas de desestruturação da PREVI e de desarticulação das vidas de seus beneficiários.

A propósito, fiquei profundamente sensibilizado ao rever o depoimento da Sra. Graziella Baggio, Secretária de Assuntos Previdenciários do SNA-Sindicato Nacional dos Aeronautas, em Audiência no Senado Federal promovido pelo Senador PAULO PAIM (PT-RS) em 26.06.2011.

Recomendo que os colegas vejam esse tocante depoimento, bem como o do representante do TCU, Sr. Fernando Albuquerque Faria, no blog “Olhar de Coruja”, link “Fundo de Pensão-Ruy Brito” (Sra. Graziella Baggio, parte 9, quadros a / b e Sr. Fernando Luiz Albuquerque Faria, parte 8 , quadros a / b).


RUY BRITO

http://www.youtube.com/watch?v=xFFeeZkMwnQ 

http://www.youtube.com/watch?v=hijP1Uwn7wA

http://www.youtube.com/watch?v=m8hE_SzAXRk

Graziella Baggio

 http://www.youtube.com/watch?v=wvRk85V1K6Q


http://www.youtube.com/watch?v=bdh7mbZDGug 

Fernando Albuquerque Faria

 http://www.youtube.com/watch?v=-XZ7Vx77CFc


http://www.youtube.com/watch?v=sLLUKeep-Po 
 

Primeiramente, vem o enfoque do representante do TCU que apresenta um corolário de firulas jurídicas e outras disposições técnicas e legais, todas sendo discutidas em rodadas com diversos órgãos do governo.

Em seguida, a Sra. Graziella Baggio, perplexa com a frieza e absoluta falta de sensibilidade dos argumentos levantados pelo representante do TCU, apresenta toda a sequência de interferências governamentais que levaram à desestruturação da AERUS e do AEROS, com a usurpação do patrimônio dos fundos de assistência e previdência e terminando com a ruína das famílias dos aeroviários que foram lançados na miséria e que resultou no falecimento de muitos.

É mostrado o descomprometimento da PREVIC em relação à fiscalização das EFPCs e a irresponsabilidade de diversos órgãos governamentais naquele triste episódio que arruinou a vida de milhares de pessoas e levantou suspeição e insegurança em relação a todo o sistema de previdência complementar privada no país.

E, o que considero mais importante, a Sra. Graziella Baggio apresenta as alternativas legais para reverter o quadro catastrófico causado pelo governo por medidas intervencionistas malévolas e arbitrárias que levaram todo o conjunto de empresas aéreas à bancarrota.

No final da apresentação, com os olhos já lacrimejantes e com a voz embargada pela emoção, a Sra. Graziella Baggio apresenta uma sequência de fotos com os atos de protestos do aeroviários, todos idosos, alguns já falecidos em consequência do trauma.

Isso tudo é um absurdo, uma ilegalidade, uma vergonha e uma desumanidade causadas pelo governo a toda uma categoria profissional.

Particularmente, esse chocante depoimento atingiu diretamente minha família pois minha atual mulher foi uma das vítimas desse cataclismo na VARIG e ainda estamos em processo de recuperação desse golpe.

Reservo-me a privacidade de não relatar a via crúcis pela qual minha mulher passou para sua sobrevivência.

Temo que nós, assistidos da PREVI, corramos o risco de ficar desamparados nessa operação de retirada de patrocínio, a exemplo do que ocorreu no AERUS e no AEROS, ainda mais depois de ler alguns dos pontos do acordo de retirada do patrocínio, tais como :

“.o pagamento de benefícios será mantido até a data de aprovação da retirada do patrocínio pela Previc;”

“. garantia aos assistidos de cinco anos de pagamento de benefícios (a Anapar defendeu o benefício vitalício, mas foi voto vencido);”

Nada poderia ser mais chocante para criar um clima de alarmismo e medo entre os beneficiários das EFPCs, particularmente a PREVI.

É imperioso que os dirigentes das associações de funcionários, aposentados e assistidos promovam assembleias gerais extraordinárias para que essas questões sejam esclarecidas, detalhadas e debatidas junto ao quadro social de forma absolutamente aberta e sincera.

Um ditado popular diz que “gato escaldado tem medo de água fria”.

Pelas ameaças que pairam no ar e depois do que aconteceu com os aposentados do AEROS e AERUS temos o direito de pedir satisfações e nos resguardar em relação a surpresas que podem comprometer nossas vidas.

O maiores erros que poderíamos cometer no momento, seria sermos inocentes, desinformados e desatentos a todas essas ameaças à PREVI, aos nossos direitos e à nossa própria sobrevivência.





UM NOVO PODER

Adaí Rosembak
Associado da AAFBB e ANABB

Em razão do Acórdão 3133, de 21.11.2012, do Tribunal de Contas da União estamos na expectativa de ter o TCU como novo órgão atuante na área de fiscalização e investigação das EFPC- Entidades Fechadas de Previdência Complementar.
O assunto vem sendo contestado pelo Ministério da Previdência Social e pela ABRAPP- Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar , sob a alegação de que isso seria uma sobreposição de funções que provocaria ineficiência e conflitos de interpretação, visto que a PREVIC é o órgão do Ministério da Previdência Social responsável pela supervisão e fiscalização dos fundos de pensão.
Por outro lado, existem defensores e associações de participantes, aposentados e pensionistas que alegam que o papel do TCU seria, fundamentalmente, de disciplinar e fiscalizar se a PREVIC está atuando de forma adequada, de maneira justa e dentro dos parâmetros legais.
Consideramos que a entrada do TCU na área de fiscalização e investigação dos Fundos de Pensão, só redundaria em um correto e mais aprimorado ordenamento jurídico na área das EFPCs pois, sob o talante e controle da PREVIC, a fundamentação legal superior representada pela Lei Complementar 109, de 29.05.2001, foi deturpada pela famigerada e ilegal Resolução CGPC 26, de 29.09.2008, em prejuízo e enfraquecimento do patrimônio das EFPCs, e ao arrepio da Justiça e do Congresso Nacional, colocando em risco os planos de benefícios dos participantes, aposentados e assistidos.
É importante frisar que a legitimidade da atuação do TCU está fundamentada na Constituição Federal (Arts. 37 e 71) e na Lei 8443, de 16.07.1992.
Pensamos que, no interesse dos participantes, aposentados e assistidos , a participação do TCU como órgão com força legal e atuante na área de fiscalização e investigação das EFPCs e da PREVIC, seria uma medida que só traria pacificação entre as partes integrantes do sistema e sanaria de vez o conflito e imbróglio jurídico em que estamos envolvidos.
Afinal de contas, do jeito que as coisas estão, os participantes, aposentados e assistidos das EFPC só teriam benefícios em relação à atuação do TCU.
E nem as próprias EFPC tem nada a temer pois, atualmente, seus dirigentes não tem outra alternativa a não ser seguir fielmente as diretivas da PREVIC, sem qualquer questionamento ou contestação e sem qualquer outra instância a recorrer , mesmo que essas decisões redundem no enfraquecimento e dilapidação do patrimônio das próprias EFPCs.
Julgamos que, pelo exposto e pela relevância do tema, esse é um assunto da mais alta significância, sobre o qual as associações representativas dos participantes, aposentados e assistidos das EFPCs. deveriam se debruçar de maneira mais aprofundada.





 Revisão de Posições


Adaí  Rosembak
Sócio da AAFBB e da ANAB
Qual é a posição das associações de aposentados e assistidos do BB em relação ao patrimônio da PREVI e a Resolução CGPC 26 , de 29.09.2008? É a de que esse patrimônio destina-se a beneficiar exclusivamente os participantes e assistidos da PREVI, até porque a Lei Complementar 109, de 29.05.2001, não prevê qualquer reversão de recursos ao patrocinador, princípio que não poderia ser contrariado pela Resolução CGPC 26, de 29.09.2008. Eis que, em razão de decisão da Justiça em processo movido contra o Banco do Brasil e a PREVI (vide versão mais detalhada no Boletim Eletrônico ANAPAR n° 436, de 23.01.2013) , diversas associações de aposentados, entidades representativas dos funcionários do BB e mais de 100 sindicatos representados pela Contraf-CUT, tiveram seus esforços coroados quando os desembargadores do Tribunal Regional do Trabalho da 10a Região, de Brasília (DF), julgaram ilegal a devolução de valores do superávit ao patrocinador, mas admitiram que o superávit existente podia ser dividido entre participantes e patrocinadores na proporção das contribuições vertidas ao plano de benefícios, desde que a parte do patrocinador fosse utilizada para cobrir suas contribuições ao plano de benefícios. O acordo previa a divisão da reserva especial de R$ 15 bilhões em duas partes iguais. A metade dos participantes foi utilizada para custear suas contribuições durante três anos e para criar um Benefício Especial Temporário (BET), correspondente a 20% dos benefícios mensais dos assistidos e a 20% dos benefícios projetados mensalmente para os participantes ativos. A metade do BB foi utilizada para custear as contribuições patronais durante três anos e o restante seria contabilizado pela PREVI, em fundo previdenciário a crédito do patrocinador, nos mesmos valores pagos mensalmente aos participantes. Feito o acordo, nenhum valor foi devolvido ao banco, permanecendo na PREVI, conforme confirma Cláudia Ricaldoni, Presidente da ANAPAR. Muito embora essa decisão não contemple o pleito dos sindicatos, de destinar a totalidade da reserva especial aos participantes, foi melhor essa decisão do que o ilegal saque de recursos da PREVI pelo BB, de acordo com a malfadada Resolução CGPC n° 26, de 29.09.2008, que foi editada ao arrepio do Congresso Nacional, que é o poder da República com poderes para editar leis. Os desembargadores reconheceram que metade da reserva especial cabia aos patrocinadores, de acordo com o regulamentado pelo parágrafo 1, do Artigo 6, da Lei Complementar n° 108, de 29.05.2001, que estabelece que “a contribuição normal do patrocinador para plano de benefícios, em hipótese alguma, excederá a do participante, observado o disposto no Artigo 5, da Emenda Constitucional n° 20, de 15.12.1998, e as regras específicas emanadas do órgão regulador e fiscalizador.” Na visão daqueles magistrados, se não houvesse repartição do superávit, o patrocinador estaria contribuindo com valores superiores aos dos participantes, uma vez que parte do superávit seria destinada aos participantes, sem contrapartida ao patrocinador. Sobre o assunto, o parágrafo 3, do Artigo 20, da Lei Complementar n° 109, de 29.05.2001, oferece um texto não conclusivo de que “Se a revisão do plano de benefícios implicar redução de contribuições, deverá ser levada em consideração a proporção existente entre as contribuições dos patrocinadores e dos participantes, inclusive dos assistidos.” Nem no Artigo 20 e nem em nenhum outro artigo da Lei Complementar n° 109, é dito expressamente que o patrocinador seria beneficiado com a redução de contribuições ao EFPC, no caso de resultado superavitário dos planos de benefício. Na decisão tomada, prevaleceu o que estipula o parágrafo 1, do Artigo 6, da Lei Complementar n° 108, de 29.05.2001 e o parágrafo 3, do Artigo 202, da Constituição da República Federativa do Brasil, que determina: “É vedado o aporte de recursos a entidade de previdência privada pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios, suas autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista e outras entidades públicas, salvo na qualidade de patrocinador, situação na qual, em hipótese alguma, sua contribuição normal poderá exceder a do segurado.” Resta-nos respeitar a decisão judicial pois sentença judicial “não se discute, se cumpre”. Essa decisão judicial dá espaço para diversas conjeturas sobre os atuais interesses dos assistidos e beneficiados das EFPC. Haveria real interesse dos patrocinadores e de órgãos governamentais em engendrar novos esquemas criativos de superávits nas EFPC se, tomada como base a jurisprudência formada com a decisão judicial supracitada, as patrocinadoras não teriam direito a absorver qualquer superávit, pois os recursos ficariam retidos nas EFPC, para cobrir contribuições das patrocinadoras? E se, “A Criativa Máquina de Superávits” e “de BETs” , continuar ativa nos gabinetes governamentais e nos dos patrocinadores, para gerar novos superávits (e novos BETs) e continuar a apartar recursos das EFPC para cobrir futuras contribuições dos patrocinadores? Estejamos alertas pois essas perguntas nos levam à conclusão de que o mesmo esquema inventivo continuará ativo e poderá abalar a segurança do patrimônio da PREVI , assunto muito bem exposto no artigo “A Criativa Máquina de Superávits”, do colega Gilberto Santiago, Presidente da AAFBB. =========================================== Considerando que citamos aqui a ANAPAR, e, consequentemente, sua Presidente Cláudia Ricaldoni, para que não houvesse nenhum equívoco de nossa parte, consultei a colega Isa Musa de Noronha que como vemos abaixo deixou suas considerações, pelas quais fico-lhe imensamente mui agradecida. Leopoldina Corrêa =========================================== Prezada Leopoldina, Reiterando o que nos fala com muita propriedade o Colega Adaí, lembro que a FAABB também impetrou Mandado de Segurança contra o Conselho De Gestão da Previdência Complementar para sustar os efeitos da resolução 26. Nosso Processo recebeu o número 2008.34.00.031667-8, distribuído à 13ª Vara Federal de Brasília, em que S. Exa. o Juiz Federal Waldemar Cláudio de Carvalho exarou decisão em que proclama, in verbis: “...diante da evidente crise financeira que atualmente assola o sistema bancário global, a recomendar cautela, sobretudo àquelas instituições que operam com ativos em bolsa de valores, a revelar possível dano, ainda que remoto, à impetrante, no que se refere à garantia do pagamento e das atuais condições dos benefícios previdenciários garantidos pelo citado Plano nº 1, determino, ad cautelam, às autoridades impetradas, caso seja deliberada qualquer forma de reversão prevista no inciso terceiro do art. 20 da resolução ora impugnada, que referidos valores sejam depositados em conta bancária vinculada a esse Juízo, até que seja julgado o mérito do presente mandamus. Intimem-se. (...) Brasília, 28 de outubro de 2008. Waldemar Cláudio Carvalho - Juiz Federal Substituto da 13ª Vara do DF Evidentemente ficamos contentes com a decisão supra citada, pois explicitamente o Juiz determinava que qualquer reversão os “referidos valores sejam depositados em conta bancária vinculada a esse Juízo, até que seja julgado o mérito”. Ocorre que sempre temos o cuidado em não festejar em demasia resultados em 1ª. Instância, pois é evidente que o réu sempre recorre. Naturalmente a União, representando o Ministério da Previdência, recorreu e sustou a sentença. Como é nossa obrigação, agravamos e hoje o processo encontra-se desde 13.03.2013, no Tribunal, em 2ª. Instância. No processo o Banco do Brasil foi chamado à lide pelo Juiz. Naturalmente os advogados do BB usaram de todos os artifícios jurídicos para derrubar a sentença em 1ª. Instancia alegando até que o uso do instrumento jurídico “Mandado” seria incompetente para  a matéria. Segundo nossos advogados, mero recurso protelatório, mas que infelizmente convenceu o juizado de primeira instância. Nosso recurso ao Tribunal (2ª. Instância) que lá está desde o último dia 13 de março, não só esclarece e defende a propriedade do instrumento processual como reitera os termos da improcedência do direito do Conselho legislar à revelia do Congresso. Institucionalmente confiamos na Justiça. Nossos argumentos mui bem engendrados pelos nossos advogados e com a assessoria do colega Ruy brito são firmes e consistentes. Resta esperar o que decide agora essa instância superior. Atenciosamente, Isa Musa

 

NOSSO POSICIONAMENTO E O FATOR POLÍTICO


Face a decepções em relação a políticos que elegemos, muitos chegam a generalizações como as de que os “políticos são todos a mesma coisa” ou, que “entrar na política é meter a mão na m...”.
 

Essas afirmações, frutos da revolta, não correspondem à realidade por denegrirem a imagem de toda uma categoria em razão de uma minoria de maus políticos.
 

Os políticos, como todos nós, estão regidos pelas mesmas leis , mesmos costumes e foram eleitos por nós.
 

Lenin, em uma frase lapidar, disse que cada povo tem o governo que merece.
 

Devemos começar a perguntar a nós mesmos o que estamos fazendo para melhorar as coisas no nosso âmbito pessoal antes de fazer críticas em um nível mais amplo.
 

Como criticar o governo se não nos interessamos pelo que ocorre no condomínio do nosso edifício, só criticamos o síndico e nunca comparecemos às assembleias? Como reclamar de nosso sistema educacional se não tomamos conhecimento do que acontece no colégio de nossos filhos e não acompanhamos a educação deles? 

Como criticar a esculhambação de nossas ruas se, muitas vezes, jogamos sujeira no chão , urinamos nas vias públicas, estacionamos em lugares proibidos, ultrapassamos os semáforos fechados e as velocidades permitidas? E quando fumamos em ambientes fechados, desrespeitamos a lei do silêncio e não respeitamos os idosos ?
 

E por aí vai.
 

Precisamos fazer autocrítica de nossas falhas como lerdeza, desatenção , irresponsabilidade, desmazelo, egoísmo e falta de espírito público para a solução dos problemas que nos cercam e que competem a nós mudar.
 

A imprensa está aí para fazermos denúncias. Hoje, os jornais tem colunas dos leitores e coluna dos consumidores.
 

A internet também está presente para nos ajudar nessa tarefa.
 

Hoje os cidadãos dispõem de um Código de Defesa do Consumidor e de outros instrumentos legais para a defesa de seus direitos, que não tínhamos em um passado recente.
 

Muitos dizem que denúncias não redundarão em nada pois tudo continuará da mesma forma.
 

Esta afirmação está absolutamente errada. As mudanças são gradativas e são lentas.
 

Mas seguem em um movimento constante, repetitivo e penetrante, modificando nossas leis, nossas mentes e nossa maneira de ver o mundo.
 

As denúncias de irregularidades pela utilização intensa da mídia é uma característica das sociedades mais desenvolvidas.
 

Mas precisamos agir e fazer nossa parte.
 

Por que fazemos essas colocações em um artigo relativo à defesa de interesses de aposentados do Banco do Brasil ?
 

Porque essas mesmas falhas se repetem em relação à defesa de nossas causas.
 

Da mesma forma que fazemos críticas depreciativas e genéricas de nossos políticos, caímos no mesmo erro de criticar dirigentes da AAFBB, ANABB, FAABB e de outras entidades por terem tomado decisões e terem participado de acordos que teriam prejudicado os aposentados e a PREVI.
 

Será que, diante das pressões e das limitações com as quais esses dirigentes se defrontaram, em um momento de desequilíbrio de forças , eles teriam tido escolha mais sensata a fazer ?
 

Quais foram as sugestões e colaborações objetivas que foram feitas para um resultado diferente?
 

O nível de abstenção nas eleições da PREVI e da CASSI continua espantoso.
 

A omissão e o desinteresse dos aposentados pelo que ocorre na PREVI e nas diversas associações que defendem seus interesses chega a ser chocante.
 

Quando lemos diversas mensagens na internet em relação a esses assuntos ainda nos deparamos com o ranço obsoleto de choques entre facções políticas em lugar de uma análise objetiva de nossos problemas.
 

Por causa de um artigo recente, recebemos críticas por denegrir a imagem de partidários do PT e do próprio partido como instituição.
 

Esclarecemos que não somos contra ou a favor do PT, do PSDB ou de qualquer outro partido. Muito pelo contrário, como diria um matreiro político mineiro.
 

Como prova dessa afirmação, em comentários recentes, elogiamos políticos do PT como o Senador PAULO PAIM (PT-RS) e EDUARDO SUPLICY (PT-SP) que, entre outros, se destacam na defesa de nossas causas.
 

O que defendemos, independente de qualquer opção partidária, são os interesses dos aposentados do Banco do Brasil e o fortalecimento da PREVI.
 

Durante o governo do PSDB, falou-se em privatização do BB, mas isso ficou só nas palavras e em propostas descabidas que não foram adiante.
 

Vamos à análise franca e sem subterfúgios dos fatos recentes que, de fato, afetaram nossos interesses..
 

A mudança na composição da direção da PREVI, com o poder de decisão dado ao Patrocinador, dentro do Conselho Deliberativo, foi efetivada dentro do Governo do PT.
 

A Resolução 26 também foi criada dentro do Governo do PT.
O Projeto de Lei 161, de 2012, cuja tramitação está em suspenso , é de autoria do Sr. Ricardo Berzoini, petista histórico.
 

Dentro de decisões tomadas nos Governos do PT, estão os reajustes que tivemos, dentro dos menores índices e que, por sinal simpatizante do próprio PT, descreve: “... o interesse do BB, que decide na PREVI, para que nossos benefícios sejam sempre os menores possíveis, pois, quanto mais superávit, mais dinheiro para o BB”.
 

Defendemos LULA e o PT que retiraram milhões de brasileiros da fome e da miséria.
 

Mas não podemos concordar com a política econômica dos governos do PT que engordaram tanto os cofres dos banqueiros que nunca ganharam tanto, que multinacionais que nunca antes mandaram tanto lucro para suas sedes no exterior fossem desoneradas de tributos, mas não diminuíssem os preços de seus produtos no mercado interno.
 

E que, para tanta bondade com os mais ricos e abastados, precisassem meter a mão nos fundos de pensão dos trabalhadores, precisassem achatar nossos benefícios, aumentar nossos impostos , arrasar com a Petrobrás e a Eletrobrás, dentre outras “benesses” ,e mais outras … que estão sendo engendradas nos gabinetes do Governo para impactar nossas vidas.
 

Nesse ponto, deve entrar em ação a mobilização dos próprios aposentados e beneficiários dos fundos de pensão, principalmente a PREVI, na defesa de seus próprios interesses, junto às associações que os representam, porque ninguém os irá defender.
 

Temos o maior respeito pela livre escolha partidária que é a prova mais clara de que vivemos em uma democracia.
 

Mas não podemos aceitar que membros do PT e colegas do BB, que estão na PREVIC, na direção do BB e na própria PREVI, defendam e implementem iniciativas que desfalcam o patrimônio da PREVI e, em consequência, prejudicam os aposentados e assistidos da instituição, cuja assistência é a própria razão de ser da PREVI.
Companheiros , À AÇÃO !!

4 comentários:

  1. Cara Leopoldina, parte 1
    Carlos colegas,

    Ao generalizar, atacando um grupo, estamos, com certeza, cometendo injustiças.

    Ao generalizar podemos estar comparando bons a maus, fazendo com que todos os integrantes se unam contra quem os critica, e contra quem lançam o seu "ranço".

    É uma minoria, como você mesma escreve, que nos decepciona.

    Você mesma declara, citando Lenin, que cada povo tem o governo que merece.

    E também declara que: " Defendemos LULA e o PT que retiraram milhões de brasileiros da fome e da miséria."

    São esses milhões de brasileiros que saíram da fome e da miséria, que estavam antes descontentes, que elegeram os atuais governantes, os quais, pelo menos, propiciaram o mínimo do mínimo de dignidade humana. São esses, pelo menos, que tem o governo que merecem, por enquanto.

    Se respeitamos a democracia, devemos respeitar a maioria, que é essa gente que passava fome, que elegeu os atuais governantes. Mas, a fome ainda não acabou. E há outras necessidades primárias.

    A "esculhambação das ruas", saciada a fome, pede mais do que simplesmente isso: todos queremos um lugar para morar, educação, saúde, segurança, diversão, lazer, etc.

    "Precisamos fazer autocrítica de nossas falhas como lerdeza, desatenção, irresponsabilidade, desmazelo, egoísmo e falta de espírito público para a solução dos problemas que nos cercam e que competem a nós mudar.", segundo você relata.

    Esse "egoísmo e falta de espírito público", vai muito além do nosso condomínio e de alguns preceitos de convivência social.

    "Os problemas que nos cercam", são muito mais amplos e urgentes de solução do que simplesmente os nossos interesses particulares, infelizmente.

    Assim como você e todos os demais aposentados, beneficiários e assistidos da PREVI, também não concordo que membros de determinado partido político e colegas do BB, envolvidos na administração das diversas entidades que nos interessam diretamente, "implementem iniciativas que nos desfalcam".

    Mas, assim como não podemos generalizar, condenando a todos os integrantes de um determinado partido e o próprio partido, também não podemos generalizar, condenando a todos os colegas do BB e o próprio BB.

    Você citou Lenin. Transcrevo um trecho do nosso colega Adai, citando Stalin:

    Stálin: - "Temos de ter só um pouco mais de paciência pois temos um grande aliado a nosso favor. O tempo"... (continua)

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  2. Cara Leopoldina, parte 2
    Caros Colegas,

    Também temos um grande aliado a nosso favor. O tempo. Tempo de eleições."

    Também não concordo com "a política econômica dos governos (dos governos passados e atuais) que engordaram tanto os cofres dos banqueiros que nunca ganharam tanto, que multinacionais que nunca antes mandaram tanto lucro para suas sedes no exterior fossem desoneradas de tributos, mas não diminuíssem os preços de seus produtos no mercado interno." e que engordaram o cofre de muitos corruptos, tanto mais durante um período nebuloso da história brasileira, sem que pudéssemos, ao menos, reclamar.

    Infelizmente, a maioria dessas multinacionais que enviam tanto "lucro" sugado do povo brasileiro para o exterior, não existia até o governo de Itamar Franco. Depois, muitas empresas brasileiras foram transferidas aos estrangeiros.

    Não é possível corrigir todos os problemas vindos de governos anteriores, em curto espaço de tempo.

    "Temos o tempo a nosso favor. O tempo de Eleições".

    Vamos prestar atenção em quem votar.

    Vamos votar contra tudo aquilo que não nos interessa.

    Vamos votar contra o que não interessa a todos.

    Vamos prestar atenção nos patrocinadores das campanhas políticas, que, podem ser multinacionais que "mandam lucros para as suas sedes no exterior" ou como essas envolvidas em corrupção passiva e ativa, tais as que estão sendo investigadas no caso dos trens, que cobram resultados imediatos dos nossos representantes eleitos, PRESSIONADOS, em troca de medidas (migalhas/pedaços de espelhos) governamentais de longo prazo em benefício da coletividade.
    Segundo Leopoldina, "Da mesma forma que fazemos críticas depreciativas e genéricas de nossos políticos, caímos no mesmo erro de criticar dirigentes da AAFBB, ANABB, FAABB e de

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  3. parte 3

    outras entidades por terem tomado decisões e terem participado de acordos que teriam prejudicado os aposentados e a PREVI."
    Diz Leopoldina: "Será que, diante das PRESSÕES e das limitações com as quais esses dirigentes se defrontaram, em um momento de desequilíbrio de forças, eles teriam tido escolha mais sensata a fazer?"
    Que "desequilíbrio de forças" é esse? Que forças sãos essas? Que limitações são essas? Não seriam as mesmas que PRESSIONAM os políticos que nós elegemos, para defender os nossos interesses, e que depois os abandonamos a essas pressões e limitações?
    “A omissão e o desinteresse dos aposentados pelo que ocorre na PREVI e nas diversas associações que defendem seus interesses chega a ser chocante”, segundo Leopoldina.
    Portanto, assim como nas associações, somos omissos, desinteressados, desorganizados e desunidos em relação aos nossos interesses políticos.
    Estamos sempre procurando culpados ou tentando incutir a culpa a algum grupo, ou partido, pelos nossos infortúnios. Essa procura acéfala, nos desune cada vez mais.
    São essas as “limitações”: “a omissão e o desinteresse” dos próprios beneficiários em relação a ações governamentais que tanto criticamos e que provocam esse desequilíbrio de forças.
    Enquanto não nos organizamos para reivindicar o que nos interessa, há forças organizadas que provocam esse desequilíbrio e essas limitações. Formam-se blocos de interesses comuns no congresso.
    Nós precisamos prestar atenção naquilo que nos desune e precisamos fazer um grande esforço para nos unirmos em torno do nosso objetivo comum, que é a defesa da PREVI.
    Não precisamos sem contra ninguém. Precisamos nos unir e nos unir a quem seja “pressionado” ou APOIADO a defender os nossos interesses.
    Precisamos apoiar a quem nos interessa.
    Quem estaria interessado em nos representar?
    Segundo Adaí, "temos um grande trunfo em nossas mãos", com o qual podemos nos tornar fortes, fazer pressão, e superar as "limitações com as quais esses dirigentes se defrontaram" e, posteriormente APOIAR os nossos candidatos eleitos, os políticos que tanto criticamos, a trabalhar em favor dos nossos interesses, sem prejuízo da maioria do povo brasileiro.
    Segundo o colega Adai, "Hoje, o universo de fundos de pensão , entre contribuintes, aposentados e dependentes, conta com mais de 20.000.000 de pessoas. Qual candidato, a qualquer cargo eletivo, seria louco o suficiente para desprezar o peso e o apoio dessa colossal massa humana? Esse é o grande trunfo que temos em mãos. E precisamos usá-lo com inteligência, argúcia e muito trabalho."

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  4. parte 4
    Continua Adai: "Mas, é fundamental que as associações se reciclem e se revitalizem para se desincumbirem com sucesso do papel precípuo para o qual foram criadas, que é defender os interesses dos aposentados e assistidos, principalmente nesta quadra tão aflitiva."
    "O que defendemos, independente de qualquer opção partidária, são os interesses dos aposentados do Banco do Brasil e o fortalecimento da PREVI." - Leopoldina
    "Nesse ponto, deve entrar em ação a mobilização dos próprios aposentados e beneficiários dos fundos de pensão, principalmente a PREVI, na defesa de seus próprios interesses, junto às associações que os representam, porque ninguém os irá defender." – Leopoldina
    “As mudanças, segundo Leopoldina, são gradativas e são lentas. Mas seguem em um movimento constante, repetitivo e penetrante, modificando nossas leis, nossas mentes e nossa maneira de ver o mundo.”
    Essas “mudanças gradativas e lentas, que seguem um movimento constante, repetitivo e penetrante, alterando nossas leis, nossas mentes e a nossa maneira de ver o mundo” são tanto negativas ou positivas, de acordo com a mobilização que conseguimos imprimir junto àqueles que elegemos, com o objetivo de defender os nossos interesses.
    E Adaí, nos encoraja: "Existe um imenso trabalho de formiguinha a ser desenvolvido para a obtenção de apoio de candidatos políticos a essas propostas."
    "Mas precisamos agir e fazer nossa parte. Companheiros , À AÇÃO !!" - Leopoldina
    Vamos votar em quem nos represente.
    Vamos votar a favor do Brasil.
    Podem estar certos de que estou do mesmo lado, em defesa dos nossos interesses, em defesa dos interesses dos menos favorecidos e em defesa do Brasil.

    Francisco Bernardino dos Santos - aposentado BB - Indaial-SC
    ...
    "Quem tem o Poder não faz
    e quem quer fazer, não tem o Poder".
    Covardia pior é deixar tudo como está! -Sergio Peron
    ...
    “Apesar da Lei, do Poder e das Sentenças dos Juízes, eu creio na Justiça!” (www.gerivaldoneiva.com- 23/01/12). Juíz de direito, Gerivaldo Neiva
    ...
    "os acusados já estavam condenados antes mesmo de o julgamento ter início... “as acusações foram mais numerosas e mais audaciosas que as provas” - jornalista Paulo Moreira Leite
    ...
    “Não tenho prova cabal ... – mas vou condená-lo porque a literatura jurídica me permite” - Ministra Rosa Weber
    ...
    "Crise econômica, violência urbana e instabilidade política são elementos que, historicamente, criam a conjuntura propícia para a ascensão de regimes totalitários. Quando isso acontece, as pessoas procuram por um herói salvador, alguém que tenha uma solução, que diga que a culpa é de outra pessoa, classe ou grupo" - Laurence Rees
    ....
    "Temos o maior respeito pela livre escolha partidária que é a prova mais clara de que vivemos em uma democracia" - Leopoldina Correa
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    "Mas precisamos agir e fazer nossa parte." "Companheiros, à AÇÃO!!" - Leopoldina Correa
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    Francisco Bernardino dos Santos - aposentado BB - Indaial-SC

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O Blog Olhar de Coruja deseja ao novo Presidente Jair Messias Bolsonaro tenha grande êxito no comando do nosso País.